Negona do Bolsonaro: PF Revela Esquema para Burlar STF


Vanessa da Silva Oliveira, conhecida como “Negona do Bolsonaro”, tornou-se figura central no indiciamento do ex-presidente pela Polícia Federal por burlar medidas cautelares do STF


Resumo
  • Vanessa da Silva Oliveira, conhecida como “Negona do Bolsonaro”, foi citada pela PF como intermediária usada por Bolsonaro para contornar cautelares do STF
  • A influenciadora de 43 anos tem 136 mil seguidores no Instagram e foi suplente de vereadora no Rio em 2024
  • O TRE proibiu o uso do apelido “Negona do Bolsonaro” nas urnas por considerar racista e preconceituoso
  • Bolsonaro encaminhou vídeos e mensagens para mais de 300 pessoas, incluindo Vanessa, para contornar proibição de usar redes sociais
  • O ex-presidente foi indiciado pela PF junto com Eduardo Bolsonaro por coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito
  • O julgamento dos envolvidos na trama golpista está marcado para começar em 2 de setembro no STF

Esquema Digital é Revelado pela PF

O relatório da Polícia Federal que embasou o indiciamento de Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro revelou como o ex-presidente utilizou redes sociais de terceiros para contornar as restrições impostas pela Justiça. Entre os principais intermediários estava Vanessa da Silva Oliveira, de 43 anos, conhecida como “Negona do Bolsonaro”.

Desde 21 de julho, Bolsonaro estava proibido pelo STF de usar redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros. Mesmo assim, no dia 3 de agosto, o ex-presidente encaminhou vídeos e mensagens para mais de 300 destinatários, incluindo Vanessa, que prontamente replicou o conteúdo em suas redes sociais. O objetivo era contornar a ordem de proibição imposta pela Justiça.

Perfil da Influenciadora Digital

Vanessa da Silva Oliveira construiu sua carreira como influenciadora digital alinhada ao bolsonarismo. Natural do Rio de Janeiro, ela acumula 136 mil seguidores no Instagram e pouco mais de 100 mil no X (antigo Twitter). Em suas redes, se apresenta como “mulher 01 de Bolsonaro no Rio de Janeiro” e costuma publicar conteúdos em defesa do político.

Em 2024, Vanessa disputou sua primeira eleição, concorrendo ao cargo de vereadora do Rio de Janeiro pelo Partido Liberal (PL). Com 10.416 votos, ela terminou a eleição como suplente, não sendo eleita para ocupar uma cadeira na Câmara Municipal da capital fluminense.

Justiça Eleitoral Barra Nome de Urna

Durante as eleições municipais, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) proibiu Vanessa de usar o apelido “Negona do Bolsonaro” nas urnas. O desembargador responsável pelo caso argumentou que o nome tinha conteúdo racista e preconceituoso. Vanessa reagiu de forma indignada à decisão, contestando a interpretação judicial sobre seu próprio apelido.

A candidata tentou recorrer da decisão em três oportunidades, mas nenhuma das tentativas foi acatada pela Justiça Eleitoral. Sua campanha custou R$ 450 mil, dos quais mais de 97% foram doados pelo próprio PL, segundo dados do TSE.

Estratégia de Divulgação em Massa

O relatório da PF mostrou que Bolsonaro adotava o mesmo modus operandi das milícias digitais: difusão em alto volume, por multicanais, de forma rápida e contínua, utilizando pessoas com posição de autoridade perante o público-alvo para dar credibilidade às narrativas propagadas.

Vanessa foi uma das destinatárias escolhidas para receber e replicar os vídeos em que Bolsonaro aparecia acompanhando as manifestações bolsonaristas de 3 de agosto. Na gravação, o ex-presidente aparecia sentado em um sofá de sua casa, com a seguinte legenda: “Preso em casa, mas em espírito presente em todo o país. Obrigado a todos. É pela nossa liberdade”.

Cronologia das Medidas Cautelares

  • Proibição de Redes Sociais: A medida cautelar foi imposta a Bolsonaro em 21 de julho como parte das investigações sobre a trama golpista no STF
  • Prisão Domiciliar: Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente por desrespeitar as restrições
  • Indiciamento: Em 20 de agosto, a PF indiciou Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro pelos crimes de coação no curso do processo e abolição do Estado Democrático de Direito
  • Milícias Digitais: O fenômeno das redes organizadas de disseminação de desinformação ganhou destaque durante o governo Bolsonaro
  • Cautelares do STF: Instrumento jurídico utilizado para impedir que investigados continuem praticando crimes durante o processo

Rede de Apoiadores Envolvidos

Além de Vanessa, o relatório da PF revelou que o pastor Silas Malafaia também orientava Bolsonaro sobre quando fazer os encaminhamentos. “Atenção! Dispara esse vídeo às 12h”, orientava o pastor em uma mensagem. “Se possível, postar esse vídeo amanhã (segunda) às 9h, ou qualquer horário depois das 9h. Você é a voz”, dizia em outra ocasião.

O deputado Capitão Alden (PL-BA) também foi citado como um dos destinatários dos vídeos enviados por Bolsonaro no dia 3 de agosto. O mesmo vídeo encaminhado para Vanessa foi publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que posteriormente apagou o conteúdo de seus perfis.

Próximos Passos no STF

A defesa de Bolsonaro disse ter recebido com surpresa o indiciamento. Em nota, os advogados Celso Vilardi, Paulo Bueno e Daniel Tesser afirmaram que jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta. O ministro Alexandre de Moraes deu 48 horas para que os advogados do ex-presidente expliquem se houve descumprimento de ordens judiciais.

O STF começa a julgar Bolsonaro e os outros sete réus do chamado núcleo crucial da trama golpista em menos de duas semanas. A primeira sessão está agendada para o dia 2 de setembro, às 9h.

Imagem de capa: instagram.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 7082

Adicionar um Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fique por dentro das últimas notícias diretamente no seu e-mail.

Ao clicar no botão Inscrever-se, você confirma que leu e concorda com nossa Política de Privacidade e Termos de uso
Advertisement