Nova pesquisa do instituto revela crescimento expressivo na avaliação negativa dos ministros da Corte, atingindo marca histórica de desconfiança
Resumo
- Pesquisa Datafolha revela que reprovação ao STF atingiu 36%, superando aprovação de 29% pela primeira vez
- Crescimento de 8 pontos percentuais na avaliação negativa em comparação com março de 2024 (28%)
- Levantamento ouviu 2.004 pessoas em 130 municípios entre 29 e 30 de julho, com margem de erro de 2 pontos
- Bolsonaristas demonstram 81% de reprovação ao STF, enquanto petistas mantêm 59% de aprovação
- 68% dos brasileiros acreditam que ministros do STF priorizam interesses próprios contra 27% que veem foco na população
- Pesquisa foi realizada antes da prisão domiciliar de Bolsonaro, mas após imposição de tornozeleira eletrônica
- Congresso Nacional enfrenta reprovação ainda maior: 78% consideram que parlamentares agem em interesse próprio
A desconfiança dos brasileiros em relação ao Supremo Tribunal Federal atingiu um novo patamar histórico. O mais recente levantamento do instituto Datafolha, divulgado nesta terça-feira (5), revelou que 36% dos entrevistados consideram ruim ou péssimo o trabalho dos ministros do STF, superando pela primeira vez a aprovação de 29%. O resultado representa um aumento de 8 pontos percentuais na reprovação em comparação com a pesquisa anterior, realizada em março de 2024.
Cenário de Crise Institucional
O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 130 municípios entre os dias 29 e 30 de julho, com margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa foi realizada antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes de decretar prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas já contemplava outras medidas restritivas impostas ao ex-mandatário, como uso de tornozeleira eletrônica e recolhimento noturno.
Os números revelam uma deterioração significativa na percepção pública sobre a Corte: enquanto 31% consideram o desempenho regular e 4% não souberam opinar, a reprovação cresceu de forma expressiva. Em março de 2024, apenas 28% dos brasileiros reprovavam a atuação do STF, enquanto 29% aprovavam e 40% consideravam regular.
Divisão Política na Avaliação
A divisão ideológica do país fica evidente nos números quando analisados por preferência partidária. Entre os bolsonaristas, 81% reprovam o trabalho dos ministros e apenas 2% demonstram aprovação. No espectro oposto, os petistas mantêm alinhamento com a Corte, com 59% de avaliação positiva contra 9% de reprovação.
A pesquisa também revelou uma percepção generalizada de que as instituições priorizam interesses próprios: 68% dos entrevistados acreditam que o STF atua em benefício próprio, enquanto apenas 27% consideram que a Corte pensa na população. O Congresso Nacional enfrenta situação ainda mais crítica, com 78% dos brasileiros considerando que deputados e senadores agem prioritariamente em interesse próprio.
Tensões e Embates Recentes
O período que antecedeu a pesquisa foi marcado por intensos embates entre o Supremo e atores políticos. A tensão escalou após sanções americanas contra oito magistrados da Corte, que tiveram seus vistos cassados em retaliação ao processo que conduzem contra Bolsonaro, investigando sua participação na tentativa de golpe de Estado.
Eduardo Bolsonaro, deputado federal autoexilado nos Estados Unidos, articulou as sanções e chegou a pedir a aplicação da Lei Global Magnitsky contra Alexandre de Moraes, dispositivo que impediria o ministro de acessar bens americanos. Após a prisão domiciliar de Bolsonaro, deputados como Luciano Zucco (PL-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) incentivaram campanhas nas redes sociais contra o STF, usando o slogan “vingança não é justiça”.
Contexto Institucional
- Supremo Tribunal Federal: Órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, criado em 1828, composto por 11 ministros nomeados pelo presidente e aprovados pelo Senado
- Datafolha: Instituto de pesquisas fundado em 1983, reconhecido nacionalmente pela precisão em levantamentos eleitorais e de opinião pública
- Alexandre de Moraes: Ministro do STF desde 2017, relator do inquérito das fake news e das investigações sobre tentativa de golpe de 2022
- Lei Global Magnitsky: Legislação americana de 2016 que permite sanções contra indivíduos acusados de violações de direitos humanos e corrupção
- Tornozeleira eletrônica: Dispositivo de monitoramento usado para acompanhar localização de pessoas sob medidas cautelares
- Inquérito do golpe: Investigação que apura tentativa de ruptura democrática após eleições de 2022, envolvendo militares e políticos
- Eduardo Bolsonaro: Deputado federal (PL-SP), filho do ex-presidente, reside nos EUA desde dezembro de 2024
- Medidas cautelares: Decisões judiciais preventivas para evitar danos ou garantir eficácia de processos
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4394