Trump Cancela Reuniões Militares com Brasil

Tensão diplomática escala para área militar com cancelamento de encontros entre Forças Armadas e risco de sanções que podem impactar compras bilionárias de equipamentos


Resumo
  • EUA cancelaram reuniões militares com Brasil após anúncio de tarifas por Trump em julho
  • Operação Formosa, maior exercício da Marinha brasileira, pode perder participação americana
  • Contratos de US$ 525 milhões em helicópteros Black Hawk e mísseis Javelin estão em risco
  • Programas estratégicos como PROSUB e Nuclear da Marinha podem ser impactados por sanções
  • Militares fizeram apelo a Lula por postura mais pragmática com Trump
  • Cooperação histórica via programa Foreign Military Sales está ameaçada
  • 50% dos componentes do KC-390 e 30% dos caças Gripen são americanos
  • Militares brasileiros em treinamento nos EUA podem ser afetados pela crise

A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump ganhou uma nova dimensão preocupante: a área militar. Autoridades norte-americanas comunicaram interlocutores brasileiros sobre o cancelamento de encontros previstos entre representantes das Forças Armadas dos dois países, medida tomada após o anúncio do aumento de tarifas comerciais em julho.

O impasse ameaça décadas de cooperação estratégica entre as duas nações e coloca em risco contratos bilionários de equipamentos de defesa. Entre os projetos sob ameaça estão a participação dos Estados Unidos na Operação Formosa, o maior exercício terrestre da Marinha brasileira, que tradicionalmente reúne forças de países como França, China e vizinhos sul-americanos. A presença americana nesses treinamentos sempre foi considerada parte essencial da cooperação bilateral.

Nos bastidores, membros da cúpula militar trabalham para impedir que o desgaste político se transforme em um rompimento operacional definitivo. A maior preocupação recai sobre o impacto nas compras de equipamentos militares junto aos Estados Unidos, que envolvem desde negociações diretas até a atuação de militares brasileiros em território norte-americano para viabilizar aquisições e intercâmbio de tecnologia de defesa.

Contratos Bilionários em Risco

O Brasil já tem encomendados 12 helicópteros Black Hawk, avaliados em 451 milhões de dólares, e 222 mísseis Javelin, que custam 74 milhões de dólares. Os encontros cancelados serviriam para discutir projetos de compra e troca de equipamentos voltados à manutenção de peças do Exército e da Aeronáutica, além de uma ampliação do programa Foreign Military Sales, que oferta equipamentos norte-americanos usados com preços mais baixos.

O temor dos militares é que Washington aplique sanções que impeçam a exportação ou importação de tecnologias de defesa essenciais para a segurança nacional. Entre os equipamentos que podem ser afetados estão motores dos aviões F-39 Gripen, radares do Sistema de Vigilância da Amazônia e até o bloqueio nas comunicações dos rádios utilizados pelo Exército, fornecidos pelas empresas Harris e Motorola.

Programas Estratégicos Ameaçados

Na Marinha, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Nuclear da Marinha podem ser severamente impactados por possíveis sanções. Ambos necessitam de peças produzidas nos EUA para a montagem de seus equipamentos. O cargueiro militar KC-390, desenvolvido pela Embraer em parceria com a Força Aérea Brasileira, tem cerca de 50% de seus componentes fabricados nos Estados Unidos.

Até mesmo os caças suecos Gripen, adquiridos pelo Brasil, contam com aproximadamente 30% de componentes de origem norte-americana, demonstrando a complexa interdependência tecnológica na área de defesa. Motores e sistemas de navegação da grande maioria da frota naval brasileira também dependem de tecnologia americana.

Militares Fazem Apelo a Lula

Em resposta à escalada da tensão, o presidente Lula se reuniu por duas horas com os três comandantes das Forças Armadas: o general Tomás Paiva (Exército), o almirante Marcos Olsen (Marinha) e o tenente-brigadeiro Marcelo Damasceno (Aeronáutica). Os militares fizeram um apelo para que Lula adote uma postura mais pragmática com Donald Trump.

Durante o encontro, os comandantes alertaram que o fim das relações com os EUA poderia impactar gravemente a segurança e a defesa do Brasil, principalmente em aspectos náuticos e aéreos. Os militares também apresentaram questões orçamentárias, com uma fonte revelando que falta dinheiro até para o almoço dos recrutas do Exército.

Histórico de Cooperação sob Ameaça

A cooperação militar entre Brasil e Estados Unidos tem décadas de tradição, destacando-se o programa Foreign Military Sales (FMS), que permite a compra de equipamentos militares de segunda linha por preços mais baixos. Helicópteros Black Hawk, peças de veículos e sistemas de mísseis foram adquiridos através dessa modalidade.

Existem ainda diversas oportunidades de intercâmbio técnico, nas quais militares brasileiros são enviados aos Estados Unidos para treinamentos táticos. Há atenção especial à situação de militares brasileiros atualmente em cursos de formação e especialização nos Estados Unidos, que poderiam ser afetados caso a crise se agrave.

Em maio, antes da escalada das tensões, o comandante do Comando Sul dos EUA, almirante Alvin Holsey, esteve no Brasil, reunindo-se com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e com os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. O encontro sinalizava a manutenção de laços sólidos entre as forças militares das duas nações.

Precedentes Preocupantes

As sanções militares determinadas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos já são aplicadas contra países como Venezuela, Irã, Coreia do Norte, Belarus, Rússia, China, Cuba e Síria. A gestão Trump, que já havia punido autoridades brasileiras no programa Mais Médicos com a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, agora direciona sua atenção para a área militar.

Empresas brasileiras do setor de defesa, como Embraer e Taurus, têm nos EUA seus principais compradores e já sentem o impacto das tarifas de 50% aplicadas por Washington. A diversificação de fornecedores seria uma estratégia possível, mas esbarra no fato de que até mesmo outros grandes produtores utilizam tecnologia americana em seus produtos.

Apesar das informações sobre cancelamentos, integrantes do Ministério da Defesa afirmaram que não receberam comunicação formal dos EUA sobre a suspensão de agendas ou o fim da participação de militares americanos em treinamentos no Brasil. A expectativa oficial é que a colaboração continue de forma técnica.

Imagem de capa: poder360.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 6111

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