Acionistas das duas maiores empresas alimentícias brasileiras ratificam criação da maior operação do setor nacional, unindo marcas como Sadia, Perdigão e Paty em conglomerado global presente em 117 países
Resumo
- Acionistas da Marfrig e BRF aprovaram fusão com 86,71% e 78,39% dos votos respectivamente, criando a MBRF Global Foods Company
- Nova empresa terá receita anual de R$ 152 bilhões, presença em 117 países e 130 mil funcionários
- Operação unifica marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Paty e Bassi sob único conglomerado alimentício
- Fusão ainda depende de aprovação final do Cade para ser efetivada completamente
- BRF será incorporada pela Marfrig através de troca de ações na proporção de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da BRF
- Ações da BRF (BRFS3) deixarão de ser negociadas na B3 após conclusão da operação
- Projeção de sinergias anuais de R$ 485 milhões com otimização de custos e aumento de receitas
O mundo corporativo brasileiro testemunhou uma das maiores fusões da história do setor alimentício nacional. Em assembleias extraordinárias realizadas nesta terça-feira (5), os acionistas da Marfrig e da BRF aprovaram oficialmente a operação de incorporação que dará origem à MBRF Global Foods Company, gigante dos alimentos com receita anual combinada de R$ 152 bilhões.
A assembleia da Marfrig registrou aprovação de 86,71% dos votos favoráveis à fusão, enquanto na BRF o índice foi de 78,39%. A operação havia sido anunciada em maio de 2025 e representa a consolidação de duas das principais companhias do agronegócio brasileiro, unindo marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Qualy, Paty e Bassi sob uma única empresa.
A nova MBRF surge como uma das maiores empresas globais de alimentos, com presença em mais de 117 países, cerca de 130 mil colaboradores e capacidade produtiva de aproximadamente 8 milhões de toneladas por ano. O conglomerado atenderá mais de 424 mil clientes ao redor do mundo, consolidando sua posição entre os líderes mundiais do setor, atrás apenas da brasileira JBS e das norte-americanas Cargill e Tyson Foods.
Estrutura da operação e próximos passos
A fusão será efetivada através de uma troca de ações estabelecida em proporção específica entre as empresas. Para cada ação da BRF, os acionistas receberão 0,8521 ação da Marfrig. Além disso, estão previstos proventos de R$ 3,52 bilhões pela BRF e R$ 2,5 bilhões pela Marfrig aos acionistas das respectivas companhias. A operação ainda aguarda aprovação final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser concluída. A partir desta quarta-feira (6), inicia-se o prazo de 30 dias para exercício do Direito de Recesso, permitindo que acionistas minoritários que discordem da fusão possam se desligar das companhias recebendo o valor de suas ações.
Impacto no mercado de capitais
Com a aprovação da fusão, a BRF será incorporada pela Marfrig, que já detinha 58,87% do capital social da companhia. Consequentemente, as ações da BRF (BRFS3) deixarão de ser negociadas na B3, consolidando todo o controle sob a estrutura acionária da Marfrig. Durante o pregão de terça-feira, as ações tiveram negociação suspensa temporariamente devido ao fato relevante, com BRFS3 encerrando o dia com variação negativa de 0,56%, cotada a R$ 19,52. O movimento representa uma consolidação significativa no mercado brasileiro de carnes e alimentos processados, setor que movimenta bilhões de reais anualmente no país.
Contexto histórico e relevância setorial
História das empresas: A Marfrig foi fundada em 1986 por Marcos Molina e consolidou-se como líder na produção de carne bovina, expandindo operações para diversos países. A BRF nasceu em 2009 da fusão entre Sadia e Perdigão, tornando-se referência mundial em alimentos processados e aves.
Mercado brasileiro de carnes: O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e frango, ocupando posição estratégica no agronegócio global. O setor representa parcela significativa do PIB nacional e emprega milhões de trabalhadores em toda a cadeia produtiva.
Regulamentação antitruste: O Cade possui papel fundamental na análise de fusões que podem impactar a concorrência. A autarquia avalia se operações geram concentração excessiva em mercados específicos, podendo impor restrições ou vetar negócios.
Marcos Molina: Empresário brasileiro que lidera a Marfrig desde sua fundação, expandindo a companhia de frigorífico regional para multinacional do setor alimentício. Sua família detém 75,3% de participação na empresa.
Sinergias operacionais: A fusão projeta sinergias anuais estimadas em R$ 485 milhões, obtidas através de otimização de custos, aumento de receitas e eficiência operacional. A nova estrutura permitirá maior competitividade tanto no mercado interno quanto nas exportações.
Sustentabilidade ambiental: Tanto Marfrig quanto BRF estão entre as empresas brasileiras com melhores padrões de controle de fornecedores para evitar desmatamento na Amazônia. A região concentra 43% do rebanho bovino nacional, tornando crucial o monitoramento da cadeia produtiva.
Concorrência setorial: A Minerva, concorrente no setor, apresentou recurso ao Cade questionando a operação. A empresa alega possível posição dominante do fundo saudita SALIC no mercado através de participações na MBRF e na própria Minerva.
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Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4283