Coletiva na Casa Branca vira palco de ataque do presidente dos EUA, que justifica tarifaço de 50% a produtos brasileiros, põe em xeque dados de comércio exterior e reforça apoio ao ex-presidente em prisão domiciliar.
Resumo
- Trump atacou o Brasil, chamando‐o de “parceiro comercial horrível” e justificou tarifa de 50%.
- Defendeu Bolsonaro, qualificando processo no STF como “execução política”.
- Dado oficial mostra déficit brasileiro e superávit americano, contrariando o discurso.
- Governo Lula reage, aciona OMC e anuncia pacote de R$30 bi para setores afetados.
- Crise aprofunda tensão EUA-Brasil e impulsiona debate sobre nova estratégia comercial.
Trump eleva tensão comercial e política
Em pronunciamento na tarde desta quinta-feira (14.ago.2025), Donald Trump disparou contra Brasília, classificando o Brasil como “um dos piores parceiros comerciais do mundo” ao alegar tarifas “tremendas” sobre produtos americanos.
O republicano anunciou manutenção da sobretaxa de 50% que atinge itens brasileiros desde julho, alegando “práticas injustas”.
Trump ignorou o déficit comercial que favorece os EUA: em 2025, Washington exportou US$26,0 bilhões para o Brasil e importou US$23,7 bilhões, ampliando o superávit americano para US$2,3 bilhões, salto de 608% ante 2024.
Questionado sobre o risco de aproximação de Brasília com Pequim, respondeu que “não está nem um pouco preocupado” e que a economia americana “está acabando com todas, inclusive a China”.
Defesa férrea de Bolsonaro
Trump voltou a qualificar o processo contra Jair Bolsonaro como “execução política”, chamando o ex-mandatário de “homem honesto”. Afirmou que “algumas leis muito ruins” permitiram que “prendessem um presidente” no Brasil. O ex-chefe do Planalto cumpre prisão domiciliar e responde por tentativa de golpe de Estado, formação de organização criminosa e é inelegível até 2030.
A fala ocorre um dia após o presidente Lula lançar pacote de R$30 bilhões para mitigar efeitos do tarifaço e prometer “seguir teimando na negociação” com os EUA.
Balança comercial contradiz discurso
Dados da Câmara de Comércio Americana (Amcham) e do Ministério da Economia mostram que, há 15 anos, os EUA acumulam saldo positivo na balança com o Brasil. Em 2024, o superávit americano foi de US$380 milhões; em 2025, saltou para US$2,3 bilhões.
Apesar disso, Washington alega tarifas desproporcionais. No setor automotivo, por exemplo, a tarifa média de importação aplicada pelo Brasil é 35%, enquanto os EUA cobram 2,5%. Entretanto, os americanos impõem barreiras sanitárias e cotas rígidas a proteína animal brasileira, dificultando o acesso ao mercado estadunidense.
Reações em Brasília
– Itamaraty divulgou nota “lamentando declarações infundadas” e reiterando busca por diálogo.
– Governo Lula aciona dispositivo de consulta do Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) na OMC.
– Parlamentares aliados de Bolsonaro celebraram fala de Trump, enquanto oposição cobra “reação firme” para proteger exportadores.
– Setor de agroexportação teme perda de competitividade e pressiona Palácio do Planalto por abertura de novos mercados na Ásia.
Contexto histórico
- Tarifaço de 50% (jul.2025): imposto pelo governo americano a aço, alumínio, celulose e proteína animal brasileiros.
- Deficit brasileiro: desde 2010 o Brasil compra mais dos EUA do que vende, contrariando a narrativa de Trump.
- Prisão de Bolsonaro (fev.2025): ordem do STF após indícios de articulação golpista em 2022.
- Linha de crédito federal: R$30 bilhões liberados pelo BNDES para indústrias afetadas.
- Amcham Monitor 2025: aponta crescimento de 4,2% nas exportações brasileiras aos EUA e 12,6% nas importações.
- Pessoas citadas: Donald Trump, Jair Bolsonaro, Luiz Inácio Lula da Silva.
- Órgãos: Casa Branca, STF, OMC, Amcham, BNDES.
- Histórico bilateral: Tensões tarifárias em 2018; afrouxamento em 2019; nova escalada em 2025.
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 5867