Integrantes do governo consideram diálogo viável após declaração do americano, mas receiam tratamento constrangedor como sofrido por outros líderes mundiais
Resumo
- Trump declarou que Lula pode ligar para ele “quando quiser”, mas governo brasileiro vê apenas gesto simbólico
- Palácio do Planalto teme tratamento desrespeitoso baseado em precedentes com outros líderes mundiais
- Crise diplomática iniciou com tarifas de 50% e sanções contra ministro Alexandre de Moraes em 30 de julho
- Itamaraty avalia que telefonemas presidenciais exigem preparação técnica e definição prévia de pauta
- Governo brasileiro considera bases da crise “inegociáveis”, especialmente questões relacionadas a Bolsonaro
- Contatos ministeriais estão em curso para preparar eventual diálogo entre os presidentes
- Implementação das tarifas foi adiada para 6 de agosto, criando janela para negociações
O governo brasileiro avalia como possível uma ligação direta entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, mas nutre sérias preocupações sobre o tratamento que o mandatário brasileiro pode receber durante a conversa. A avaliação ganhou força após Trump declarar publicamente que “Lula pode falar comigo quando quiser”, sinalizando abertura para o diálogo em meio à crise diplomática provocada pelas tarifas de 50% impostas aos produtos brasileiros.
Fontes do Planalto revelam que existe receio de que Lula seja submetido a algum tipo de constrangimento político ou humilhação, mesmo por telefone ou videochamada. A preocupação se baseia no histórico de Trump com outros líderes mundiais, incluindo episódios com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o da África do Sul, Cyril Ramaphosa, onde houve situações desconfortáveis na frente da imprensa. O próprio Lula manifestou publicamente que deseja ser tratado com respeito e civilidade, enfatizando que o Brasil “não negociará como se fosse um país pequeno contra um país grande”.
A declaração de Trump ocorreu durante coletiva de imprensa nos jardins da Casa Branca, quando questionado sobre sua disposição para negociar diretamente com o brasileiro sobre as tarifas comerciais. “Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, mas eu amo o povo brasileiro”, disse o presidente americano, complementando que “as pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”. Cerca de duas horas após a declaração, Lula publicou nas redes sociais que o Brasil “sempre esteve aberto ao diálogo”, reafirmando que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”.
Crise diplomática teve início em julho
A atual tensão entre Brasil e Estados Unidos teve início em 30 de julho de 2025, quando Trump assinou ordem executiva impondo tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, além de sancionar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. As medidas foram justificadas como reação às práticas do governo Lula que, segundo Washington, prejudicariam empresas americanas e ameaçariam a liberdade de expressão.
- Motivação Política: Diferentemente de outras disputas comerciais, Trump deixou claro que as tarifas não respondiam a motivos comerciais, mas ao que considera uma “caça às bruxas” contra Jair Bolsonaro no processo por tentativa de golpe de Estado
- Impacto Econômico: Segundo o Ministério do Desenvolvimento, 44,6% das exportações brasileiras foram isentadas do tarifaço, com cerca de 700 produtos ficando de fora da sobretaxa, incluindo aviões, celulose, suco de laranja, petróleo e minério de ferro
- Histórico de Relações: Lula e Trump jamais interagiram ou se encontraram pessoalmente, mantendo um histórico de declarações hostis mútuas no passado
Diplomacia trabalha nos bastidores
O Itamaraty trabalha nos bastidores para estabelecer canais de comunicação, mas avalia que houve apenas um “gesto simbólico” insuficiente para caracterizar um canal político efetivo. Diplomatas destacam que telefonemas entre chefes de Estado exigem articulação prévia, definição de pauta e alinhamento entre as equipes.
- Contatos Ministeriais: O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) conversou pela primeira vez com o secretário de Estado Marco Rubio em encontro discreto em Washington, fora do Departamento de Estado
- Preparação Técnica: O ministro Fernando Haddad confirmou reunião com o secretário do Tesouro americano Scott Bessent para a próxima semana, visando preparar terreno para eventual conversa entre os presidentes
- Vice-Presidente em Ação: Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, mantém os contatos mais frequentes com autoridades americanas, com expectativa de novos diálogos
Bases da crise são inegociáveis
A resistência do governo petista em aceitar qualquer tipo de imposição reflete a avaliação de que as bases da crise são “inegociáveis”, como o perdão judicial a Jair Bolsonaro e outros investigados na trama golpista. Fontes do Planalto admitem que não há, no momento, o que ser dito em relação ao tarifaço.
- Posição Brasileira: Lula enfatizou que Trump “não foi eleito para ser imperador do mundo” e que o Brasil não será “refém dos Estados Unidos”
- Avaliação da Oposição: Partidos como União Brasil e PP criticam o que chamam de “retórica confrontacional” do governo Lula diante das medidas americanas
- Cronograma das Tarifas: A implementação das tarifas foi adiada para 6 de agosto, criando janela de oportunidade para negociações
Trump tem histórico de humilhar líderes
As preocupações do governo brasileiro se baseiam em casos concretos de como Trump tem conduzido conversas com outros líderes mundiais, criando situações constrangedoras que são posteriormente exploradas politicamente.
- Caso Zelensky: O presidente ucraniano foi submetido a situações desconfortáveis durante encontros com Trump na presença da imprensa
- Exemplo Sul-Africano: Cyril Ramaphosa também vivenciou momentos tensos em interações públicas com o presidente americano
- Protocolo Quebrado: Trump surpreendeu ao quebrar “todos os protocolos e liturgias que devem existir entre dois chefes de Estado” ao anunciar as tarifas via rede social
Imagem de capa: expressodasilhas.cv
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Matéria de número 3942