Powell indica mudança na política monetária em meio à pressão e riscos no mercado de trabalho
Resumo
- Powell sinalizou possível corte dos juros americanos em setembro durante discurso em Jackson Hole
- Fed mantém juros entre 4,25% e 4,50% há oito meses consecutivos devido à inflação acima da meta
- Presidente do Fed citou riscos crescentes no mercado de trabalho como justificativa para mudança
- Trump pressiona constantemente por cortes de juros, alegando que taxas altas prejudicam economia
- Mercados reagiram positivamente com dólar em queda e bolsas em alta globalmente
- Probabilidade de corte em setembro subiu para 89,3% após o discurso de Powell
- Decisão pode abrir espaço para cortes de juros no Brasil e outros países emergentes
- Powell anunciou revisão quinquenal do arcabouço da política monetária do Fed
Mudança histórica na política monetária americana
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, sinalizou nesta sexta-feira uma possível redução dos juros americanos já em setembro, durante seu discurso no prestigiado simpósio de Jackson Hole, no Wyoming. Em uma das declarações mais aguardadas pelo mercado mundial, Powell afirmou que “com a política em território restritivo, a perspectiva básica e a mudança no equilíbrio de riscos podem justificar o ajuste de nossa postura política”. A declaração marca uma virada significativa na condução da política monetária americana, que mantém os juros entre 4,25% e 4,50% desde julho de 2024.
Pressões políticas e econômicas convergem para o corte
O movimento do Fed ocorre em meio a uma pressão sem precedentes do presidente Donald Trump, que tem exigido publicamente um corte imediato das taxas de juros. Além disso, dois diretores do banco central começaram a pressionar por reduções nas últimas reuniões, devido a preocupações de que o mercado de trabalho possa estar se enfraquecendo mais rapidamente do que sugerem os dados oficiais de emprego. Powell destacou que “os riscos negativos para o emprego estão aumentando”, sinalizando que o Fed pode priorizar a manutenção do emprego mesmo com a inflação ainda acima da meta de 2%.
Mercados reagem com otimismo global
A reação dos mercados foi imediata e positiva. Segundo o CME FedWatch Tool, que monitora as expectativas dos investidores, a probabilidade de um corte de 25 pontos base na reunião de setembro subiu para 89,3%, contra 73,5% antes do discurso. No Brasil, o dólar caiu mais de 1% e a Bolsa de Valores subiu forte, retomando os 136 mil pontos do Ibovespa. “O corte em setembro já era esperado, mas Powell está sendo um pouco mais dovish, ou seja, um pouco mais leve com relação a manter a atual taxa de juros do que o mercado esperava”, explicou Thiago Calestine, economista da Dom Investimentos.
- Federal Reserve (Fed): Banco central dos Estados Unidos, responsável pela política monetária americana desde 1913. Atualmente presidido por Jerome Powell, tem duplo mandato de controlar inflação e manter pleno emprego.
- Jackson Hole: Cidade no Wyoming que sedia anualmente o mais importante simpósio de banqueiros centrais do mundo, organizado pelo Federal Reserve Bank de Kansas City desde 1978.
- Jerome Powell: Presidente do Fed desde 2018, nomeado por Trump e reconduzido por Biden. Seu mandato atual termina em maio de 2025, sendo esta uma de suas últimas grandes decisões no cargo.
- Taxa Federal de Fundos: Taxa básica de juros americana que influencia toda a economia global. Atualmente em 4,25%-4,50%, é usada pelo Fed para controlar inflação e estimular crescimento econômico.
- Política Monetária Restritiva: Estratégia de manter juros altos para controlar inflação, adotada pelo Fed desde 2022 para combater o surto inflacionário pós-pandemia.
- Donald Trump: Presidente americano que tem pressionado constantemente Powell por cortes de juros, argumentando que as taxas altas prejudicam o desenvolvimento econômico e o acesso ao crédito.
- Mandato Duplo do Fed: Responsabilidade legal de promover máximo emprego e estabilidade de preços, criando tensão quando esses objetivos entram em conflito.
- Inflação Meta 2%: Objetivo oficial do Fed, atualmente não atingido devido às tarifas de importação e pressões econômicas globais.
- Efeito Global: Decisões do Fed afetam moedas e mercados mundiais, especialmente emergentes como Brasil, devido ao papel do dólar como moeda de reserva internacional.
- Revisão Quinquenal: Powell anunciou mudanças no arcabouço da política monetária, processo que ocorre a cada cinco anos para ajustar estratégias às mudanças econômicas.
Imagem de capa: uk.news.yahoo.com
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Matéria de número 7253