Investidor tecnológico russo radicado nos EUA adquire a marca centenária responsável pelas joias mais caras do mundo
Resumo
- A marca de luxo Fabergé foi vendida por US$ 50 milhões para a SMG Capital, empresa do investidor tecnológico russo Sergei Mosunov
- A transação encerra 12 anos de controle da mineradora britânica Gemfields, que adquiriu a marca em 2013
- Os famosos ovos Fabergé foram criados entre 1885 e 1917 por encomenda dos czares russos Alexandre III e Nicolau II
- Cerca de 50 ovos imperiais foram produzidos, sendo que mais de 40 sobreviveram à Revolução Russa de 1917
- Em 2004, o oligarca russo Viktor Vekselberg comprou nove ovos da coleção Forbes por mais de US$ 90 milhões
- Atualmente apenas 57 dos 65 ovos Fabergé conhecidos ainda existem, distribuídos em museus e coleções privadas mundiais
- A empresa continuará focada na produção de joias, relógios e acessórios de luxo sob nova direção
A marca de luxo Fabergé, mundialmente conhecida pela criação dos lendários ovos imperiais russos, foi vendida por US$ 50 milhões (aproximadamente R$ 280 milhões) para a SMG Capital, empresa de investimentos norte-americana comandada pelo empresário russo Sergei Mosunov. A transação marca o fim de mais de uma década sob o controle da mineradora britânica Gemfields, que adquiriu a marca em 2013.
A venda representa um novo capítulo na história da centenária joalheria que já passou pelas mãos da realeza russa, colecionadores americanos e agora retorna, simbolicamente, para as mãos de um investidor de origem russa. A Gemfields havia iniciado uma revisão estratégica da Fabergé em dezembro de 2024, após enfrentar “desafios consideráveis” no último trimestre do ano. O diretor executivo da mineradora, Sean Gilbertson, declarou que “a venda marca o fim de uma era” e que “a Fabergé desempenhou um papel fundamental no aumento da visibilidade das pedras coloridas extraídas pela Gemfields”.
Sergei Mosunov, sócio da empresa de capital de risco The Garage Syndicate e especialista em investimentos tecnológicos, manifestou sua satisfação com a aquisição: “É uma grande honra para mim tornar-me o guardião de uma marca tão notável e reconhecida mundialmente”. O empresário, que vive no Reino Unido mas mantém suas raízes russas, confirmou que a Fabergé continuará focada na fabricação de joias, acessórios e relógios de luxo. A empresa mantém sua tradição de criar peças ornamentais em formato de ovo, como um objeto em forma de ovo surpresa com morangos em esmalte Guilloché, de edição limitada, que custa 58.080 libras (aproximadamente R$ 420 mil).
História imperial dos ovos Fabergé
A marca Fabergé foi fundada pelo joalheiro russo Peter Carl Fabergé e ganhou fama mundial através da criação dos ovos imperiais encomendados pelos czares russos. O primeiro ovo foi criado em 1885 por encomenda do czar Alexandre III como presente de Páscoa para sua esposa, a czarina Maria Feodorovna. Entre 1885 e 1917, foram produzidos cerca de 50 ovos para a família imperial russa, sendo que mais de 40 conseguiram sobreviver aos tumultos da Revolução Russa.
Revolução e dispersão mundial
Após a Revolução Russa de 1917, a Casa Fabergé foi nacionalizada pelos bolcheviques e a família fugiu para a Suíça, onde Peter Carl Fabergé faleceu em 1920. Durante o período soviético, Stalin vendeu diversos ovos para obter moedas estrangeiras, especialmente entre 1930 e 1944, quando quatorze ovos imperiais deixaram a Rússia. Muitos foram adquiridos por colecionadores como Armand Hammer, presidente da Occidental Petroleum, e Emanuel Snowman da Wartski, famosos antiquários de Londres.
Coleção Forbes e Viktor Vekselberg
A maior coleção privada de ovos Fabergé pertenceu à família Forbes, do setor de comunicação social em Nova York, que possuía nove exemplares e cerca de 180 outras peças. Em 2004, o magnata russo do petróleo e gás Viktor Vekselberg adquiriu toda a coleção por mais de US$ 90 milhões antes mesmo do leilão na Sotheby’s começar, formando a segunda maior coleção de ovos Fabergé do mundo. Vekselberg conseguiu repatriar essas obras-primas da arte russa, mantendo-as em sua coleção privada.
Valor e raridade no mercado de arte
Os ovos Fabergé estão entre as peças de joalheria mais valiosas do mundo, com recordes constantemente quebrados em leilões internacionais. Em 2007, um relógio Fabergé denominado “Fabergé Rothschild” foi vendido por quase £9 milhões, estabelecendo três recordes simultâneos: equipamento de medição de tempo mais caro, objeto de origem russa mais caro e objeto feito por Fabergé mais caro. Atualmente, apenas 57 dos 65 ovos Fabergé conhecidos ainda existem, sendo que dez dos ovos imperiais estão expostos no Palácio do Arsenal do Kremlin em Moscou.
Era Gemfields e expansão comercial
Durante os 12 anos sob controle da Gemfields, a Fabergé diversificou significativamente seu portfólio, expandindo além dos tradicionais ovos para incluir uma linha completa de joias, relógios e acessórios de luxo. A mineradora britânica utilizou a marca para aumentar a visibilidade das pedras coloridas extraídas de suas minas, criando uma sinergia entre a extração de gemas e a alta joalheria. A empresa manteve o prestígio da marca enquanto a modernizava para o mercado contemporâneo de luxo.
Localização atual dos ovos históricos
Dos 42 ovos imperiais sobreviventes, a maior concentração está no Palácio do Arsenal do Kremlin em Moscou (10 ovos), seguida pela coleção de Viktor Vekselberg (9 ovos). Outros importantes acervos estão distribuídos pelo Virginia Museum of Fine Arts nos Estados Unidos (5 ovos), Cheekwood Botanical Garden no Tennessee (3 ovos), Royal Collection britânica (3 ovos) e diversos museus e coleções privadas ao redor do mundo. Esta dispersão geográfica reflete a turbulenta história do século XX e o interesse global por essas obras-primas da joalheria russa.
Imagem de capa: artouro.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 5218