Juros elevados impulsionam migração histórica de capital para títulos conservadores com custódia de R$ 2,8 trilhões
Resumo
- Brasil registra recorde histórico de 100,2 milhões de investidores em renda fixa no 2º trimestre de 2025
- Crescimento de 20% no número de investidores e 23% no valor em custódia, totalizando R$ 2,8 trilhões
- Taxa Selic de 15% ao ano, maior patamar desde 2006, impulsiona migração para produtos conservadores
- CDBs e RDBs dominam com 99,1 milhões de investidores, incluindo contas remuneradas de fintechs
- Tesouro Direto atinge novo recorde com 3 milhões de investidores e R$ 169,9 bilhões em custódia
- Renda variável cresce apenas 5%, com 5,4 milhões de investidores e R$ 588,3 bilhões em custódia
- Política monetária restritiva combate inflação mas oferece oportunidades excepcionais na renda fixa
O Brasil testemunhou uma explosão sem precedentes no número de investidores em renda fixa durante o segundo trimestre de 2025, com a marca histórica de 100,2 milhões de CPFs ativos registrados nesta categoria de aplicações. Este fenômeno representa um crescimento de 20% em relação ao mesmo período de 2024, quando haviam apenas 83,5 milhões de investidores neste segmento.
A migração massiva para produtos conservadores foi impulsionada pela taxa Selic em seu maior patamar desde 2006, atualmente fixada em 15% ao ano. O valor total sob custódia em renda fixa atingiu R$ 2,8 trilhões, registrando crescimento de 23% na comparação anual. Este movimento contrasta com o crescimento mais modesto da renda variável, que ampliou sua base de investidores de 5,1 milhões para apenas 5,4 milhões no mesmo período, um aumento de apenas 5%.
O protagonismo dos CDBs e RDBs se destaca neste cenário, concentrando 99,1 milhões de pessoas, principalmente devido à inclusão das contas remuneradas e aplicações automáticas oferecidas por fintechs como Nubank e Inter. Os produtos de captação bancária (LCIs, LCAs e LCs) atraíram 4 milhões de investidores, enquanto a renda fixa corporativa reuniu 888.400 investidores e os COEs registraram 630 mil CPFs.
Tesouro Direto Conquista Novos Recordes
O programa de títulos públicos federais fechou o segundo trimestre de 2025 com 3 milhões de investidores, estabelecendo um novo recorde histórico com crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2024. O valor em custódia saltou de R$ 136,5 bilhões para R$ 169,9 bilhões, uma valorização de 24% que reflete a preferência dos brasileiros por títulos do governo em meio à incerteza econômica. Os títulos Tesouro IPCA+ e Tesouro Selic concentram mais de 70% do saldo total aplicado na plataforma.
Renda Variável Perde Fôlego Diante dos Juros Altos
Enquanto a renda fixa experimenta crescimento explosivo, a renda variável demonstra sinais de desaceleração com apenas 300 mil novos investidores no período. O valor em custódia cresceu modestamente de R$ 552,3 bilhões para R$ 588,3 bilhões, uma variação de 7%. Entre os produtos de renda variável, as ações à vista lideram com 4 milhões de investidores, seguidas pelos fundos imobiliários com 2,8 milhões, BDRs com 1 milhão, Fiagros com 548,7 mil e ETFs com 638,3 mil CPFs registrados.
Contexto Econômico Impulsiona Migração de Capital
A escalada dos juros para 15% ao ano representa uma resposta do Banco Central à inflação persistente e às pressões sobre o câmbio. Este ambiente de alta rentabilidade na renda fixa tornou produtos conservadores extremamente atrativos, oferecendo retornos reais significativos acima da inflação. Para os investidores, a combinação de baixo risco e alta rentabilidade nominal criou um cenário ideal para aplicações conservadoras, especialmente em um momento de incertezas políticas e fiscais.
Perfil dos Investimentos em Renda Fixa
- CDBs e RDBs: Dominam com 99,1 milhões de investidores, impulsionados pelas contas digitais remuneradas
- Produtos de Captação Bancária: LCIs, LCAs e LCs atraem 4 milhões de pessoas
- Renda Fixa Corporativa: CRAs, CRIs, debêntures e notas comerciais somam 888,4 mil investidores
- COEs: Certificados de Operações Estruturadas registram 630 mil CPFs
- Tesouro Direto: Programa governamental alcança 3 milhões de investidores
Impactos da Política Monetária Restritiva
A manutenção da Selic em patamar elevado reflete a estratégia do Banco Central de combater a inflação através do desestímulo ao consumo e ao crédito. Esta política monetária restritiva encarece o financiamento para empresas e consumidores, mas oferece oportunidades excepcionais para poupadores e investidores conservadores. O ambiente de juros altos também pressiona o mercado acionário, já que empresas enfrentam custos de capital mais elevados para expansão e investimentos produtivos.
Perspectivas para o Mercado de Investimentos
O cenário de juros elevados deve persistir enquanto a inflação permanecer acima da meta e as incertezas fiscais não forem equacionadas. Os analistas projetam que a renda fixa manterá sua atratividade no segundo semestre de 2025, especialmente títulos pós-fixados e aqueles atrelados à inflação. Para a renda variável, o ambiente desafiador exige maior seletividade, com foco em empresas com boa geração de caixa e distribuição de dividendos consistente.
Imagem de capa: matogrossoeconomico.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 5262