O governo americano eleva tom de confronto com investigação formal contra práticas brasileiras, mas Brasília mantém porta aberta para negociação que ninguém quer
Resumo
- Trump formalizou investigação comercial contra Brasil sob Seção 301, mirando Pix, big techs e questões ambientais
- Governo brasileiro ameaça retaliação com lei de reciprocidade, prometendo tarifas equivalentes às americanas
- Tentativas de diálogo brasileiro encontram resistência da Casa Branca, que não vê ofertas significativas
- Dados contradizem alegações de Trump sobre déficit comercial, com EUA mantendo superávit de US$ 410 bilhões em 15 anos
- Tarifas de 50% entram em vigor em 1º de agosto, podendo afetar diversos setores da economia brasileira
O presidente Donald Trump não apenas manteve sua promessa de impor tarifas de 50% sobre produtos brasileiros como dobrou a aposta. O governo americano formalizou uma investigação comercial contra o Brasil, mirando desde o sistema Pix até questões ambientais, numa escalada que expõe a fragilidade diplomática brasileira diante da nova Casa Branca.

A investigação foi anunciada pelo Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) sob a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. O embaixador Jamieson Greer justificou a medida citando “ataques do Brasil contra empresas americanas de mídia social” e outras práticas consideradas desleais pelo governo Trump. O escopo da investigação abrange políticas brasileiras relacionadas ao comércio digital, sistema de pagamentos eletrônicos (Pix), tarifas preferenciais, interferência anticorrupção, proteção da propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal.

Do lado brasileiro, a reação oscila entre tentativas desesperadas de diálogo e ameaças de retaliação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou contato com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, mas recebeu como resposta que o processo estava na Casa Branca. O vice-presidente Geraldo Alckmin, que coordena um grupo de trabalho para reduzir a taxação, também encontra resistência. Como admitiu o próprio Lula: “Todo dia ele liga para alguém e ninguém quer conversar com ele”.
Contexto Histórico e Escalada Comercial
A tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos escalou dramaticamente após Trump anunciar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros em resposta ao que chamou de “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro na Justiça brasileira. O presidente americano justificou a medida alegando ataques do Brasil contra empresas de mídia social americanas e práticas comerciais desleais.

Lei de Reciprocidade e Ameaças Brasileiras
O governo Lula ativou a lei de reciprocidade aprovada pelo Congresso no início de 2025, que permite ao Brasil impor tarifas equivalentes às americanas. Lula declarou: “Se ele cobrar 50% de nós, vamos cobrar 50% deles”. Autoridades brasileiras também cogitaram medidas mais drásticas, como suspensão de patentes e direitos autorais americanos, quebra de patentes de medicamentos e atraso nos registros de propriedade intelectual.
Dados Comerciais Contraditórios
Trump alega que o Brasil gera déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos, mas os dados contradizem essa versão. Segundo o governo brasileiro, os Estados Unidos mantêm superávit comercial robusto de US$ 410 bilhões com o Brasil nos últimos 15 anos. Os EUA exportam mais para o Brasil do que importam desde 2009.

Tentativas de Diálogo Sem Resposta
O vice-presidente Alckmin conseguiu conversa de 50 minutos por videoconferência com o secretário do Comércio dos EUA, Howard Lutnick, mas sem resultados concretos. A Casa Branca avalia não ter percebido envolvimento relevante ou ofertas significativas do Brasil na negociação, segundo autoridade americana. Lula mantém tom conciliador: “Trump, o dia que você quiser conversar, o Brasil estará pronto”.
Setores Investigados e Possíveis Sanções
A investigação americana pode resultar em sanções abrangentes, incluindo tarifas seletivas sobre softwares e produtos tecnológicos brasileiros, exclusão do Sistema Geral de Preferências (SGP), imposição de testes técnicos rigorosos e sanções específicas à Rua 25 de Março e Foz do Iguaçu como zonas críticas de pirataria. O sistema Pix, política ambiental e regulação de big techs estão no centro das acusações americanas.

Cronologia da Crise
- 9 de julho: Trump anuncia tarifas de 50% contra produtos brasileiros
- 10 de julho: Lula anuncia retaliação com lei de reciprocidade
- 15 de julho: USTR formaliza investigação comercial contra o Brasil
- 24 de julho: Alckmin conversa com secretário do Comércio americano
- 28 de julho: Lula reitera disposição para diálogo em evento no Rio
- 1º de agosto: Data prevista para início das tarifas de 50%
Impactos Econômicos Esperados
As medidas americanas podem prejudicar significativamente as exportações brasileiras para os EUA, especialmente produtos agrícolas, manufaturados e tecnológicos. A exclusão do Sistema Geral de Preferências elevaria custos de exportação, enquanto requisitos técnicos adicionais dificultariam entrada de produtos no mercado americano. O setor de propriedade intelectual também pode ser afetado com sanções específicas.
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 3405