STF em alerta máximo com seguranças após ameaças

Supremo eleva nível de proteção a “vermelho” para todos os 11 magistrados em meio ao julgamento da trama golpista


Resumo
  • STF colocou todos os 11 ministros em alerta máximo de segurança (classificação “vermelho”) pela primeira vez na história
  • Ministros agora viajam com dois ou três seguranças à paisana em voos comerciais
  • Cerca de 30 policiais de outros estados reforçam segurança do STF durante julgamento de Bolsonaro
  • Agentes dormem em alojamentos improvisados dentro da sede da Corte e fazem varreduras nas casas dos ministros
  • Medida foi motivada por ameaças crescentes, incluindo explosão em frente ao STF em novembro de 2024
  • STF aprovou segurança vitalícia para ex-ministros devido ao agravamento das ameaças
  • Esquema especial inclui monitoramento de redes sociais e deep web até fim de setembro
  • Feriado de 7 de setembro considerado data crítica para possíveis atos violentos

O Supremo Tribunal Federal mergulha numa das mais tensas fases de sua história recente. Todos os 11 ministros foram enquadrados no alerta máximo de segurança, classificação conhecida como “vermelho” – a mais alta numa escala de quatro cores utilizada para analisar situações de perigo. A medida, que antes restringia-se apenas a Alexandre de Moraes, passou a valer para todo o colegiado desde o início do ano.
A decisão ganhou urgência durante o julgamento da trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro e seus aliados. Em viagens por voos comerciais, cada magistrado agora é acompanhado por dois ou três seguranças à paisana. O reforço na proteção já teve seu primeiro teste quando Flávio Dino, ao voar de São Luís para Brasília, contou com escolta ampliada após ser hostilizado por uma passageira que tentou se aproximar do ministro e foi contida por um segurança e uma aeromoça.
A escalada das ameaças não se limita aos gabinetes da Corte. O esquema especial de segurança mobilizou cerca de 30 policiais de tribunais de outros estados para reforçar a proteção durante o julgamento. Esses agentes, somados ao efetivo integral da Polícia Judicial do STF, estão escalados para atuar 24 horas por dia e já dormem em dormitórios improvisados dentro da sede da Corte. Varreduras estão sendo realizadas nas casas dos ministros da Primeira Turma – Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia – numa medida incomum mesmo para julgamentos de alta repercussão.

Histórico das ameaças contra o Supremo

A preocupação da Corte concentra-se nos chamados ataques “rato solitário”, especialmente após episódios recentes que marcaram a escalada da violência contra o Supremo. Em novembro de 2024, um homem provocou uma explosão com bombas em frente ao edifício do STF, episódio que intensificou os receios dos magistrados sobre sua segurança pessoal. Antes disso, em 2021, houve a tentativa de invasão do prédio durante os ataques golpistas, e mais recentemente a prisão de um homem acusado de tentar invadir novamente a Corte.

Segurança vitalícia para ex-ministros

A gravidade das ameaças levou o STF a aprovar a concessão de segurança institucional vitalícia aos seus ministros. O presidente Luís Roberto Barroso justificou a proposta mencionando as “reiteradas ameaças graves” recebidas pelos membros do tribunal e citou especificamente o ataque a bomba ao edifício da Corte. Pelas regras anteriores, a escolta era mantida por no máximo seis anos após a aposentadoria dos magistrados. A decisão foi motivada pelo entendimento de que “o contexto que fundamentou a decisão do tribunal pela ampliação do tempo de prestação dos serviços de segurança não sofreu melhora até o momento. Ao contrário, agravou-se”.

Esquema especial durante julgamento de Bolsonaro

O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados mobiliza as forças de segurança da capital federal de maneira inédita. Os principais prédios da Praça dos Três Poderes estão cercados com grades, incluindo o Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o próprio STF. Uma Célula Presencial Integrada de Inteligência foi instalada para compartilhar informações e ações preventivas, incluindo o monitoramento de redes sociais e identificação de movimentações suspeitas. Os agentes fazem uso de drones com varredura térmica e podem abordar pessoas e revistar mochilas.

Alerta máximo no feriado de 7 de setembro

A data do Dia da Independência é considerada crítica pelos integrantes do STF, que enxergam nela um potencial para atos de contestação possivelmente violentos. O esquema especial de segurança foi intensificado para o desfile de 7 de setembro, tradicionalmente marcado por manifestações de grupos ligados à direita e ao bolsonarismo. O Supremo avalia que o julgamento de Bolsonaro, somado à memória de episódios como a tentativa de invasão do tribunal em 2021, eleva significativamente o risco de novos ataques.

Monitoramento digital e resposta rápida

As medidas de proteção vão além do físico, com atenção redobrada à segurança cibernética. O STF implementou monitoramento da deep web em busca de ameaças e possíveis tentativas de ataques virtuais contra os sistemas da Corte. A mobilização inclui ainda atualização constante de análises de risco e protocolos de resposta rápida, refletindo o temor de que manifestações se tornem violentas ou coordenadas com ataques digitais como meio de interferir no julgamento. O esquema especial deve durar até o fim de setembro.

Repercussões políticas e institucionais

Os cinco dias de julgamento da tentativa de golpe de Estado na Primeira Turma serão acompanhados presencialmente por 1.200 pessoas, distribuídas entre oito sessões agendadas. O STF disponibilizou 150 lugares para o público em geral, além de 500 profissionais de imprensa do Brasil e outros países. Os réus do núcleo central da trama golpista respondem por cinco crimes cuja pena somada pode ultrapassar 40 anos de prisão: integrar organização criminosa armada, atentar violentamente contra o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, e deterioração de patrimônio tombado da União.

Imagem de capa: ndmais.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 8192

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