Silvye Alves denuncia importunação sexual no Congresso

A deputada de Goiás teve suas partes íntimas expostas em meio à violência sexual que mostra como a extrema direita não tem limites para a barbárie


Resumo
  • A deputada Silvye Alves (PL-GO) denunciou importunação sexual com exposição de suas partes íntimas
  • O caso ocorre no contexto de escalada da violência contra mulheres no Parlamento brasileiro
  • A Câmara dos Deputados perdeu qualquer noção de limite ético, permitindo todo tipo de baixaria contra parlamentares mulheres
  • Existe uma cultura de desrespeito e impunidade que normaliza ataques machistas e violência sexual
  • O silêncio institucional diante desses episódios revela cumplicidade com a barbárie
  • É urgente uma transformação cultural e institucional para proteger a dignidade das mulheres na política
  • Sem punição exemplar e mudanças estruturais, o Parlamento brasileiro assumirá características de milícia

Barbárie contra mulheres parlamentares se acelera

A deputada Silvye Alves (PL-GO) foi vítima de importunação sexual com exposição de suas partes íntimas. O fato, por si só, já seria inaceitável, mas ganha contornos ainda mais graves quando consideramos o contexto em que vivemos. É o mesmo ambiente em que deputados chamam ministras de prostituta, onde parlamentares posam com fuzis em gabinetes e onde a baixaria se tornou a marca registrada de uma elite política que perdeu qualquer noção de limite.

Não se trata, vejam bem, de um caso isolado. É o sintoma de um sistema político contaminado por uma cultura de desrespeito e impunidade onde mulheres que ousam ocupar espaços de poder são constantemente submetidas a ataques que vão desde o assédio até tentativas de humilhação pública. Ora, se até ministras de Estado são chamadas de garota de programa, o que não farão com deputadas que não têm a mesma visibilidade midiática?

Código de Ética virou papel higiênico

Como bem observado ao tratar do deputado Gilvan da Federal, há muito se perdeu qualquer noção de limite, e o Código de Ética que deve reger a atividade parlamentar não é nem mesmo uma vaga lembrança. No ritmo em que as coisas se desenvolvem, ou involuem, o destino é o desastre. E não é exagero afirmar que não estamos muito longe de um evento que pode mesmo ser trágico.

A importunação sexual contra Silvye Alves não aconteceu num vazio. Aconteceu numa Casa onde se normalizou a violência verbal contra mulheres, onde se permite toda sorte de baixarias enquanto os dirigentes demonstram baixa tolerância para a contestação nas redes, mas permitem que colegas sejam atacados da forma mais vil possível.

Cultura do vale-tudo machista

Prestem atenção: existe uma espécie de disputa na lama para saber quem diz a coisa mais asquerosa. Primeiro foi Gustavo Gayer comparando ministra a garota de programa, depois Gilvan da Federal chamando outra de prostituta. Agora é a violência sexual direta contra uma deputada. A baixaria de hoje sempre é superior à da véspera e inferior à de amanhã, numa escalada da indignidade.

E não venham com a ladainha de que se trata de exagero da vítima ou politização do caso. Quando se trata de crimes contra a dignidade da pessoa humana, fica claro: no caso de confronto entre o preceito fundamental de liberdade de expressão e os princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica devem prevalecer os últimos. Isso vale para humor preconceituoso, vale para ofensas e vale, sobretudo, para crimes sexuais.

Normalização da violência

O que mais impressiona é a naturalização com que esses episódios são tratados. É a mesma lógica que permite que crimes praticados contra a mulher em razão da condição do sexo feminino, inclusive conteúdos que propagam ódio ou aversão às mulheres sejam minimizados ou relativizados. As redes sociais, aliás, têm obrigação legal de retirar esse tipo de conteúdo do ar sob pena de responsabilização civil, mas e o Congresso Nacional? Que responsabilização há para parlamentares que cometem ou permitem tais barbaridades?

A deputada Silvye Alves teve a coragem de denunciar. Merece não apenas solidariedade, mas proteção institucional efetiva. Não se pode permitir que mulheres parlamentares sejam tratadas como alvos legítimos de violência sexual. Isso não é política, é crime. E criminosos devem ir para a cadeia, mesmo quando usam crachá de deputado.

Silêncio cúmplice

Onde estão os defensores da moralidade pública quando mulheres são violentadas no Parlamento? Onde está a indignação daqueles que se dizem guardiões dos valores tradicionais? O silêncio é ensurdecedor e revelador. É o mesmo silêncio que permite que se pose com armas em gabinetes, que se façam ameaças de morte contra presidentes e que se normalizem condutas incompatíveis com o decoro parlamentar.

Como observado sobre outros episódios de violência política, ou esse tipo de delinquência é contida, com a devida responsabilização daqueles que a promovem, ou o Parlamento Brasileiro assumirá as feições de milícia ou máfia. A importunação sexual contra Silvye Alves é mais um degrau nessa descida ao inferno institucional.

Urgência da transformação

Não podemos mais tolerar que casos tão graves sejam tratados com condescendência ou minimizados. Esta denúncia é um chamado à reflexão sobre o estado atual da política brasileira e sobre o quanto ainda falta avançar para a construção de um ambiente seguro e respeitoso para todas as pessoas, especialmente as mulheres que se atrevem a ocupar espaços de poder.

É preciso que haja consequências reais, investigação rigorosa e punição exemplar. Mais do que isso: é preciso uma transformação cultural profunda que recoloque o respeito à dignidade humana no centro da atividade parlamentar. Caso contrário, continuaremos vendo episódios de horror e humilhação se repetirem, prejudicando não apenas as vítimas, mas a própria democracia brasileira.

Imagem de capa: www1.jornalgoias.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Cláudio Montenegro é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 5142

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