Lula telefona a Xi Jinping contra tarifaço de Trump

Presidente brasileiro busca apoio chinês enquanto governo estuda pacote de socorro para empresas afetadas pela guerra comercial dos EUA


Resumo
  • Lula telefonou para Xi Jinping na noite de segunda-feira para discutir estratégias contra o tarifaço americano de 50% sobre produtos brasileiros
  • O governo estima que US$ 14,5 bilhões em exportações brasileiras foram impactados pelas tarifas de Trump, representando 35,9% das vendas para os EUA
  • China se tornou aliada estratégica do Brasil, sendo o maior parceiro comercial com movimentação de US$ 136,3 bilhões em 2024
  • Lula intensificou contatos com líderes do Brics, incluindo conversas com Modi da Índia e Putin da Rússia
  • Governo brasileiro prepara pacote de contingência com crédito, adiamento de tributos e estímulos à exportação
  • Brasil e China assinaram memorando para ampliar cooperação em finanças climáticas e infraestrutura

O presidente Lula (PT) realizou uma ligação estratégica para o líder chinês Xi Jinping na noite desta segunda-feira (11), em meio à escalada da guerra comercial imposta pelos Estados Unidos contra o Brasil. A conversa, que foi um pedido direto do petista, aconteceu às 22h devido ao fuso horário e teve como foco central o tarifaço de 50% aplicado pelo presidente Donald Trump.

O telefonema ocorre em um momento crítico para a economia brasileira, já que o governo estima que 35,9% das exportações para os Estados Unidos foram impactadas pelo tarifaço, representando US$ 14,5 bilhões em vendas externas. A China, maior parceiro comercial do Brasil, aparece como aliada estratégica nesta crise, considerando que o comércio bilateral movimentou US$ 136,3 bilhões entre janeiro e outubro de 2024.

A ligação para Xi Jinping acontece após uma reunião técnica de quase duas horas no Palácio do Planalto, onde Lula debateu com ministros e assessores um plano de contingência para socorrer as empresas brasileiras afetadas. Participaram do encontro o vice-presidente Geraldo Alckmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Rui Costa (Casa Civil), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), além do assessor especial Celso Amorim. O debate segue “avançando”, mas sem data definida para anúncio das medidas de socorro.

Guerra tarifária devastadora dos EUA

A guerra comercial iniciada por Trump atingiu o Brasil com força total na última semana, quando entrou em vigor uma taxa adicional de 40% sobre produtos brasileiros já sujeitos a uma tarifa de 10%, totalizando 50% de sobretaxa. O tarifaço foi anunciado em 9 de julho, apenas dois dias após a realização da cúpula do Brics no Rio de Janeiro.

Dos produtos brasileiros exportados para os EUA, 44,6% ficaram fora da nova taxação, correspondendo a US$ 18 bilhões em vendas. A Casa Branca excluiu da sobretaxa 694 itens específicos, incluindo aviões da Embraer, suco de laranja e petróleo. Contudo, setores estratégicos da economia brasileira foram severamente impactados pela medida protecionista.

Articulação diplomática do Brics

Lula tem intensificado os contatos com lideranças dos Brics como estratégia para enfrentar o tarifaço americano. Na semana passada, o presidente conversou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, discutindo o fortalecimento do bloco e propondo aumentar o comércio bilateral para mais de US$ 20 bilhões até 2030. Os dois líderes também abordaram as plataformas de pagamento virtual dos países, incluindo o Pix brasileiro e o sistema indiano UPI.

No final de semana, Lula manteve conversa telefônica com o presidente russo Vladimir Putin, a pedido do líder russo. Segundo o Planalto, Putin compartilhou informações sobre negociações em curso com os Estados Unidos, incluindo planos para um encontro com Trump no Alasca em 15 de agosto para discutir um possível cessar-fogo na Ucrânia.

Aliança estratégica Brasil-China

A China conquistou uma trégua tarifária de 90 dias com os Estados Unidos, com redução das tarifas adicionais de 145% para 30% sobre produtos chineses. Esta diferença de tratamento evidencia a força diplomática chinesa e reforça a importância da parceria com Pequim para o Brasil neste momento de crise comercial.

O timing da ligação é estratégico, pois coincide com a assinatura de um memorando para ampliar a parceria comercial entre Brasil e China. O acordo foca na cooperação em finanças climáticas, infraestrutura e reforma da governança econômica global, áreas que podem compensar as perdas comerciais com os Estados Unidos.

De janeiro a outubro de 2024, o Brasil exportou US$ 83,4 bilhões em bens para a China e importou US$ 52,9 bilhões, gerando um superávit de US$ 30,5 bilhões. Este fluxo comercial robusto posiciona a China como alternativa viável para diversificar as exportações brasileiras em resposta ao protecionismo americano.

Pacote de socorro em preparação

O governo brasileiro trabalha em um pacote de contingência que deve ser apresentado ainda nesta semana, focando em amenizar os efeitos do tarifaço. As medidas em discussão incluem apoio através de crédito, adiamento de tributos e estímulos à exportação para setores afetados.

O ministro Fernando Haddad tem liderado as discussões técnicas sobre o pacote de socorro, que aguarda definição final da Presidência. A equipe econômica avalia diferentes modalidades de apoio às empresas brasileiras que perderam competitividade no mercado americano devido às tarifas punitivas.

Lula demonstrou otimismo quanto à possibilidade de diálogo com Trump, afirmando que “Trump está jogando fora a oportunidade de conversar com presidente mais democrático da América Latina”. Apesar das tensões comerciais, o presidente brasileiro mantém o convite para que Trump participe da COP30 em Belém, marcada para novembro de 2025.

Imagem de capa: seudinheiro.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 5318

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