Enquanto a tarifa de 50% contra produtos brasileiros já provoca cancelamento de contratos e queda no PIB, economistas alertam que os efeitos indiretos da guerra tarifária mundial podem ser mais devastadores para a economia nacional.
Resumo
- Brasil enfrenta tarifa de 50% sobre todos os produtos exportados aos EUA, mais que o dobro da taxa global de 15-20%
- Impactos imediatos incluem US$ 5,8 bilhões de perdas no agronegócio e cancelamentos de contratos em setores estratégicos
- Estados como Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Paraná suspendem embarques e colocam funcionários em férias coletivas
- Economistas alertam que efeitos indiretos da guerra comercial global podem superar impactos diretos das tarifas brasileiras
- Guerra tarifária provoca instabilidade cambial, queda nas commodities e contração de 1% no comércio mundial
- Setor siderúrgico projeta perdas de R$ 175 bilhões em dez anos e eliminação de mais de 1 milhão de empregos
- Real desvalorizou 2,9% e Ibovespa caiu 1,3% na semana seguinte ao anúncio das medidas
As políticas protecionistas de Donald Trump voltaram a assombrar o comércio global, e o Brasil não escapou do vendaval. A tarifa de 50% anunciada contra todos os produtos brasileiros, em vigor desde agosto de 2025, já provoca estragos imediatos na economia nacional. Mas economistas alertam que o pior ainda está por vir: os efeitos indiretos da guerra tarifária global podem ser mais devastadores que a própria tarifa direta contra o país.
O tarifaço brasileiro surge num momento em que Trump articula uma estratégia global agressiva, com tarifas entre 15% e 20% para países sem acordo comercial, 145% para a China e taxas elevadas para União Europeia e Japão. A medida contra o Brasil, justificada pela Casa Branca como resposta às ações governamentais brasileiras que supostamente ameaçariam a segurança nacional americana, revela a nova face do protecionismo trumpista.
Os números são alarmantes: exportações brasileiras para os EUA movimentaram mais de US$ 40 bilhões em 2024, enquanto os americanos obtiveram superávit de R$ 1,7 bilhão apenas no primeiro semestre de 2025. O impacto já se materializa em cancelamentos de contratos, principalmente nos setores aeronáutico (Embraer), agroindustrial e de commodities, com empresas suspendendo embarques e colocando funcionários em férias coletivas.
Impacto Imediato nas Cadeias Produtivas
As consequências se espalham como rastilho de pólvora pela economia brasileira. Mesmo antes da vigência plena das tarifas, o mercado já registrava perdas bilionárias: US$ 5,8 bilhões no agronegócio e US$ 220 milhões em EBIT apenas na Embraer. O real despencou 2,9% e o Ibovespa registrou queda de 1,3% na semana seguinte ao anúncio.
Estados como Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Paraná já sentem o baque nas exportações. O setor siderúrgico, que já enfrentava barreiras similares, vê agora um cenário ainda mais sombrio, com os EUA absorvendo quase metade das exportações brasileiras de aço. A Federação das Indústrias de Minas Gerais projeta perdas de R$ 175 bilhões em dez anos e eliminação de mais de 1 milhão de empregos.
Efeitos Globais Superam Tarifas Diretas
Paradoxalmente, especialistas apontam que os efeitos indiretos da guerra comercial global podem superar os impactos diretos das tarifas brasileiras. Análises econômicas indicam que os efeitos indiretos da guerra tarifária sobre a economia brasileira são mais importantes do que os diretos.
A desaceleração da economia mundial, provocada pelas disputas tarifárias generalizadas, pressiona as cotações de commodities – espinha dorsal das exportações brasileiras. Os ativos brasileiros se tornam mais vulneráveis nesse cenário de instabilidade global, com maior volatilidade cambial e fuga de capitais. A Organização Mundial do Comércio estima redução de 1% no comércio global este ano.
Cenário Histórico e Precedentes
- Estados Unidos ocupam posição de segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás da China
- Balança comercial historicamente favorável aos americanos, com superávit crescente em 2025
- Setor siderúrgico já enfrentava barreiras similares às impostas agora
- Entre 2018-2020, Trump já havia implementado tarifas globais com impactos similares
- China anunciou tarifas de 34% sobre produtos americanos em retaliação
- Medidas começaram em abril de 2025 como estratégia de proteção da indústria americana
- Casa Branca alega desvantagens comerciais e discordância com posicionamentos político-judiciários brasileiros
- Brasil recebe tarifa de 50%, mais que o dobro da média mundial de 15-20%
- Setores mais afetados incluem agronegócio, siderurgia, setor aeronáutico e commodities em geral
- Estados como Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Paraná lideram as perdas
- OMC prevê contração do comércio global devido às disputas tarifárias
- Bolsas globais registram quedas consecutivas desde o anúncio das medidas
Imagem de capa: www.usatoday.com
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6747