Motta negocia anistia com Tarcísio e Ciro em reunião sigilosa

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) para tratar da controversa questão da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A articulação, revelada nesta terça-feira, expõe mais uma vez a movimentação política para livrar da cadeia seus comparsas envolvidos na tentativa de golpe de Estado.


Resumo
  • Hugo Motta, presidente da Câmara, se reuniu com Tarcísio de Freitas e Ciro Nogueira para articular anistia aos envolvidos no 8 de janeiro
  • A movimentação expõe a continuidade do projeto político bolsonarista, mesmo com Bolsonaro inelegível
  • Tarcísio mantém sua posição de continuador do projeto autoritário, conforme já demonstrado em manifestações públicas
  • Ciro Nogueira empresta sua experiência congressual para viabilizar a impunidade dos envolvidos
  • A reunião sigilosa representa mais uma manobra para blindar os poderosos envolvidos na tentativa de golpe
  • O timing coincide com o avanço dos processos no STF contra os conspiradores
  • Contrasta com o tratamento rigoroso dado aos manifestantes mais vulneráveis, como a cabeleireira condenada

A Reunião dos Três Mosqueteiros

Hugo Motta se vê envolvido numa articulação para perdoar crimes contra a democracia. O mesmo presidente da Câmara que há pouco tempo demonstrou firmeza ao tentar coibir os excessos da extrema direita na Casa – lembremos quando ele e a Mesa agiram contra as grosserias de parlamentares – agora participa de negociações sobre anistia.

Tarcísio de Freitas, por sua vez, segue seu roteiro político. O governador paulista, que já demonstrou em público sua sintonia com o projeto bolsonarista de controle do Estado, agora se engaja pessoalmente na campanha pela impunidade. Sua participação não surpreende, considerando seu histórico de alinhamento com essa agenda.

Ciro Nogueira e a Política do Perdão

Ciro Nogueira empresta sua experiência de décadas no Congresso para viabilizar a anistia. O senador piauiense, eterno sobrevivente das mais diversas configurações políticas, transita com desenvoltura entre diferentes grupos, sempre encontrando uma forma de manter-se relevante. Agora, coloca suas habilidades de articulação a serviço desta causa.

A reunião teria ocorrido em ambiente reservado, longe dos olhos da imprensa e da sociedade. Típico dessa turma que gosta de decidir os destinos do país nos gabinetes, sem transparência, sem debate público, sem prestação de contas. É assim que se faz política no Brasil dos eternos caciques – sempre nos bastidores, sempre na surdina, sempre protegendo interesses específicos.

O Timing da Articulação

A movimentação ganha força justamente quando os processos contra os envolvidos avançam no Supremo Tribunal Federal. Há setores que parecem querer encontrar brechas para amenizar a situação dos envolvidos nos eventos de janeiro. Agora, o Legislativo entra com força total na operação.

A estratégia é clara: criar um ambiente de pressão política para que a anistia seja apresentada como uma medida de “pacificação nacional”. É o mesmo discurso da conciliação que sempre beneficia os poderosos e esquece as vítimas. Como se fosse possível pacificar um país fingindo que determinados eventos nunca aconteceram.

A Hipocrisia do Sistema

Enquanto isso, lembremos o que acontece com quem não tem acesso aos gabinetes do poder. Vimos como foi tratado o caso da cabeleireira que escreveu “Perdeu, mané” numa estátua da Justiça – condenada como se tivesse cometido o crime do século. Mas para os mentores intelectuais, para quem planejou e executou a tentativa de ruptura democrática, para esses deve haver perdão e esquecimento.

É a velha lógica brasileira: cadeia para os pobres, anistia para os ricos. Punição exemplar para quem pichava com batom, clemência para quem queria derrubar a democracia. E ainda há quem diga que vivemos num país onde todos são iguais perante a lei.

O Projeto de Poder Por Trás da Anistia

Esta anistia não é sobre perdão ou reconciliação. É sobre preservar um projeto político que nunca foi abandonado. Bolsonaro nunca escondeu suas pretensões autoritárias. E seus aliados, incluindo Tarcísio, jamais renegaram esse projeto. A anistia é apenas uma etapa para manter vivo o sonho do poder total.

Hugo Motta, ao se prestar a esse papel, demonstra que até mesmo aqueles que pareciam ter algum compromisso com a institucionalidade podem ser cooptados pelo sistema. É a velha música da política brasileira: quando a coisa aperta, todos se unem para proteger os iguais.

A Sociedade Como Refém

Enquanto esses senhores se reúnem para decidir quem deve ou não ser punido pelos crimes contra a democracia, o povo brasileiro segue como refém de suas articulações. Não fomos consultados sobre se queremos essa anistia. Não temos voz ativa nesse processo. Somos apenas espectadores de um teatro onde os atores principais já decidiram o final da peça.

E o mais grave: essa articulação acontece justamente quando o país precisa discutir questões sérias como o ajuste fiscal, as reformas estruturais, o combate à desigualdade. Mas não, a prioridade é garantir que determinados grupos durmam tranquilos em suas camas.

Imagem de capa: terra.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Cláudio Montenegro é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 8593

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