Pollon usa autismo para justificar ocupação da Câmara

Parlamentar do PL-MS alega não ter compreendido situação durante obstrução que paralisou Casa Legislativa por mais de 30 horas


Resumo
  • Deputado Marcos Pollon (PL-MS) alega autismo para justificar demora em desocupar cadeira presidencial da Câmara durante motim de 30 horas
  • Parlamentar nega ter incentivado Marcel van Hattem (Novo-RS) a permanecer no plenário durante obstrução
  • Hugo Motta indicou suspensão de até 6 meses para Pollon, van Hattem, Zé Trovão e Júlia Zanatta por participação no motim
  • Quatorze deputados foram denunciados à Corregedoria por obstrução que exigia anistia aos envolvidos no 8 de janeiro
  • Corregedor deve concluir parecer até quarta-feira para posterior análise do Conselho de Ética
  • Pollon havia chamado Motta de “bosta” e “baixinho” em manifestação pró-Bolsonaro antes da obstrução

O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) recorreu às redes sociais para se defender das acusações relacionadas ao motim que paralisou a Câmara dos Deputados por mais de 30 horas. O parlamentar, que é alvo de processo no Conselho de Ética, alegou ser autista e afirmou que não compreendia o que acontecia quando o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) tentou retomar a cadeira presidencial para conduzir a sessão.

Pollon e o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) foram os últimos parlamentares a deixar o espaço no momento em que Motta tentou assumir sua função na quarta-feira. Em vídeo publicado nas redes sociais, Pollon negou ter incentivado a permanência do colega do Novo no plenário e disse: “Eu sou autista e não estava entendendo o que estava acontecendo ali naquele momento”.

Segundo a versão apresentada pelo deputado, ele teria pedido que Marcel van Hattem o acompanhasse para orientá-lo durante a ocupação, já que não entendia o procedimento combinado para a desocupação do espaço. “Marcel estava lá como uma pessoa para dar suporte para um autista”, justificou Pollon. O parlamentar admitiu, no entanto, que havia um acordo para não desocupar o espaço sem uma resposta positiva ao pleito da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

Punições severas para parlamentares

O presidente da Câmara, Hugo Motta, decidiu indicar a punição de suspensão do mandato por até seis meses para Marcos Pollon, Marcel van Hattem, Zé Trovão (PL-SC) e Júlia Zanatta (PL-SC). A deputada Camila Jara (PT-MS) também está sob análise em processo separado. Outros parlamentares envolvidos na obstrução devem receber apenas advertências, segundo apuração. O corregedor da Câmara, deputado Diego Coronel (PSD-BA), informou que deve concluir até a próxima quarta-feira o parecer sobre os casos dos parlamentares que ocuparam a mesa diretora.

Tensão anterior entre deputado e presidente

Dias antes de participar da obstrução, Marcos Pollon havia chamado o presidente Hugo Motta de “bosta” e “baixinho de um metro e 60” durante manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro no Mato Grosso do Sul. A declaração foi feita em discurso inflamado no domingo anterior ao motim. Este episódio evidencia o histórico de tensão entre o deputado e a presidência da Casa, que culminou na participação no protesto que paralisou os trabalhos legislativos.

Obstrução durou mais de 30 horas

O motim que obstruiu o plenário da Câmara dos Deputados durou cerca de 30 horas e foi organizado por parlamentares que exigiam resposta positiva para anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. A obstrução impediu o funcionamento normal da Casa Legislativa e gerou uma crise institucional. Quatorze deputados foram formalmente denunciados à Corregedoria da Câmara por participação na ação, incluindo nomes como Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Marco Feliciano (PL-SP).

Investigação em andamento na Câmara

As denúncias foram encaminhadas pelo presidente Hugo Motta à Corregedoria Parlamentar e citam nominalmente parlamentares do PL, PP e Novo. Após a conclusão do parecer do corregedor, os casos serão analisados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. A possibilidade de suspensão de mandato por até seis meses representa uma das punições mais severas aplicáveis no âmbito da Câmara dos Deputados. O número de deputados investigados pode ainda aumentar, já que uma das petições pede apuração de todos os envolvidos no tumulto.

Polêmica sobre justificativa médica

A alegação de autismo como justificativa para o comportamento durante o motim gerou debates sobre a responsabilidade parlamentar e os limites das condições pessoais em atos políticos. Pollon mantém que sua permanência na cadeira presidencial foi resultado de confusão e não de resistência deliberada ao comando de Motta. O deputado afirmou ter ficado no local apenas até obter “uma resposta positiva para as vítimas do 8 de janeiro”, contradizendo parcialmente sua alegação de não compreensão da situação.

Imagem de capa: novonacamara.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 5074

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