Motta prioriza luta contra adultização infantil na Câmara

Presidente da Câmara cria grupo de trabalho e promete projeto contra exploração de crianças nas redes sociais em até 30 dias


Resumo
  • Hugo Motta transforma combate à adultização infantil em prioridade na Câmara após vídeo de Felca viralizar com 31 milhões de visualizações
  • Criação de Grupo de Trabalho com prazo de 30 dias para elaborar projeto de lei contra exploração de crianças nas redes sociais
  • Comissão geral especial marcada para 20 de agosto reunirá deputados, especialistas e sociedade civil
  • PL 2.628/2022 de Alessandro Vieira emerge como favorito, já aprovado no Senado, prevendo “dever de cuidado” das plataformas
  • Alinhamento político raro entre PT e PL resulta em mais de 60 senadores apoiando CPI sobre o tema
  • Projeto prevê remoção automática de conteúdo de exploração sexual infantil e multas de até 10% do faturamento das empresas
  • Estratégia política de Motta visa “esfriar” tensões na Câmara, colocando pauta consensual acima de temas divisivos como anistia do 8 de janeiro

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que a luta contra a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais será prioridade absoluta da Casa. O movimento ganhou força após a repercussão explosiva do vídeo do influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, que já acumula mais de 31 milhões de visualizações denunciando a exploração infantil na internet.

Durante discurso no plenário, Motta afirmou ter ficado “sem palavras” ao assistir as denúncias de Felca sobre crianças expostas a conteúdos eróticos e exploração sexual nas plataformas digitais. “Proteger a infância não é um favor: é um dever”, declarou o presidente, classificando a questão como uma “obrigação moral de qualquer civilização que se pretenda digna desse nome”.

O Colégio de Líderes da Câmara definiu a criação de um Grupo de Trabalho (GT) que terá até 30 dias para elaborar um projeto de lei mais “avançado e efetivo” para combater a adultização infantil. Uma comissão geral especial foi marcada para o dia 20 de agosto, reunindo deputados, especialistas e organizações da sociedade civil para debater amplamente o tema.

Mobilização política inédita

A questão da adultização infantil provocou um alinhamento político raro entre partidos de esquerda e direita no Congresso Nacional. Mais de 60 senadores, do PT ao PL de Bolsonaro, protocolaram pedido de CPI sobre o tema no Senado. Na Câmara, foram apresentados 17 projetos de lei sobre adultização infantil apenas na segunda-feira, segundo levantamento do Poder360.

Projeto ganha força na tramitação

O PL 2.628/2022, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB-SE), surge como favorito para aprovação rápida. Já aprovado no Senado, o projeto estabelece o “dever de cuidado” às plataformas digitais, exigindo mecanismos de proteção para menores, verificação de idade, filtros de conteúdo e remoção imediata de material de exploração sexual infantil. O texto prevê multas de até 10% do faturamento das empresas que descumprirem a legislação.

Contexto da crise

A adultização infantil refere-se à exposição precoce de crianças a comportamentos, linguagens e responsabilidades típicas de adultos, comprometendo seu desenvolvimento emocional e psicológico. O fenômeno se intensifica no ambiente digital, onde menores são incentivados a imitar influenciadores ou participar de tendências inadequadas para sua faixa etária.

  • Definição técnica: Exposição de crianças a conteúdos eróticos, dança sensual e linguagem adulta para monetização de conteúdo
  • Impacto dos algoritmos: Sistemas automatizados direcionam conteúdo infantil sexualizado para perfis de pedófilos
  • Monetização: Donos de canais lucram com a exploração de menores através de visualizações e engajamento
  • Alcance do problema: Fenômeno global que afeta famílias em todo mundo, segundo Instituto Alana

Medidas propostas na legislação

O projeto em tramitação prevê mudanças estruturais no funcionamento das redes sociais para proteção de menores:

  • Remoção automática: Eliminação imediata de conteúdo de exploração sexual infantil sem necessidade de ordem judicial
  • Verificação de idade: Controles rigorosos para impedir acesso de menores a conteúdo pornográfico
  • Regulamentação de jogos: Proibição de “caixas de recompensa” em games direcionados a crianças
  • Controle parental: Ferramentas obrigatórias para supervisão familiar do conteúdo acessado
  • Restrição publicitária: Limitação severa de publicidade direcionada especificamente a menores
  • Responsabilização: Punições financeiras pesadas para plataformas omissas

Estratégia política de Motta

A priorização da pauta representa uma manobra estratégica de Hugo Motta para “baixar a temperatura” na Câmara após semana tensa marcada pela ocupação bolsonarista dos plenários. O tema da adultização infantil “furou a fila” de outras prioridades, incluindo a controversa proposta de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023.

Repercussão do vídeo de Felca

O vídeo do youtuber Felca tornou-se catalisador da mobilização política nacional. Na publicação, ele expõe como crianças são exploradas na criação de conteúdo digital, revelando o funcionamento dos algoritmos que entregam material infantil sexualizado para pedófilos. A denúncia provocou comoção nacional e pressão política inédita sobre o Congresso.

Imagem de capa: ac24horas.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 5486

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