Carlos Viana venceu indicado de Alcolumbre por 17 a 14 e emplaca relator bolsonarista na comissão que investigará fraudes bilionárias
Resumo
- Oposição derrotou governo Lula na eleição da presidência da comissão do INSS por 17 votos a 14
- Carlos Viana (Podemos-MG), opositor declarado de Lula, foi eleito presidente da comissão
- Viana rejeitou indicação de Hugo Motta e nomeou Alfredo Gaspar (União-AL) como relator
- Comissão investigará fraudes de até R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos no INSS
- Esquema envolvia entidades que forjavam cadastros para cobranças não autorizadas
- Comissão terá 180 dias para investigar crimes ocorridos desde 2015
- Relator propõe ouvir ex-ministros da Previdência de diferentes governos
- Oposição vê comissão como ferramenta de desgaste ao governo para 2026
Dupla derrota inédita abala governo
O governo Lula sofreu uma dupla derrota inédita nesta quarta-feira (20) na instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS. Em votação que precisou ser realizada em cabines, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), nome defendido pela oposição, foi eleito presidente por 17 votos contra 14 dados ao candidato governista Omar Aziz (PSD-AM). A derrota foi ainda mais dolorosa porque quebrou uma tradição de eleições simbólicas para comissões parlamentares. A votação representou uma desarticulação completa da base governista no Congresso. O plano de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente do Senado, de emplacar Omar Aziz como comandante da comissão derreteu em tempo real.
Eleito, Carlos Viana imediatamente rejeitou a indicação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para a relatoria e colocou no cargo o deputado Alfredo Gaspar (União-AL). O movimento foi uma segunda derrota para o governo, pois Gaspar é alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro e foi relator da proposta que suspendeu parte da ação penal contra Alexandre Ramagem por tentativa de golpe de Estado. Viana declarou que assume a presidência “com propósito firme de trabalhar para que a justiça seja feita e os responsáveis sejam devidamente punidos com rigor da lei”. A oposição comemora o resultado como uma vitória estratégica para desgastar o governo rumo a 2026.
Fraudes bilionárias motivam investigação
A comissão vai investigar fraudes no INSS estimadas em até R$ 6,3 bilhões pela Polícia Federal e Controladoria-Geral da União. O esquema envolvia descontos mensais não autorizados em benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Segundo as investigações, entidades ligadas ao setor forjaram cadastros para validar cobranças indevidas, sem ter capacidade de prestar serviços aos segurados. Os crimes teriam ocorrido durante diferentes governos, com investigação retroativa a partir de 2015. O relator Alfredo Gaspar propôs ouvir ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS dos governos Lula 3, Bolsonaro, Temer e Dilma 2. A comissão terá 180 dias para concluir os trabalhos.
Ex-ministros serão convocados
O deputado Alfredo Gaspar apresentou plano de ações que guiará os trabalhos da comissão, focado em seis eixos principais: mapeamento do esquema fraudulento e modus operandi; identificação e responsabilização dos envolvidos; impacto nas vítimas e no erário; caminho do dinheiro; análise de falhas institucionais e mecanismos de controle; e medidas preventivas e aperfeiçoamento legislativo. O relator propôs iniciar com depoimentos de ex-ministros da Previdência desde o segundo governo Dilma até o atual mandato de Lula. Entre os convocados está o ex-ministro Carlos Lupi, que comandava a pasta quando a crise dos descontos fraudulentos explodiu. O documento ainda será analisado pela comissão, com a liderança do governo sinalizando intenção de colocar a proposta em votação.
- Contexto histórico: A comissão do INSS foi criada em junho de 2025, mas só foi oficialmente instalada pelo Congresso em agosto. A comissão surge em meio a grave crise de governabilidade do terceiro mandato de Lula.
- Personagens centrais: Carlos Viana (Podemos-MG) é senador oposicionista e declarado apoiador de Bolsonaro. Alfredo Gaspar (União-AL) é deputado alinhado ao bolsonarismo e ex-relator de projeto favorável a Alexandre Ramagem.
- Impacto político: A derrota representa mais um revés do governo no Congresso Nacional, onde já enfrenta resistência sistemática em votações importantes desde 2024.
- Precedente: A situação lembra a CPI da Covid no governo Bolsonaro, comandada por Omar Aziz, que provocou severo desgaste político ao então presidente.
- Estratégia oposicionista: Lideranças da oposição veem a comissão como palco privilegiado para desgastar Lula visando as eleições de 2026, repetindo táticas bem-sucedidas anteriormente.
- Articulação parlamentar: O resultado foi fruto de articulação do presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, e lideranças oposicionistas como Sóstenes Cavalcante (PL).
- Vice-presidência: Em acordo posterior, oposição e governo elegeram Duarte Jr. (PSB-MA) para a vice-presidência da comissão, após recuo de Paulo Pimenta (PT-RS).
- Cronograma: A comissão tem prazo de 180 dias para concluir os trabalhos, podendo ser prorrogado por mais 90 dias mediante aprovação do colegiado.
Imagem de capa: www.imdb.com
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Matéria de número 7761