Presidente brasileiro articula estratégia diplomática para contrapor tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, tentando formar frente comum com União Europeia contra medidas protecionistas do governo americano.
Resumo
- Lula articula estratégia diplomática com líderes europeus para enfrentar tarifas de 50% impostas por Trump ao Brasil
- Governo brasileiro busca formar frente comum com União Europeia contra medidas protecionistas americanas
- Tarifas americanas afetam 35,9% das exportações brasileiras e têm motivação política ligada aos processos contra Bolsonaro
- Brasil implementa plano de contingência e recorrerá à OMC para contestar as medidas
- Presidente manterá contato com Trump apenas para convidar para COP30 em Belém
- Articulação europeia representa mudança de táticas além da estratégia tradicional via BRICS
- Sistema Pix é alvo de críticas americanas por ameaçar mercado de cartões de crédito
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ampliar sua estratégia diplomática para além dos BRICS e buscar articulação direta com lideranças europeias, numa tentativa de formar frente comum contra o protecionismo de 50% imposto pelo governo Donald Trump aos produtos brasileiros. A movimentação representa uma mudança de táticas diante da escalada das tensões comerciais com os Estados Unidos, que entraram em vigor no início de agosto e afetaram 35,9% das exportações brasileiras.
Nova estratégia diplomática
O governo brasileiro confirmou que Lula iniciou conversas preliminares com autoridades da União Europeia para discutir medidas coordenadas contra as tarifas americanas. A articulação busca aproveitar o momento em que a própria Europa enfrenta pressões semelhantes de Trump, que inicialmente ameaçou taxar produtos europeus em 30%, mas depois reduziu para 15% após negociações. O Itamaraty trabalha para organizar encontros bilaterais nas próximas semanas, aproveitando agendas multilaterais já programadas.
Motivações por trás das tarifas
Trump justificou as tarifas de 50% não por questões comerciais, mas como retaliação às ações do Judiciário brasileiro contra Jair Bolsonaro, seu aliado político. Na carta enviada a Lula em julho, o presidente americano classificou os processos contra o ex-presidente como perseguição política, demonstrando que as medidas têm motivação política clara. O governo americano também citou críticas ao sistema Pix, considerando-o uma ameaça aos cartões de crédito tradicionais.
Resposta brasileira e estratégia de contingência
Lula mantém postura de abertura ao diálogo, mas deixou claro que não ligará diretamente para Trump para negociar as tarifas. O presidente brasileiro afirmou que o contato será feito apenas para convidar Trump para a COP30, em Belém, programada para novembro. Enquanto isso, o governo implementa plano de contingência para mitigar os efeitos econômicos e sociais das tarifas, prometendo recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC). O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, confirmou que o Brasil apresentará resposta formal sobre o Pix até 18 de agosto.
- Contexto histórico do BRICS: O grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul foi criado em 2009 como alternativa às instituições financeiras ocidentais. Recentemente expandiu com adesão de Egito, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos.
- Sistema Pix: Lançado em 2020 pelo Banco Central do Brasil, o sistema de pagamentos instantâneos processsa mais de 200 milhões de transações mensais gratuitamente, sendo considerado referência internacional em infraestrutura digital pública.
- Eduardo Bolsonaro: Deputado federal e filho de Jair Bolsonaro, licenciou-se do mandato em março de 2025 para articular lobby nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro, sendo investigado no STF por essa atuação.
- Acordo Mercosul-UE: Negociado há mais de duas décadas, o acordo comercial entre os blocos ainda aguarda ratificação final. Lula prometeu assinar o texto ainda em 2025, durante a presidência brasileira do Mercosul.
- Tensões comerciais globais: As tarifas fazem parte da estratégia protecionista de Trump, que também elevou tarifas sobre produtos chineses e negociou reduções com Europa e Coreia do Sul mediante contrapartidas financeiras.
- COP30: A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada em Belém, Pará, representando oportunidade diplomática para o Brasil como anfitrião do principal evento climático global.
- Relações Brasil-EUA: Os dois países mantêm histórica parceria comercial, com os Estados Unidos sendo tradicionalmente um dos principais destinos das exportações brasileiras, especialmente em commodities agrícolas e minerais.
Imagem de capa: andaluciainformacion.es
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 6115