A nova força política do Centrão consolida a maior bancada do Congresso enquanto mantém cargos estratégicos no governo petista e recebe aval do governador de São Paulo para 2026
Resumo
- União Brasil e PP oficializaram federação partidária que se torna a maior força política do país
- Aliança controla quatro ministérios no governo Lula mas adota discurso de oposição
- Tarcísio de Freitas participou do evento e foi saudado como favorito para 2026
- Ministros André Fufuca e Celso Sabino recusam-se a deixar cargos no governo
- Federação terá 109 deputados federais e 15 senadores, além de 1,3 mil prefeitos
- Davi Alcolumbre tenta posição equilibrada entre governo e oposição
- Ciro Nogueira classifica como “constrangimento” ter ministérios no governo
A estranha cozinha política
Parece coisa de outro mundo, mas aconteceu na capital federal: partidos que controlam quatro ministérios no governo Lula resolveram oficializar uma federação com discurso de oposição ao próprio presidente que os nomeou. O União Brasil e o Progressistas (PP) selaram nesta terça-feira (19) uma aliança que representa a maior bancada da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, e a segunda no Senado, com 15 senadores. Mais que números, o evento no Centro de Convenções Ulysses Guimarães virou um palanque antecipado para 2026, com a presença estratégica de Tarcísio de Freitas. O governador de São Paulo, apontado como favorito da centro-direita para enfrentar Lula, deu a deixa que a turma queria ouvir: “O Brasil conta muito com vocês”.
O jogo duplo dos ministros
A situação beira o surrealismo político quando se olha para os números concretos dessa federação batizada de União Progressista. O União Brasil comanda três ministérios no governo – Comunicações, Integração Nacional e Turismo – enquanto o PP está à frente dos Esportes. Só que os próprios ministros não querem largar os cargos, criando um imbróglio que expõe as contradições do sistema político brasileiro. André Fufuca, do Esportes, e Celso Sabino, do Turismo, já declararam publicamente que não pretendem deixar a Esplanada. O copresidente da federação, Ciro Nogueira, disse que é um “constrangimento” ter ministérios no governo que criticam. Mas também não estabeleceu prazo para que os aliados entreguem os cargos, falando apenas em “usar o convencimento”.
Davi Alcolumbre tenta equilibrar na corda bamba
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, fez malabarismos retóricos para tentar conciliar o inconciliável. Ele disse que a federação não é de oposição nem de situação, mas de “política com P maiúsculo”. O senador do Amapá está em posição delicada: é aliado do Planalto, tem indicações a cargos no governo e já declarou que não votará projetos de interesse da oposição, como a anistia. Durante o evento, Alcolumbre pediu “serenidade” e criticou a polarização entre Lula e Bolsonaro. Seu discurso contrastou com o tom mais agressivo de outros líderes da federação, que partiram para o ataque direto ao PT.
O Centrão e seus tentáculos
- União Brasil: Partido formado em 2021 pela fusão entre DEM e PSL, controlando atualmente três ministérios no governo Lula
- Progressistas (PP): Legenda de centro-direita que comanda o Ministério dos Esportes e tem histórico de alianças pragmáticas
- Federação partidária: Modelo criado em 2022 que permite união permanente entre partidos durante todo o mandato, diferente das antigas coligações
- Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo pelo Republicanos, apontado como favorito da centro-direita para 2026
- Ciro Nogueira: Senador do Piauí, presidente nacional do PP e copresidente da nova federação
- Antonio de Rueda: Presidente nacional do União Brasil e copresidente da federação
- Centrão: Bloco suprapartidário que negocia apoio ao governo em troca de cargos e recursos
- Bancada: A federação terá 109 deputados federais (maior da Câmara) e 15 senadores
- Recursos: A aliança concentrará as maiores fatias de fundos partidário e eleitoral
- Prefeitos: Mais de 1,3 mil prefeitos fazem parte da federação
Imagem de capa: vejasp.abril.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 6703