Ministro da Fazenda acusa governador de SP de rasgar máscara de centro e mobilizar Centrão para perdoar tentativa de golpe de Estado
Resumo
- Ministro da Fazenda Fernando Haddad declarou ter acordado preocupado com a democracia após articulações de Tarcísio de Freitas por anistia aos golpistas
- Haddad acusou governador de São Paulo de rasgar a fantasia de político de centro ao defender indulto a Bolsonaro como primeiro ato se eleito presidente
- Críticas do ministro coincidiram com segundo dia de julgamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe no STF
- Governador paulista se reuniu com Hugo Motta para acelerar tramitação de projeto de anistia que inclui réus da trama golpista
- Saída do União Brasil e PP do governo Lula é vista como conectada às articulações pró-anistia no Congresso
- Haddad alertou que perdoar tentativas de golpe pode facilitar que golpe real aconteça no futuro
- Movimentações ocorrem no contexto de pré-campanha para 2026, com Tarcísio cotado como principal nome da direita
O ministro da Fazenda Fernando Haddad manifestou nesta quarta-feira (3) sua preocupação com o estado da democracia brasileira. A declaração surgiu como resposta direta às articulações do governador de São Paulo Tarcísio de Freitas pela aprovação de projeto de anistia aos envolvidos no 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Durante participação na RedeTV!, Haddad criticou duramente o governador paulista. Segundo o ministro, quando se observa que o governador do estado de São Paulo não confia nas instituições e na Justiça, defendendo o perdão a quem tentou dar golpe de Estado, há motivos para preocupação. A crítica faz referência às declarações de Tarcísio afirmando que seu primeiro ato como presidente seria conceder indulto a Bolsonaro.
O ataque de Haddad se intensificou ao acusar Tarcísio de ter abandonado a postura de político de centro. O ministro revelou que já esperava por esse posicionamento, lembrando que o governador foi eleito com apoio direto de Bolsonaro e mantém dependência política dessa relação.
Centrão mobilizado e governo em alerta
A movimentação nos bastidores do Congresso Nacional ganhou velocidade após as articulações de Tarcísio em Brasília. O governador se reuniu pessoalmente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), para acelerar a tramitação de projeto de lei que conceda anistia não apenas aos condenados do 8 de janeiro, mas também aos réus da trama golpista em julgamento no Supremo Tribunal Federal. A estratégia governista é votar a medida logo após o julgamento de Bolsonaro no STF, numa tentativa de capitalizar possível condenação do ex-presidente.
Saída estratégica de partidos do governo
A coincidência temporal entre as articulações pela anistia e o anúncio da saída do União Brasil e PP do governo Lula chamou atenção. Haddad expressou esperança de que a debandada das duas siglas, agora unidas na federação União Progressista, não seja motivada pelos movimentos pró-anistia. A federação determinou que todos os detentores de mandato renunciem a funções no governo federal, colocando pressão sobre ministros como Celso Sabino (União), do Turismo, e André Fufuca (PP), do Esporte.
Julgamento no STF e timing político
As declarações de Haddad aconteceram justamente no segundo dia de julgamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado no STF. O ministro da Fazenda avaliou que a tentativa golpista está bem documentada e manifestou preocupação com as articulações sobre anistia no país. Segundo sua análise, se começar a perdoar tentativas de golpe, um dia ele acontece de fato. O timing das movimentações pró-anistia coincidindo com o julgamento é visto pelo governo como tentativa deliberada de pressionar o Judiciário e deslegitimar eventual condenação.
Comparação internacional e cenário geopolítico
Em tom provocativo, Haddad fez comparação com o cenário internacional ao questionar retoricamente se Donald Trump fosse presidente dos Estados Unidos nas eleições de 2022, Lula tomaria posse. A pergunta sugere preocupação do governo com possíveis influências externas em eventual tentativa futura de golpe. O ministro também criticou indiretamente o papel de Trump no cenário político americano, traçando paralelos entre os movimentos autoritários nos dois países.
Contexto histórico e político
- Movimento por Anistia: Projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional busca perdoar envolvidos no 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília
- Trama Golpista: Jair Bolsonaro e aliados são acusados pelo Ministério Público Federal de articular tentativa de golpe de Estado após eleições de 2022, incluindo planos para impedir posse de Lula
- Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo eleito em 2022 com apoio de Bolsonaro, ex-ministro da Infraestrutura do governo anterior, considerado principal nome da direita para 2026 diante da inelegibilidade de Bolsonaro
- Centrão: Bloco suprapartidário no Congresso Nacional composto por legendas de centro que negocia apoio ao governo em troca de cargos e recursos, historicamente pragmático nas articulações políticas
- STF e Moraes: Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, conduz inquéritos e julgamentos relacionados aos ataques de 8 de janeiro e à trama golpista
- Hugo Motta: Presidente da Câmara dos Deputados (Republicanos), figura central nas negociações sobre tramitação do projeto de anistia
- União Progressista: Federação partidária formada por União Brasil e PP, que anunciou saída do governo Lula em setembro de 2025
- Contexto Eleitoral 2026: Movimentações ocorrem no contexto de pré-campanha para eleições presidenciais, com Lula buscando reeleição e direita articulando alternativas a Bolsonaro inelegível
Imagem de capa: infomoney.com.br
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Matéria de número 8489