Haddad Admite Acordo EUA sobre Minerais Críticos

Ministro da Fazenda sinaliza acordo estratégico com americanos envolvendo recursos essenciais para tecnologia, energia limpa e defesa como forma de reverter sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros


Resumo
  • Ministro Fernando Haddad confirmou que minerais críticos e terras raras podem integrar negociações com EUA para reverter tarifaço de 50%
  • Brasil possui vantagem estratégica com reservas de nióbio, lítio, cobalto e terras raras que EUA necessitam
  • Negociações urgentes devem ocorrer até 6 de agosto, data de aplicação das novas tarifas americanas
  • Haddad culpa politização da oposição por dificultar acordos comerciais bilaterais
  • Presidente Lula demonstra cautela e quer maior controle sobre 70% do território ainda não mapeado
  • EUA buscam reduzir dependência da China, que controla 85% do processamento mundial de terras raras
  • Minerais críticos são essenciais para tecnologia, energia limpa, veículos elétricos e equipamentos militares

Em meio à escalada de tensões comerciais com os Estados Unidos, o ministro da Fazenda Fernando Haddad abriu um flanco estratégico para contornar o devastador tarifaço de 50% imposto por Donald Trump sobre produtos brasileiros. Em pronunciamento oficial nesta segunda-feira, Haddad confirmou que minerais críticos e terras raras podem integrar as negociações bilaterais, reconhecendo o imenso potencial do Brasil neste setor estratégico para a economia mundial.

O ministro admitiu que o acordo bilateral deve atender interesses mútuos, destacando que os Estados Unidos não são ricos nesses minerais e que o Brasil pode fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes. Haddad defendeu que o país não pode abrir mão de negociar com a maior economia do mundo, mas reforçou que o Brasil é grande demais para servir de satélite de um bloco econômico.

Urgência nas Negociações

Haddad demonstrou otimismo sobre o cronograma das conversas, afirmando que alguma coisa pode acontecer até o dia 6, data prevista para o início da aplicação das tarifas americanas. O ministro espera conseguir uma reunião com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ainda esta semana, após tentativas frustradas nas últimas semanas devido à agenda sobrecarregada do diplomata americano com dezenas de países.

A urgência se justifica pela gravidade da situação. Trump agendou para quarta-feira o aumento das tarifas de 10% para 50% sobre boa parte dos produtos brasileiros, numa medida que pode devastar setores inteiros da economia nacional. Haddad já possui um plano de contingência entregue ao presidente Lula, com medidas de crédito e apoio ao emprego para empresas atingidas pelo tarifaço, com impacto primário pequeno sobre os gastos públicos.

Estratégia dos Minerais Críticos

A aposta nos minerais críticos e terras raras representa uma jogada estratégica do governo brasileiro. Esses recursos são essenciais para a fabricação de chips, veículos elétricos, turbinas eólicas, satélites e equipamentos militares. O Brasil possui reservas significativas de nióbio, lítio, cobalto, grafite, cobre, urânio e das chamadas terras raras, elementos químicos encontrados em minerais específicos.

Os Estados Unidos intensificaram a busca por esses minerais para reduzir a dependência da China, que concentra cerca de 85% da capacidade global de processamento. A diversificação de fornecedores tornou-se prioridade de Trump, especialmente considerando que os processos de extração e refino são complexos e caros, dominados pelos chineses.

Em julho, uma reunião entre o encarregado de negócios norte-americano Gabriel Escobar e o presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Raul Jungmann, já havia sinalizado o interesse americano. A expectativa é de uma missão de mineradoras brasileiras aos EUA em setembro ou outubro.

Polarização Política Prejudica Negociações

Haddad atribuiu parte das dificuldades nas negociações à politização do debate comercial pela oposição brasileira. O ministro afirmou que é preciso despolitizar o debate comercial e criticou o fato de o Brasil ter sido mais penalizado que países que têm governos autoritários e despóticos. Segundo ele, houve uma mudança na posição americana entre maio e julho devido à mobilização da oposição contra os interesses nacionais.

O ministro defendeu ainda a inclusão do Pix nas negociações, destacando que a tecnologia brasileira é considerada por especialistas em economia como o futuro da moeda digital no mundo. Para Haddad, o sistema de pagamentos instantâneo pode interessar aos americanos que têm medo de cripto e medo de desdolarização.

Sem citar nomes, Haddad disse que o acordo não avança porque tem gente trabalhando contra o Brasil dentro do Brasil, numa clara referência aos esforços da oposição para sabotar as relações bilaterais.

Soberania Nacional em Jogo

O presidente Lula demonstra cautela maior que Haddad em relação aos acordos sobre minerais críticos. Em discurso recente, Lula anunciou a criação de uma comissão ultra especial para mapear os minerais críticos no solo brasileiro, defendendo maior controle sobre 70% do território de reservas ainda não catalogadas.

Se esse mineral é crítico, eu vou pegar ele para mim. Por que eu vou deixar para outro país explorar, questionou o presidente, sinalizando resistência a acordos que possam comprometer a soberania nacional sobre recursos estratégicos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, por sua vez, destacou que existe uma pauta muito longa que pode ser explorada com os americanos. Ele reforçou que o setor minerário brasileiro exporta apenas 3% para os EUA, mas importa mais de 20% em máquinas e equipamentos, mostrando enorme superávit americano na balança comercial bilateral.

Contexto Histórico dos Minerais Críticos

  • Nióbio: O Brasil detém cerca de 90% das reservas mundiais, material essencial para ligas de aço de alta resistência
  • Lítio: Fundamental para baterias de veículos elétricos e armazenamento de energia renovável
  • Terras Raras: 17 elementos químicos essenciais para tecnologia de ponta e equipamentos militares
  • Dependência Chinesa: China controla 85% do processamento mundial de terras raras
  • Estratégia Americana: EUA buscam diversificar fornecedores para reduzir dependência da China
  • Marco Temporal: Intensificação da disputa geopolítica por recursos críticos pós-pandemia
  • Importância Militar: Minerais críticos são essenciais para tecnologia de defesa e soberania nacional
  • Transição Energética: Demanda crescente por minerais para energia limpa e veículos elétricos
  • Complexidade de Processamento: Extração e refino exigem tecnologia avançada e investimentos bilionários
  • Vantagem Competitiva: Brasil possui reservas significativas mas carece de capacidade de processamento

Imagem de capa: cnnbrasil.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 4031

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