Ex-presidente da Câmara articula soluções para equilibrar as contas públicas enquanto projeto aguarda votação no plenário
Resumo
- Arthur Lira convocou reunião com líderes para debater medidas compensatórias da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil
- O projeto PL 1.087/2025 já foi aprovado em comissão especial e teve urgência aprovada por unanimidade na Câmara
- A proposta beneficiará cerca de 10 milhões de brasileiros e ampliará para 20 milhões o total de isentos do IR
- Para compensar a renúncia de R$ 25,8 bilhões anuais, será criada taxação progressiva de até 10% para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano
- O governo espera que as novas regras entrem em vigor a partir de 2026, ano das eleições gerais
- Lira sinalizou possibilidade de incluir questões relacionadas ao IOF no projeto para facilitar aprovação
- A medida representa uma das principais promessas de campanha do presidente Lula
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deu um passo decisivo no fim de semana para acelerar as discussões sobre a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. O deputado alagoano convocou uma reunião com líderes partidários para debater as medidas compensatórias necessárias para viabilizar a proposta sem comprometer o equilíbrio das contas públicas. A movimentação acontece em um momento de extrema tensão entre o governo Lula e o Congresso Nacional, com questões fiscais no centro da disputa política.
A articulação de Lira representa uma tentativa de encontrar consenso sobre um dos projetos mais aguardados pelo eleitorado brasileiro. O PL 1.087/2025, que já foi aprovado em comissão especial da Câmara, prevê não apenas a ampliação da faixa de isenção para R$ 5 mil mensais, mas também redução parcial do imposto para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Atualmente, estão isentos do pagamento de Imposto de Renda apenas os trabalhadores que ganham até dois salários mínimos, equivalentes a R$ 3.036 mensais.
A proposta representa uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e tem potencial para beneficiar diretamente cerca de 10 milhões de brasileiros. Segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a mudança pode ampliar de 10 milhões para 20 milhões o total de trabalhadores isentos do Imposto de Renda. O governo federal espera que as novas regras entrem em vigor a partir de 2026, ano das eleições gerais.
Compensação via taxação dos super-ricos
Para equilibrar a renúncia fiscal estimada em R$ 25,8 bilhões anuais, o relatório de Lira mantém a proposta original do governo de criar uma alíquota mínima para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês, equivalente a R$ 600 mil anuais. A taxação seria progressiva, chegando a 10% para rendimentos superiores a R$ 1,2 milhão por ano. Essa medida deve gerar R$ 25,22 bilhões em receita adicional, somados a outros R$ 8,9 bilhões com a taxação de 10% sobre dividendos enviados ao exterior.
Tensões políticas e urgência aprovada
O projeto ganhou novo impulso na semana passada quando a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o requerimento de urgência. A aprovação simbólica contou com orientação favorável de todos os partidos, do PT ao PL, demonstrando o amplo apoio político à medida. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu discutir com as lideranças partidárias a data para votação final do projeto no plenário.
Complexidade fiscal e negociações
Arthur Lira tem sinalizado flexibilidade para incluir outras questões fiscais no projeto, especialmente medidas relacionadas ao IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O ex-presidente da Câmara argumenta que a proposta do governo para compensar a isenção arrecada mais do que o necessário, abrindo espaço para ajustes. A discussão sobre essas compensações tem sido uma das principais dificuldades nas negociações, conforme observado durante as articulações.
Contexto político nacional
- Histórico da proposta: A isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil foi uma das principais promessas de campanha de Lula em 2022
- Cenário atual: A faixa de isenção do IR não sofre atualização desde 2015, gerando impactos negativos crescentes aos contribuintes
- Impacto social: Cerca de 90% dos brasileiros que pagam IR estarão na faixa de isenção total ou parcial com a aprovação da medida
- Cronograma: O governo espera que as novas regras entrem em vigor a partir de 2026
- Compensação fiscal: A taxação mínima das altas rendas deve compensar integralmente a perda de arrecadação
- Aprovação legislativa: O projeto já passou pela comissão especial e aguarda votação no plenário da Câmara
- Próximos passos: Após aprovação na Câmara, o texto seguirá para análise no Senado Federal
- Arthur Lira: Ex-presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal pelo Progressistas de Alagoas desde 2011
- Hugo Motta: Atual presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal pelo Republicanos da Paraíba
- Fernando Haddad: Ministro da Fazenda do governo Lula, responsável pela condução da política econômica
- Imposto de Renda: Tributo federal que incide sobre a renda e proventos de qualquer natureza
- Faixa de isenção: Valor limite de renda mensal abaixo do qual não há cobrança do imposto
- IOF: Imposto sobre Operações Financeiras, tributo que incide sobre operações de crédito, câmbio e seguros
- Medidas compensatórias: Mecanismos para equilibrar a perda de arrecadação resultante da isenção fiscal
Imagem de capa: calendar.printable.de.com
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 7601