Presidente confirma medida provisória para criar linha de crédito emergencial contra tarifas americanas de até 50% sobre produtos brasileiros
Resumo
- Lula anuncia pacote de R$ 30 bilhões em crédito emergencial para empresas afetadas pelas tarifas americanas de 50%
- Medida Provisória será assinada em cerimônia na quarta-feira (13) às 11h30 no Palácio do Planalto
- Pacote inclui três frentes: crédito com juros reduzidos, adiamento de tributos e compras governamentais
- Tarifas de Trump afetam 36% das exportações brasileiras, especialmente café, carne e açúcar
- Empresas beneficiadas não poderão demitir funcionários como contrapartida ao acesso aos recursos
- Governo utilizará programas sociais para absorver produtos que deixarão de ser exportados aos EUA
- Brasil buscará soluções na OMC e diversificação de mercados, especialmente com países dos BRICS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou nesta terça-feira (12) que assinará uma Medida Provisória criando uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para socorrer empresas brasileiras prejudicadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. O anúncio oficial do pacote acontecerá nesta quarta-feira (13), em cerimônia marcada para as 11h30 no Palácio do Planalto.
Socorro emergencial para empresas
Lula explicou que os R$ 30 bilhões representam apenas o início das medidas de auxílio. “R$ 30 bilhões é o começo. Você não pode colocar mais, você não sabe quanto é”, declarou o presidente. O valor será destinado especialmente a pequenas empresas exportadoras de produtos como frutas, mel, tilápia e outros itens afetados pela sobretaxa americana de 50%.
Segundo fontes do governo, o crédito será oferecido com juros reduzidos e prazo de carência, utilizando recursos do Fundo de Garantia à Exportação (FGE), administrado pelo BNDES. Como contrapartida para o acesso aos recursos, as empresas tomadoras dos empréstimos terão que manter os empregos.
Três frentes de ação governamental
O pacote de contingência se apoia em três pilares principais. A primeira frente contempla linhas de crédito emergenciais para dar liquidez a exportadores e empresas indiretamente afetadas pela sobretaxa, com apoio do BNDES e bancos públicos. A segunda medida prevê o adiamento por até dois meses da cobrança de tributos e contribuições federais, estratégia já utilizada durante a pandemia de Covid-19.
A terceira frente envolve compras governamentais sem licitação de produtos perecíveis encalhados, como peixes e frutas, que poderão ser redirecionados a programas sociais. O governo utilizará o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) para absorver mercadorias que deixarão de ser exportadas.
Contexto das tarifas americanas
- Motivação das tarifas: Trump impôs tarifas de 50% sobre produtos brasileiros vinculando a medida ao que chamou de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, réu em processo por tentativa de golpe de Estado.
- Produtos afetados: As tarifas impactam 36% das exportações brasileiras para os EUA, afetando especialmente café, carne bovina e açúcar, além de setores pesqueiros.
- Isenções: Cerca de 694 setores ficaram isentos, incluindo celulose, aviões e suco de laranja, mas ramos importantes como carne e café estão sendo tarifados.
- Cronologia: As tarifas de 50% começaram a vigorar em 6 de agosto, sendo compostas por 10% anunciados em abril e 40% adicionados em julho.
- Impacto econômico: O pacote deve socorrer até 45% das empresas que vendem aos Estados Unidos, segundo estimativas governamentais.
- Estratégia diplomática: O governo brasileiro buscará solução na Organização Mundial do Comércio (OMC) e estudará medidas baseadas na reciprocidade.
- Diversificação de mercados: Lula anunciou que está enviando listas de produtos anteriormente vendidos aos EUA para outros países, destacando a China como alternativa.
- Política monetária: O presidente reafirmou a defesa de uma moeda de comércio entre países dos BRICS, evitando dependência do dólar americano.
Participação do Congresso
Para a cerimônia de assinatura da MP, foram convidados os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de líderes das duas Casas. O governo também convocou empresários para demonstrar união em torno do tema.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que todo o texto foi definido em reunião de cerca de duas horas entre Lula e ministros da cúpula do governo, incluindo Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), Rui Costa (Casa Civil), Mauro Vieira (Relações Exteriores) e o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Imagem de capa: exame.com
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Matéria de número 5478