Tarifaço EUA: Alcolumbre e Motta unidos contra ataque

Presidentes da Câmara e Senado se posicionam ao lado do governo federal em reação unitária às sanções comerciais impostas pelo governo americano ao Brasil


Resumo
  • Presidentes da Câmara e Senado se uniram ao governo federal em resposta conjunta ao tarifaço americano de 50%
  • Líderes classificaram as medidas dos EUA como “agressão injustificada” ao Brasil e aos brasileiros
  • Congresso se posicionou como “retaguarda” do Executivo na condução das negociações diplomáticas
  • Tarifas americanas afetam US$ 23,9 bilhões em produtos brasileiros, representando 56,6% das exportações
  • Produtos como petróleo, aeronaves e suco de laranja foram poupados, mas café e carne bovina mantiveram as tarifas
  • Estudos projetam perda de 72 mil empregos e redução de R$ 19,2 bilhões no PIB nacional
  • Mercado brasileiro reagiu positivamente às exceções, com Ibovespa em alta de 0,95%
  • União política isolou ex-presidente Bolsonaro, que defendia as medidas americanas por interesses pessoais

Numa demonstração inédita de união entre Executivo e Legislativo, os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal se alinharam com o governo federal para enfrentar o que classificaram como uma “agressão injustificada” dos Estados Unidos ao Brasil. A movimentação política conjunta ganha contornos estratégicos diante das tarifas de 50% impostas pelos americanos a produtos brasileiros.

A reunião de emergência realizada na Residência Oficial do Senado contou com a participação de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, e o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB). O encontro também reuniu a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, além de senadores governistas e da oposição.

Durante a reunião, os parlamentares reafirmaram o compromisso de defender a soberania nacional e os interesses brasileiros diante do que consideraram uma medida unilateral e protecionista dos Estados Unidos. “Tenho conversado muito com o presidente Hugo Motta em relação a esses últimos acontecimentos e temos a compreensão, Câmara e Senado, que vamos defender a soberania nacional, os empregos dos brasileiros, os empresários brasileiros”, declarou Alcolumbre.

A estratégia adotada pelos líderes do Congresso Nacional estabelece que a resposta brasileira será conduzida pelo Poder Executivo, com total apoio do Legislativo. “Tenho convicção de que esse processo deve ser liderado pelo Poder Executivo”, complementou o presidente do Senado. Por sua vez, Hugo Motta reforçou que o Congresso estará “na retaguarda do Poder Executivo” para garantir agilidade e rapidez nas decisões necessárias.

Histórico das relações comerciais

As relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos têm uma longa trajetória de cooperação e tensões pontuais. Historicamente, os EUA foram um dos principais parceiros comerciais do Brasil, especialmente na importação de produtos agrícolas, minerais e manufaturados brasileiros. No entanto, medidas protecionistas americanas já impactaram o comércio bilateral em diferentes períodos, particularmente durante crises econômicas globais ou mudanças de governo nos dois países.

Terceira medida protecionista americana

As novas tarifas representam a terceira medida protecionista americana contra o Brasil desde o início do atual mandato republicano. Em fevereiro de 2025, foi estabelecida uma sobretaxa de 25% para alumínio e aço brasileiros, seguida por uma taxação de 10% sobre todos os bens importados do país em abril. A nova medida de 50% afeta aproximadamente 56,6% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, representando US$ 23,9 bilhões em produtos que ficarão mais caros no mercado americano.

Cenário econômico preocupante

Estudos econômicos apontam cenários preocupantes caso as tarifas sejam mantidas. O Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica da UFMG projeta redução imediata de 0,16 ponto percentual no PIB nacional, equivalente a R$ 19,2 bilhões. Os setores agropecuários e de comércio seriam os mais afetados, com perda estimada de 72 mil empregos. Geograficamente, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Minas Gerais enfrentariam os maiores prejuízos.

Lista de produtos e exceções

A ordem executiva americana mantém tarifas de 50% para itens estratégicos como café, frutas, pescado e carne bovina. No entanto, produtos como petróleo, aeronaves da Embraer e suco de laranja foram incluídos na lista de exceções. A decisão beneficiou especialmente a indústria aeronáutica brasileira, com as ações da Embraer registrando alta de quase 11% após o anúncio das exceções.

Justificativas questionáveis dos americanos

A justificativa americana para as novas tarifas inclui acusações de que o Brasil adotou ações “sem precedentes” que, segundo os EUA, ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia americana. O governo americano também menciona interferências na economia, violações da liberdade de expressão e direitos humanos, além da suposta perseguição política ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Houve ainda a afirmação errônea de que os Estados Unidos têm déficit na relação comercial com o Brasil.

Ferramenta legal já existe

O Congresso Nacional já havia aprovado previamente a Lei de Reciprocidade Econômica, que permite ao Brasil adotar medidas retaliatórias contra países que imponham barreiras comerciais aos produtos brasileiros. Hugo Motta destacou esta legislação como exemplo da prontidão do Parlamento brasileiro para defender os interesses nacionais diante de embates comerciais.

Isolamento político de Bolsonaro

A união entre governo e Congresso acentua o isolamento político do ex-presidente Jair Bolsonaro, que tem defendido as medidas americanas por interesses pessoais. Filhos de Bolsonaro chegaram a sugerir que o Brasil cedesse às pressões americanas para obter anistia para o ex-presidente. No entanto, o Congresso Nacional rejeitou completamente essa possibilidade, reforçando o apoio integral ao atual governo.

Reação positiva dos mercados

O mercado brasileiro reagiu positivamente à lista de exceções das tarifas. O Ibovespa fechou em alta de 0,95%, com destaque para as ações da Embraer que subiram quase 11% devido à isenção de tarifas para aeronaves. A Petrobras também se beneficiou das exceções aos derivados de petróleo, registrando alta de 1%.

Amplo consenso parlamentar

Além dos principais líderes, participaram da reunião os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores; Renan Calheiros (MDB-AL), Jaques Wagner (PT-BA), Randolfe Rodrigues (PT-AP), Rogério Carvalho (PT-SE), Weverton Rocha (PDT-MA) e Fernando Farias (MDB-AL). A diversidade partidária dos presentes demonstra a amplitude do consenso em torno da defesa dos interesses nacionais.

Imagem de capa: iclnoticias.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 3660

Adicionar um Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fique por dentro das últimas notícias diretamente no seu e-mail.

Ao clicar no botão Inscrever-se, você confirma que leu e concorda com nossa Política de Privacidade e Termos de uso
Advertisement