Pastor Silas Malafaia sai em defesa de suas conversas diretas com Jair Bolsonaro, afirma independência política e rejeita ser visto como seguidor cego do ex-presidente
Resumo
- Pastor Silas Malafaia defende sua “franqueza” após áudios revelarem críticas duras a Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “babaca”
- Malafaia rejeita o rótulo de “bolsominion” e afirma que as conversas demonstram sua independência política
- Áudios fazem parte de investigação da PF sobre obstrução de justiça relacionada à trama golpista
- Alexandre de Moraes determinou medidas cautelares contra o pastor, incluindo proibição de deixar o país
- Conversas revelam tensões internas no núcleo bolsonarista e preocupação do ex-presidente com anistia
- Outros líderes evangélicos criticam Malafaia, questionando sua narrativa de perseguição religiosa
A divulgação de áudios pela Polícia Federal em que o pastor Silas Malafaia critica duramente Eduardo Bolsonaro, chamando-o de “babaca” e “idiota”, provocou uma reação defensiva do líder religioso. Malafaia justificou sua postura direta, afirmando que sua franqueza nas conversas com Jair Bolsonaro demonstra que ele não é um seguidor cego e mantém sua independência política.
Os áudios obtidos pela Polícia Federal revelam conversas tensas entre o pastor e o ex-presidente, incluindo mensagens em que Malafaia ataca Eduardo Bolsonaro por suas declarações públicas. Em uma das gravações, o religioso expressa sua indignação: “Desculpe, presidente, esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente que está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista”. As mensagens mostram um lado mais crítico do pastor em relação aos Bolsonaro, contrariando a imagem pública de aliado incondicional.
Em resposta à repercussão dos áudios, Malafaia defendeu sua postura, classificando a divulgação como tentativa de “desviar o foco e a atenção”. O pastor ressaltou que as mensagens comprovam sua independência: “As mensagens mostram minha independência, que crítico, que falo bem, falo bem, questiono, que não sou um bolsominion, que não sou um cara manipulado para bajular”. Segundo Malafaia, quando fala “babaca” isso “faz parte da sua franqueza”.
Operação da Polícia Federal
A investigação que revelou os áudios faz parte do inquérito sobre obstrução de justiça relacionado à trama golpista. Malafaia foi alvo de busca e apreensão no aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, quando retornava da Europa. O ministro Alexandre de Moraes determinou medidas cautelares contra o pastor, incluindo a proibição de deixar o país e de se comunicar com outros investigados no processo. O celular e passaporte de Malafaia foram apreendidos durante a operação.
Áudios revelam tensões internas
Além das críticas a Eduardo Bolsonaro, os áudios divulgados pela Polícia Federal mostram conversas entre Malafaia e Jair Bolsonaro sobre diversos temas políticos. Em uma das gravações, o ex-presidente afirma que “sem anistia, não tem negociação do tarifaço”, demonstrando como condiciona negociações políticas à aprovação de medidas que o beneficiem juridicamente. Bolsonaro também menciona que “resolveu a anistia, resolveu tudo”, evidenciando sua preocupação central com questões legais.
Contexto histórico da relação Malafaia-Bolsonaro
- Aliança histórica: Silas Malafaia se consolidou como um dos principais apoiadores evangélicos de Bolsonaro desde a campanha de 2018
- Influência religiosa: O pastor comanda a Assembleia de Deus Vitória em Cristo e possui milhões de seguidores nas redes sociais
- Poder político: Malafaia exerceu papel de conselheiro informal do ex-presidente durante o governo
- Investigação atual: O pastor está sendo investigado por supostamente orientar e auxiliar ações de coação promovidas por Bolsonaro
Repercussões políticas
A revelação dos áudios gerou críticas de outros líderes evangélicos. O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), também pastor, rebateu a narrativa de perseguição religiosa defendida por Malafaia: “Malafaia parece mais com Bolsonaro do que com Jesus”. Para Otoni, o líder religioso “é mais político do que pastor” e não há perseguição contra a igreja, mas questionamentos sobre suas atividades políticas.
Estratégia de defesa
Malafaia tem utilizado o discurso de perseguição religiosa para se defender das investigações, gravando vídeos em que afirma que até “cadernos com mensagens bíblicas” foram apreendidos pela Polícia Federal. O pastor nega qualquer tentativa de fuga do país, explicando que tinha viagem marcada para os Estados Unidos para participar de uma conferência de sua igreja em Boston.
Imagem de capa: revistaforum.com.br
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 7305