EUA ampliam tarifas 50% sobre aço e alumínio

O governo americano expande sobretaxas protecionistas para motocicletas, equipamentos industriais e artigos infantis, intensificando guerra comercial global


Resumo
  • Estados Unidos ampliam tarifas de 50% sobre aço e alumínio para mais de 400 produtos, incluindo motocicletas, pneus especializados e artigos infantis
  • Brasil é segundo maior fornecedor de aço para os EUA, com US$ 4,677 bilhões em vendas em 2024, representando 14,9% das importações americanas
  • Setor de motocicletas brasileiro exportou 3,7 mil unidades para os EUA no primeiro semestre de 2025, equivalente a 18% do total exportado
  • Pneus brasileiros para motocicletas, carga e uso agrícola passaram da tarifa de 25% para 50%, afetando 1,9 milhão de unidades exportadas
  • Reino Unido mantém tarifas de 25% devido ao Acordo de Prosperidade Econômica, mas com cláusula de revisão em julho de 2025
  • União Europeia manifesta oposição à medida, alertando para intensificação de tensões comerciais globais
  • Instituto Aço Brasil e Abal criticam decisão americana, destacando agravamento do cenário global com excesso de capacidade de 620 milhões de toneladas

O presidente Donald Trump ampliou drasticamente o escopo das tarifas de 50% sobre produtos de aço e alumínio importados, estendendo as sobretaxas para mais de 400 itens que vão desde motocicletas e equipamentos industriais até artigos infantis. A medida, que entrou em vigor em junho de 2025, representa uma escalada significativa na guerra comercial global iniciada pelo republicano desde seu retorno à Casa Branca.

A decisão americana afeta diretamente as exportações brasileiras, já que o Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os Estados Unidos, perdendo apenas para o Canadá. Em 2024, os EUA compraram US$ 4,677 bilhões em produtos brasileiros do conjunto “Aço e Ferro”, representando 14,9% das importações americanas do setor. As novas tarifas atingem especialmente o setor de motocicletas brasileiro, que enviou 3,7 mil unidades para território americano no primeiro semestre de 2025, equivalente a 18% do total exportado pelo Polo Industrial de Manaus.

O impacto das sobretaxas se estende além do setor siderúrgico tradicional, alcançando segmentos como pneus para motocicletas, veículos de carga e uso agrícola, que também passaram a ser taxados em 50%. Para o setor de pneus, os Estados Unidos representaram 35% do volume exportado de janeiro a junho, totalizando 1,9 milhão de unidades, cerca de 20% da produção nacional do segmento. A medida protecionista americana gerou reações negativas da União Europeia e intensificou as tensões comerciais globais, com especialistas alertando para os prejuízos aos dois mercados envolvidos.

Contexto histórico das tarifas americanas

As tarifas sobre aço e alumínio foram inicialmente implementadas por Trump em seu primeiro mandato presidencial, entre 2017 e 2021, como parte de sua estratégia “America First”. Durante o governo Biden (2021-2025), essas medidas foram mantidas e até mesmo expandidas em alguns casos. Com o retorno de Trump ao poder em janeiro de 2025, o republicano intensificou sua política protecionista, elevando as tarifas de 25% para 50% em junho de 2025. A justificativa oficial para o aumento é a “segurança nacional”, alegando que as tarifas atuais não conseguiram garantir níveis sustentáveis de produção doméstica para atender às necessidades de defesa americanas.

Setores afetados pela expansão tarifária

A ampliação das tarifas de 50% atinge diversos segmentos industriais:

  • Motocicletas e componentes: Produtos brasileiros do Polo Industrial de Manaus, principalmente modelos off-road, enfrentam sobretaxa de 50%
  • Pneus especializados: Pneus para motocicletas, veículos de carga e uso agrícola passaram da tarifa de 25% para 50%
  • Equipamentos industriais: Turbinas eólicas, guindastes e vagões ferroviários importados
  • Artigos infantis: Produtos diversos destinados ao público infantil com componentes de aço e alumínio
  • Equipamentos de construção: Máquinas e ferramentas utilizadas na construção civil
  • Componentes automotivos: Peças e acessórios para a indústria automobilística

Impactos no mercado brasileiro

O Instituto Aço Brasil e a Associação Brasileira do Alumínio (Abal) manifestaram preocupação com a medida americana, alertando para o agravamento do cenário global do setor siderúrgico. O setor já enfrenta excesso de capacidade na ordem de 620 milhões de toneladas globalmente, e as novas tarifas intensificam práticas protecionistas que comprometem a estabilidade do comércio internacional de aço. Para as empresas brasileiras, os efeitos variam conforme o foco de atuação: companhias com forte presença no mercado externo tendem a ser mais prejudicadas pela queda nas exportações, enquanto aquelas focadas no mercado interno enfrentam o desafio do possível aumento da oferta doméstica.

Reações internacionais e consequências

A União Europeia manifestou-se contra a decisão americana, considerando-a uma violação das regras do comércio internacional. A medida promete gerar mais tensões comerciais e debates sobre protecionismo econômico, com especialistas apontando que os Estados Unidos têm grande dependência de importações de aço e alumínio, com mais da metade do que utilizam na produção industrial vindo do exterior. As bolsas de valores reagiram negativamente à notícia, com quedas generalizadas nos mercados americanos. No Brasil, curiosamente, houve reação positiva no setor siderúrgico, especialmente da Gerdau, que possui unidades nos EUA e está “blindada” contra as novas tarifas.

Exceções e acordos especiais

O Reino Unido foi o único país a receber tratamento diferenciado, mantendo as tarifas em 25% devido ao “Acordo de Prosperidade Econômica” firmado em maio de 2025. No entanto, Trump estabeleceu uma cláusula de revisão: a partir de julho de 2025, o secretário de Comércio americano poderá modificar essa taxa conforme o cumprimento britânico do acordo, ou aumentá-la para 50% em caso de descumprimento. Esta exceção demonstra o caráter estratégico das tarifas como instrumento de pressão nas negociações comerciais bilaterais.

Imagem de capa: poder360.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 6635

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