Empresário paulista reassume comando da maior federação industrial do país prometendo diplomacia empresarial e resistência às barreiras comerciais americanas
Resumo
- Paulo Skaf foi eleito presidente da Fiesp pela quinta vez com 99% dos votos válidos, assumindo o cargo em janeiro de 2026
- O empresário promete criar uma “diplomacia empresarial” para enfrentar o tarifaço de 50% imposto por Trump sobre produtos brasileiros
- Roberto Azevêdo, ex-diretor da OMC, foi escalado para comandar o Conselho de Relações Internacionais da entidade
- Skaf substitui Josué Gomes da Silva, que enfrentou disputas internas durante sua gestão iniciada em 2022
- O novo presidente criticou a política econômica do governo federal, defendendo redução de gastos públicos e se opondo ao aumento do IOF
- As exportações industriais brasileiras para os EUA atingiram recorde de US$ 31,6 bilhões em 2024, justificando a preocupação com as barreiras comerciais
- Skaf comandou a Fiesp por 17 anos (2004-2021) e foi responsável por campanhas contra impostos como a CPMF
Paulo Skaf volta a comandar a Fiesp em um dos momentos mais delicados para a indústria brasileira. O empresário, que já presidiu a federação por 17 anos, entre 2004 e 2021, foi eleito nesta segunda-feira com 99% dos votos válidos em chapa única. Agora, aos 69 anos, Skaf enfrentará desafios que vão desde as altas taxas de juros internas até o tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Retorno com agenda anti-tarifaço
A eleição de Skaf não poderia vir em momento mais oportuno para o setor industrial. Com as exportações industriais brasileiras para os Estados Unidos atingindo recorde de US$ 31,6 bilhões em 2024, o tarifaço americano representa uma ameaça direta ao que Skaf considera o filão mais nobre da economia brasileira – a manufatura com valor agregado. Após a vitória nas urnas, o empresário foi direto ao ponto sobre a situação: cerca de 44% dos produtos foram resolvidos com as exceções, mas ainda restam 56% das exportações impactadas com a tarifa de 50%. Para o presidente eleito da Fiesp, que assume o cargo apenas em janeiro de 2026, a situação precisa ser resolvida com urgência.
Diplomacia empresarial como resposta
A grande novidade da nova gestão Skaf será a criação de uma “diplomacia empresarial” paralela à oficial. O conceito, que já havia sido desenvolvido pelo empresário em gestões anteriores, agora ganha contornos ainda mais ambiciosos. A proposta inclui equipes trabalhando de forma permanente para abrir mercados, se aproximar dos clientes do exterior, para que possam vender mais, comprar mais, trazer investimentos e levar investimentos a outros países, especialmente para o mercado americano. Como primeira iniciativa nessa direção, o empresário escalou Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC, para comandar o Conselho de Relações Internacionais da entidade diretamente de Nova York.
Histórico de enfrentamentos
- Combate à CPMF: Skaf liderou a mobilização empresarial que resultou na extinção da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira em 2007
- Campanhas contra impostos: Durante suas gestões anteriores, promoveu manifestações contra o aumento da carga tributária, incluindo o famoso “pato amarelo”
- Modernização do ensino técnico: Transformou o Sesi-SP na maior rede de ensino privado do país
- Expansão internacional: Criou programas de capacitação para pequenas e médias empresas atuarem no mercado externo
- Carreira política: Concorreu ao governo de São Paulo em 2010, ficando em 4º lugar
Sucessão conturbada
Skaf substitui Josué Gomes da Silva, que assumiu em 2022 e enfrentou disputas internas que quase resultaram em sua destituição. A volta do veterano empresário paulista acontece em momento de clara inflexão da indústria brasileira, que enfrenta não apenas questões estruturais antigas, como a perda de participação no PIB, mas também novos desafios ligados à inteligência artificial, transição energética e reindustrialização verde. Para Skaf, que não havia planejado voltar ao comando da federação mas foi “convocado” pelo setor produtivo, a prioridade será preparar pequenas e médias empresas para competir e se reinventar.
Críticas ao governo federal
Além do enfrentamento às barreiras comerciais americanas, Skaf não poupou críticas à política econômica doméstica. O empresário defendeu a redução dos gastos públicos e criticou duramente a proposta de aumentar a alíquota do IOF. Sobre a possível volta do “pato amarelo” – símbolo das campanhas da Fiesp contra aumentos de impostos e que se tornou marco de apoio ao impeachment de Dilma Rousseff -, Skaf preferiu manter o suspense: as novidades ficarão para o próximo ano. A declaração sinaliza que o empresário pretende retomar o protagonismo político da entidade, que representa cerca de 130 mil indústrias de diversos setores.
Imagem de capa: fiesp.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
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Matéria de número 4027