Mozart Sales tem visto revogado: médico denuncia sanção injusta

Secretário do Ministério da Saúde que ajudou a criar programa Mais Médicos vira alvo de nova ofensiva do governo americano contra autoridades brasileiras


Resumo
  • Mozart Sales, secretário do Ministério da Saúde, teve visto americano revogado por Trump e classificou a sanção como “injusta”
  • A punição foi aplicada devido à participação na criação do programa Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff
  • Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo e atual coordenador para COP30, também foi sancionado
  • Governo americano justifica medida alegando cumplicidade com “trabalho forçado do regime cubano”
  • Ministro Alexandre Padilha defendeu o programa e afirmou que resistirá a “ataques injustificáveis”
  • Mozart Sales é a primeira autoridade do governo Lula a ser punida com perda de visto pelo governo Trump
  • Medida representa escalada na deterioração das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos

O médico Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, se tornou protagonista de mais um capítulo da escalada de ataques do governo Donald Trump contra autoridades brasileiras. Em declaração publicada nas redes sociais, Sales classificou como “injusta” a revogação de seu visto americano, anunciada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

A medida, divulgada oficialmente nesta quarta-feira (13), também atingiu Alberto Kleiman, ex-funcionário do governo federal e atual coordenador-geral para COP30. Ambos foram punidos por sua participação na criação e implementação do programa Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff, entre 2013 e 2018.

Médico brasileiro se defende das pressões

Mozart Sales não se curvou às pressões americanas e defendeu energicamente o programa que ajudou a conceber. “O programa Mais Médicos pelo Brasil é uma iniciativa primordial do governo federal para garantir o necessário atendimento de saúde a milhões de brasileiras e brasileiros em todas as regiões do País”, afirmou o secretário em publicação no Instagram. Para Sales, a sanção não abala sua certeza de que “o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS, o maior sistema público de saúde do mundo”.

Justificativa americana gera polêmica

O Departamento de Estado americano justificou a decisão alegando que Mozart Sales e Alberto Kleiman foram “cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Marco Rubio, secretário de Estado, chamou o programa Mais Médicos de “golpe diplomático inconcebível”, referindo-se à contratação de médicos cubanos através da cooperação com a Organização Pan-Americana de Saúde. A medida faz parte de uma série de sanções impostas pelo governo Trump contra funcionários brasileiros e ex-funcionários da OPAS, incluindo também seus familiares.

Governo brasileiro reage às sanções

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, saiu em defesa de Mozart Sales e publicou que o programa Mais Médicos resistirá a “ataques injustificáveis”. Padilha enfatizou que “o programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira”, acrescentando que não se curvarão “a quem persegue as vacinas, os pesquisadores, a ciência”. O ministro destacou que nos últimos dois anos o número de profissionais no programa dobrou, demonstrando sua importância para o sistema de saúde nacional.

Contexto histórico das relações Brasil-EUA

  • Programa Mais Médicos: Criado durante o governo Dilma Rousseff para atender regiões remotas e vulneráveis com escassez de profissionais médicos
  • Cooperação com Cuba: Entre 2013 e 2018, médicos cubanos foram contratados através da OPAS para suprir déficit no SUS
  • Retomada do programa: O governo federal relançou o programa como “Mais Médicos para o Brasil”, priorizando profissionais brasileiros
  • Escalada de sanções: Mozart Sales é a primeira autoridade do governo Lula a ser punida com perda de visto pelo governo Trump
  • Precedentes: Anteriormente, ministros do STF e o procurador-geral da República também tiveram vistos revogados

Perfil dos sancionados

  • Mozart Júlio Tabosa Sales: Servidor concursado do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, médico legista do Instituto de Medicina Legal de Pernambuco
  • Carreira política: Foi vereador do Recife entre 2004-2008, presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal
  • Governo federal: Ocupou cargos como assessor e chefe de gabinete no Ministério da Saúde, secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (2012-2014)
  • Alberto Kleiman: Diretor da OTCA para COP 30, trabalhou na área de Relações Internacionais em diferentes gestões do PT
  • Experiência internacional: Foi diretor da OPAS em Washington por sete anos, até fevereiro de 2022

Impactos diplomáticos

  • Deterioração das relações: A medida representa mais um capítulo na deterioração das relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos
  • Padrão de ataques: Trump já impôs tarifas a produtos brasileiros e aplicou a Lei Magnistsky contra autoridades brasileiras
  • Temores no governo: Integrantes do governo brasileiro temem que a medida possa se estender a outras autoridades de alto escalão
  • Motivações políticas: O embate está relacionado aos processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro no Brasil
  • Mensagem inequívoca: Segundo o Departamento de Estado, a ação envia “mensagem inequívoca” sobre a posição americana

Defesa da soberania nacional

Alexandre Padilha encerrou sua defesa ao programa com tom firme: “Temos muito orgulho de todo esse legado que leva atendimento médico para milhões de brasileiros que antes não tinham acesso à saúde. Seguiremos firmes em nossas posições: saúde e soberania não se negociam. Sempre estaremos do lado do povo brasileiro”. A declaração evidencia que o governo brasileiro não pretende recuar diante das pressões americanas, mantendo o programa que considera essencial para a saúde pública nacional.

Imagem de capa: folhape.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 5967

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