Ex-ministro da Previdência testemunha como governo Lula enfrenta novo escândalo de corrupção enquanto STF julga trama golpista de Bolsonaro
Resumo
- Carlos Lupi negou envolvimento nas fraudes bilionárias do INSS durante depoimento tenso na CPMI, admitindo falhas na supervisão do esquema
- O ex-ministro confessou não ter dimensionado o rombo de R$ 6,3 bilhões que acontecia durante sua gestão no Ministério da Previdência
- Relator da CPMI adotou linguagem agressiva, chamando Lupi de omisso, incompetente ou corrupto, gerando confronto com deputados governistas
- Oposição trabalha para colar o escândalo no governo Lula, enquanto STF julga trama golpista de Bolsonaro em timing politicamente explosivo
- Esquema fraudulento operou entre 2019 e 2024, atravessando governos Bolsonaro e Lula, com entidades conveniadas roubando aposentados
- CPMI investigará responsabilidades e deve ouvir próximamente os empresários “Careca do INSS” e Maurício Camisotti
O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi prestou depoimento explosivo à CPMI do INSS nesta segunda-feira, negando categoricamente qualquer ligação com o esquema bilionário de descontos fraudulentos em aposentadorias e pensões que sangrou R$ 6,3 bilhões dos cofres públicos. Em sessão marcada por confrontos e tensão, Lupi afirmou ter “consciência e alma tranquilas” ao mesmo tempo em que admitiu não ter dimensionado a magnitude do rombo que acontecia debaixo de seu nariz.
Depoimento expõe fragilidade do governo
Durante sua oitiva, Lupi apresentou uma defesa que oscilou entre o técnico e o emocional. “Nunca acobertei“, bradou o ex-ministro, enfatizando que todas as denúncias contra ele foram arquivadas – inclusive durante o governo Bolsonaro, em 2020. O PDT-RJ sustentou que tomou conhecimento das irregularidades apenas em março de 2023 e que agiu em cooperação com a Polícia Federal, mas confessou uma falha devastadora: “Sou sincero em dizer, talvez minha falha maior tenha sido essa, não dar dimensão ao tamanho do rombo que era isso”.
O mais revelador do depoimento foi a admissão de que o INSS editou normativos para barrar fraudes, mas os instrumentos falharam completamente em coibir o esquema. “Infelizmente, falhamos nisso, falhamos em ter uma ação mais enérgica do INSS para coibir”, lamentou Lupi, numa confissão que expõe a incompetência institucional na proteção de milhões de aposentados brasileiros.
Oposição parte para cima com linguagem de delegacia
O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), conduziu o interrogatório com dureza inédita, aplicando ao ex-ministro uma linguagem tipicamente policial. Gaspar chegou a sugerir que Lupi tinha um “modus operandi” – terminologia reservada a criminosos – e questionou se o ex-ministro era “omisso, incompetente ou corrupto”. A postura agressiva gerou reação imediata dos deputados governistas, que questionaram a pertinência das perguntas e a linguagem empregada.
Em um dos momentos mais tensos, Gaspar perguntou: “É padrão Lupi ser envolvido em denúncias de corrupção, foi omissão deliberada ou o senhor funcionava como rainha da Inglaterra?”. A estratégia da oposição ficou clara: colar Lula em Lupi e transformar o escândalo do INSS em munição eleitoral para 2026. O relator não poupou esforços para mencionar o nome do presidente e questionar quem fez o convite para Lupi ocupar o ministério.
Timing explosivo: INSS vs. Trama Golpista
O depoimento de Lupi aconteceu em momento politicamente explosivo, com o STF retomando nesta terça-feira o julgamento da suposta trama golpista que tem Jair Bolsonaro como réu principal. A coincidência temporal não passou despercebida: enquanto a oposição tenta transformar o escândalo do INSS em crise para o governo Lula, Bolsonaro e seus aliados enfrentam o momento mais decisivo de suas carreiras políticas no banco dos réus.
Durante a sessão da CPMI, houve até mesmo um bate-boca que interrompeu temporariamente o depoimento, com parlamentares trocando acusações sobre o julgamento de Bolsonaro. A polarização chegou a tal ponto que Lupi precisou se defender da acusação de ter sido responsável pela ação que resultou na inelegibilidade do ex-presidente.
- Contexto Histórico do Escândalo do INSS: O esquema fraudulento operava desde 2019, atravessando os governos Bolsonaro e Lula, com descontos não autorizados realizados por entidades conveniadas que cobravam aposentados sem qualquer prestação de serviços efetiva
- Operação Sem Limites: A Polícia Federal deflagrou a operação em abril de 2025, desarticulando a quadrilha responsável pelo rombo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, revelando um sistema de corrupção que funcionava como uma máquina de sugar recursos de idosos vulneráveis
- Figuras-Chave Investigadas: Entre os alvos principais estão os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti, que devem prestar depoimento nos próximos dias à CPMI
- Alessandro Stefanutto: Ex-presidente do INSS foi demitido por causa da operação, sendo considerado peça-chave no esquema que permitiu a sangria bilionária dos recursos previdenciários
- Cronologia da Crise: Lupi permaneceu no cargo alguns dias após a deflagração da operação antes de pedir demissão em maio de 2025, sob pressão política crescente e questionamentos sobre sua gestão
- Arquivamentos Anteriores: O próprio Lupi mencionou que denúncias contra ele foram arquivadas em 2016 e novamente em 2020, durante o governo Bolsonaro, alegando falta de indícios de envolvimento direto
- Impacto Político: O escândalo representa mais uma crise para o governo Lula, que já enfrenta desgaste com questões fiscais, conflitos com o Congresso e baixa popularidade nas pesquisas
- CPMI do INSS: Instalada em 20 de agosto de 2025, a comissão parlamentar busca apurar responsabilidades e propor mudanças no sistema previdenciário para evitar novas fraudes
- Medidas Corretivas: O governo editou normativos para endurecer o controle sobre entidades conveniadas, mas a efetividade das medidas ainda será testada na prática
- Conexões Políticas: A oposição trabalha para conectar o escândalo diretamente ao governo Lula, enquanto o PT tenta responsabilizar gestões anteriores pelo crescimento do esquema fraudulento
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 9179