Tarcísio ganha aval de Bolsonaro para 2026

Governador paulista intensifica estratégia nacional com promessas de anistia e indultos aos condenados por tentativa de golpe


Resumo
  • Tarcísio de Freitas recebeu autorização de Bolsonaro para nacionalizar discurso e se projetar como candidato em 2026
  • Estratégia foca na aprovação da anistia aos condenados por tentativa de golpe e promessa de indulto a Bolsonaro
  • Movimentação enfrenta resistência de Eduardo Bolsonaro, mas tem apoio de Flávio Bolsonaro
  • Governador articula com Centrão e participará de manifestação pró-Bolsonaro em 7 de setembro
  • Pesquisas indicam que Tarcísio seria um dos poucos nomes da direita capazes de vencer Lula em 2026
  • Campo conservador se fragmenta com múltiplas pré-candidaturas de governadores de direita

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ganhou o aval direto de Jair Bolsonaro para nacionalizar seu discurso político e consolidar-se como principal alternativa da direita para a corrida presidencial de 2026. A autorização veio após encontro entre os dois no último dia 7, quando o ex-presidente estava em prisão domiciliar, sacramentando uma estratégia que visa herdar o capital político bolsonarista diante das incertezas jurídicas que rondam o capitão.

A movimentação de Tarcísio ganha força justamente no momento em que se intensifica o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Com a iminente condenação se desenhando no horizonte, o governador paulista se posiciona como o nome capaz de manter unificada a base conservadora que elegeu Bolsonaro em 2018, mas agora precisa de nova liderança para 2026.

A estratégia do governador passa, sobretudo, pela articulação em torno da aprovação da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Tarcísio tem prometido publicamente que concederia indulto a Bolsonaro “na primeira hora” de um eventual governo, declarando que “tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”. Essa postura representa um aceno direto aos bolsonaristas que o veem ainda como aliado de ocasião, mas precisam de garantias concretas sobre o futuro.

Disputa interna no comando da direita

O movimento não acontece sem resistências internas no próprio campo bolsonarista. O deputado Eduardo Bolsonaro voltou a criticar a possibilidade de Tarcísio representar o movimento nas urnas, argumentando que o governador “não tem o perfil de combate ao establishment” que os bolsonaristas buscam. Essa tensão familiar reflete as disputas pelo controle da herança política de Bolsonaro, com diferentes visões sobre quem deveria liderar a direita em 2026.

Por outro lado, o senador Flávio Bolsonaro tem demonstrado alinhamento com a estratégia do pai, afirmando que “eu e Tarcísio estamos nos falando com frequência e nosso foco agora é a aprovação da anistia”. Apesar da sintonia, o filho do ex-presidente evita antecipar definições sobre 2026, ponderando que o cenário eleitoral ainda pode mudar substancialmente.

A fragmentação no campo da direita se torna evidente quando outros nomes também ensaiam movimentos presidenciais. Governadores como Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais) articulam um pacto para candidaturas no primeiro turno, com eventual apoio ao nome que avançar para o segundo. Essa estratégia de múltiplas candidaturas iniciais preocupa estrategistas que temem dispersão excessiva de votos.

Articulação com o Centrão

Fontes próximas relatam que Tarcísio tem atuado diretamente nas negociações com o Centrão, participando de jantares políticos organizados por partidos como União Brasil e PP. A expectativa é que o governador dialogue com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em busca de apoio para a pauta da anistia, ainda sem consenso na Casa legislativa.

Essa articulação com o Congresso representa uma mudança estratégica significativa no comportamento político de Tarcísio, que deixa de ser apenas um governador estadual para assumir protagonismo em temas de agenda nacional. O movimento demonstra a compreensão de que uma eventual candidatura presidencial exige construção de alianças muito além das fronteiras paulistas.

O governador também confirmou presença na manifestação “Reaja Brasil” marcada para 7 de setembro na Avenida Paulista, onde deve reforçar publicamente o apoio a Bolsonaro. O evento representa mais uma oportunidade de consolidar sua imagem como herdeiro natural do bolsonarismo perante a base mobilizada.

Cenário eleitoral para 2026

Pesquisas internas apresentadas a Bolsonaro indicam que Tarcísio seria um dos únicos nomes capazes de vencer um candidato petista em 2026, junto com Ratinho Júnior (Paraná). Os levantamentos mostram que outros nomes testados, incluindo os filhos do ex-presidente, apresentam resultados menos animadores contra Lula.

No entanto, dados da pesquisa Genial/Quaest divulgada em agosto mostraram que Lula mantém vantagem sobre todos os nomes da direita nas simulações de segundo turno. O presidente petista dobrou a vantagem sobre Tarcísio entre julho e agosto, passando de quatro para oito pontos percentuais de diferença.

A cientista política Priscila Lapa avalia que o cálculo eleitoral de Tarcísio é dialogar com a base bolsonarista engajada, mas questiona se isso será suficiente: “Se nesse momento ele sinaliza que é um apoiador do Bolsonaro, ele quer o apoio desse segmento que está disposto a ouvir aquilo que lhe agrada”. A análise sugere que apenas a herança bolsonarista pode não garantir vitória eleitoral.

Contexto histórico e perspectivas

  • 2018: Bolsonaro é eleito presidente, representando a ascensão da direita brasileira
  • 2022: Primeira derrota de um presidente no cargo na história republicana brasileira
  • 2023: Atos de 8 de janeiro marcam tentativa de golpe contra as instituições democráticas
  • 2024: Bolsonaro torna-se inelegível até 2030 por ataques ao sistema eleitoral
  • 2025: STF julga ex-presidente por tentativa de golpe, consolidando cenário de condenação
  • Tarcísio de Freitas: Ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, eleito governador de São Paulo em 2022
  • Republicanos: Partido que abriga Tarcísio e tem Hugo Motta na presidência da Câmara
  • Anistia: Perdão legal aos condenados por crimes relacionados aos atos golpistas
  • Indulto: Perdão presidencial individual a pessoas condenadas pela Justiça
  • Centrão: Bloco parlamentar que negocia apoio em troca de cargos e recursos
  • Alexandre de Moraes: Ministro do STF relator dos processos envolvendo Bolsonaro
  • Hugo Motta: Presidente da Câmara dos Deputados, do mesmo partido de Tarcísio
  • Flávio e Eduardo Bolsonaro: Filhos do ex-presidente com mandatos no Congresso
  • Ronaldo Caiado: Governador de Goiás, também cotado para 2026
  • Romeu Zema: Governador de Minas Gerais, nome da direita liberal

Imagem de capa: gp1.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 8247

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