BC Realizou Apenas 5 Verificações no Pix Desde 2020

Revelação expõe falhas graves na supervisão do sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, deixando brechas para fraudes milionárias


Resumo
  • Banco Central realizou apenas cinco ações de fiscalização de falhas no sistema Pix desde 2020, revelando supervisão insuficiente
  • Sistema registra 180 milhões de usuários e 3,9 bilhões de transações mensais, mas operou com fiscalização deficiente
  • Criminosos desviaram R$ 800 milhões em ataque à empresa C&M Software, expondo vulnerabilidades do sistema
  • BC suspendeu seis instituições do Pix por suspeita de envolvimento no esquema fraudulento
  • Foram registrados 17 incidentes de segurança com chaves Pix desde o lançamento, sendo 12 apenas em 2024
  • Novas regras de segurança identificaram 1% das chaves como irregulares, incluindo milhões de CPFs inconsistentes
  • Sistema implementou verificação obrigatória com Receita Federal e restrições em tipos de chaves
  • Pix revolucionou pagamentos no Brasil, mas exposição de falhas na fiscalização gera preocupações sobre segurança

A fiscalização do sistema Pix pelo Banco Central revelou números alarmantes: apenas cinco ações de verificação de falhas foram realizadas desde o lançamento da plataforma em novembro de 2020. A informação, que veio à tona em meio aos recentes ataques cibernéticos que desviaram centenas de milhões de reais do sistema financeiro, levanta sérias questões sobre a supervisão do principal meio de pagamento instantâneo do país.

O sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, que registrou 3,9 bilhões de transações apenas em maio de 2025, operou durante quase cinco anos com fiscalização insuficiente por parte da autoridade monetária. Essa deficiência na supervisão ficou evidente quando criminosos conseguiram desviar cerca de R$ 800 milhões em ataques à empresa C&M Software, obrigando o BC a suspender seis instituições do Pix por suspeita de envolvimento no esquema fraudulento.

A revelação da baixa quantidade de ações fiscalizatórias contrasta drasticamente com o crescimento exponencial do Pix, que ultrapassou 180 milhões de usuários e se tornou o principal meio de pagamento eletrônico do país. Em apenas quatro anos de funcionamento, o sistema evoluiu de modestas 2.345 transações no primeiro dia para movimentações bilionárias mensais, mas aparentemente sem o acompanhamento adequado dos mecanismos de controle e supervisão.

Desenvolvimento do sistema de pagamentos instantâneos

O Pix foi concebido em dezembro de 2018 através do Comunicado 32.927 do Banco Central, que estabeleceu as características básicas do ecossistema de pagamentos instantâneos. O desenvolvimento da infraestrutura tecnológica iniciou-se em outubro de 2019, culminando no lançamento oficial em 16 de novembro de 2020.

O sistema é sustentado por duas plataformas centralizadas operadas pelo BC: o Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI) e o Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT). Mais de 800 instituições financeiras foram autorizadas a participar do arranjo.

A Resolução BCB nº 1, de 12 de agosto de 2020, instituiu o arranjo de pagamentos Pix e aprovou seu regulamento, estabelecendo as regras de funcionamento e especificações técnicas do sistema.

Desde o lançamento, o Pix ganhou funcionalidades como Pix Saque, Pix Troco e está prevista a implementação do Pix Automático, Pix Garantido e Pix Internacional.

Ataques cibernéticos e falhas de segurança

Desde 2020, foram registrados 17 incidentes envolvendo exposição de chaves Pix, sendo 12 apenas em 2024. O mais recente atingiu 1.378 chaves da Cronos Instituição de Pagamento em novembro de 2024.

Em julho de 2025, criminosos desviaram aproximadamente R$ 800 milhões através de ataque cibernético à empresa que conecta instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro. Um funcionário da C&M recebeu R$ 15 mil para fornecer acesso aos sistemas.

O BC suspendeu seis instituições do Pix (Transfeera, Soffy, Nuoro Pay, Volunte Gestão Financeira, Brasil Cash e S3 Bank) por suspeita de envolvimento no esquema de desvio de recursos.

Em 2025, novas regras de segurança identificaram cerca de 1% das chaves Pix como irregulares, incluindo 4,5 milhões de CPFs com grafia inconsistente e 3,5 milhões vinculados a pessoas falecidas.

Medidas de proteção adotadas

A partir de julho de 2025, bancos foram obrigados a validar dados das chaves Pix junto à Receita Federal sempre que houver movimentação cadastral, visando combater fraudes com CPFs e CNPJs irregulares.

Usuários não podem mais alterar dados de chaves aleatórias, e a partir de abril será impossível transferir titularidade de chaves de e-mail. Apenas chaves de celular mantiveram a possibilidade de transferência.

O regulamento do Pix prevê limites máximos baseados no perfil de risco dos clientes, mecanismos de bloqueio cautelar e devolução especial em casos de fraude.

O BC ampliou a responsabilização das instituições participantes, incentivando investimentos em mecanismos mais eficientes de prevenção a fraudes e gerenciamento de riscos.

Transformação do sistema financeiro nacional

O Pix revolucionou o sistema de pagamentos brasileiro, permitindo transações gratuitas 24 horas por dia e democratizando o acesso a serviços financeiros para milhões de brasileiros.

O sistema contribuiu significativamente para a redução de custos operacionais no sistema financeiro, beneficiando tanto instituições quanto consumidores finais.

A ampliação do monitoramento de transações financeiras pela Receita Federal visa combater a sonegação fiscal, que representa perda anual de R$ 470 bilhões segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação.

O Pix faz parte da Agenda BC# de modernização do sistema financeiro, junto com Open Banking e Real Digital, visando ampliar a democratização financeira e estimular o crescimento do PIB.

Imagem de capa: seucreditodigital.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 8988

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