Impeachment de Moraes divide bolsonaristas antes de 2026

Estratégia para dominar o Senado enfrenta resistências internas e pressiona candidatos da direita a se posicionarem sobre ministro do STF


Resumo
  • Bolsonaro pressiona aliados para apoiarem impeachment de Alexandre de Moraes como estratégia para as eleições de 2026
  • 54 cadeiras do Senado estarão em disputa, representando dois terços da Casa
  • Atualmente 41 senadores apoiam impeachment de Moraes, mas número insuficiente para aprovação
  • Pré-candidatos ao Senado enfrentam constrangimentos para se posicionar sobre a pauta
  • Lula demonstra preocupação crescente com possível bolsonarização do Legislativo
  • Estratégia bolsonarista visa conquistar maioria absoluta para controlar sabatinas do STF
  • Primeiras pesquisas apontam candidatos da direita como favoritos nos principais colégios eleitorais
  • Submissão total às teses de Bolsonaro, incluindo indulto, tornou-se pré-requisito para apoio oficial

A estratégia bolsonarista de conquistar o domínio do Senado Federal em 2026 está gerando tensões e constrangimentos entre aliados da direita, especialmente em torno da pauta do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A questão se tornou uma verdadeira linha de força que divide candidatos e expõe fraturas internas no campo conservador, enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro pressiona por adesão total às suas pautas.

Obsessão pelo controle do Senado

O cálculo político de Bolsonaro é cristalino: conquistar a maioria absoluta no Senado para pressionar o Supremo Tribunal Federal. Com 54 das 81 cadeiras em disputa na próxima eleição – equivalente a dois terços da Casa – o ex-presidente não esconde suas ambições. Em evento do PL, prometeu mudanças radicais caso obtenha metade da Câmara e do Senado. A promessa é sedutora para os bolsonaristas: com maioria absoluta, o grupo conseguiria fazer o presidente da Casa e decidir sabatinas para o Supremo, além de ocupar agências com pessoas alinhadas.

Eduardo Bolsonaro sintetizou a estratégia com precisão: 41 senadores assinaram abertura de impeachment contra o ministro. A renovação de dois terços dos senadores poderia alterar completamente o cenário. A conta é simples – para aprovar um impeachment no STF, são necessários pelo menos 54 votos favoráveis no Senado. Atualmente, segundo dados disponíveis, 41 senadores se declaram favoráveis ao impeachment de Moraes, 21 estão indefinidos e 19 são contrários.

Constrangimento entre candidatos

A pressão para que pré-candidatos ao Senado se posicionem favoravelmente ao impeachment de Moraes está causando embaraços significativos entre aliados da direita. Políticos que buscam ampliar seu eleitorado além da base bolsonarista radical se veem em uma encruzilhada: aderir à pauta pode afastar eleitores moderados, mas resistir significa enfrentar a ira do ex-presidente e sua máquina de ataques.

O dilema é particularmente agudo para governadores e figuras públicas que construíram carreiras independentes, mas que ainda dependem do apoio da base bolsonarista. Nos bastidores, lideranças que reverenciam Bolsonaro em público, mas adorariam ver essa página virada, demonstram desconforto após ultimatos do ex-presidente. A submissão total às teses de Bolsonaro, incluindo a questão do indulto, tornou-se pré-requisito para receber o apoio oficial.

Reação de Lula e preocupação da esquerda

Do outro lado do espectro político, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstra crescente preocupação com o cenário que se desenha. Durante congresso do PSB, alertou sobre a necessidade de eleger senadores comprometidos com a democracia em 2026, temendo que uma maioria conservadora faça confusão no país. A preocupação é compartilhada por ministros do STF, que veem na possível maioria conservadora uma ameaça direta às decisões da Corte.

Lula tem relatado em conversas com aliados que está muito preocupado com as eleições do Legislativo e avalia que é necessária uma organização muito boa para fazer frente às candidaturas dos bolsonaristas. O petista reconhece que Bolsonaro tem essa estratégia mais engatilhada, já que a importância de conquistar mais cadeiras no Congresso é defendida há mais tempo pelo ex-presidente.

Contexto histórico e implicações

  • Precedente histórico: Nenhum ministro do STF foi afastado por decisão do Legislativo na história brasileira, apesar de dezenas de pedidos protocolados
  • Configuração atual: Dos senadores com mandatos até 2030, 63% são favoráveis ao impeachment de Moraes, enquanto entre os que têm mandatos até 2026, apenas 44% apoiam a medida
  • Estratégia geográfica: A direita prioriza bolsonaristas e mira dominar Sul, Sudeste e Centro-Oeste, chegando até a migrar aliados para o Norte
  • Primeiras pesquisas: Sondagens apontam favoritos da órbita bolsonarista nos maiores colégios eleitorais, incluindo Flávio Bolsonaro no Rio, Eduardo Bolsonaro em São Paulo e Michelle Bolsonaro no DF
  • Expansão familiar: Carlos Bolsonaro pode ser candidato ao Senado por Santa Catarina, dependendo apenas da decisão do pai
  • Meta numérica: O melhor cenário bolsonarista prevê chegar a 59 ou 60 das 81 cadeiras disponíveis após a eleição
  • Contexto judicial: A estratégia ganha força no momento em que Bolsonaro enfrenta julgamento por suposta tentativa de golpe, com Alexandre de Moraes como relator
  • Resistência interna: Alguns aliados reconhecem reservadamente que existe boa chance para um candidato de centro-direita vencer Lula, mas não ousam enfrentar Bolsonaro publicamente

Imagem de capa: cnnbrasil.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 6435

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