Embraer Rebate EUA: Tarifas Prejudicariam Americanos


Fabricante aeronáutica rebate acusações do USTR em resposta contundente ao governo Trump, destacando superávit comercial e milhares de empregos americanos


Resumo
  • Embraer protocolou defesa formal rejeitando investigação americana sobre práticas comerciais brasileiras
  • Empresa argumenta que tarifas seriam contrárias aos interesses dos próprios Estados Unidos
  • Projeção de déficit comercial de US$ 8 bilhões entre 2025-2030 favorável aos americanos
  • Embraer sustenta 12,5 mil empregos nos EUA com previsão de mais 5 mil vagas
  • Investigação do USTR acusa Brasil de seis práticas desleais incluindo questões sobre Pix
  • Múltiplas associações brasileiras se uniram à defesa contra as acusações americanas
  • Governo brasileiro prepara resposta coordenada através do Itamaraty

Defesa Contra Investigação

A Embraer protocolou nesta segunda-feira, 18, uma resposta formal ao Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR), rejeitando categoricamente as acusações que levaram à investigação de práticas comerciais supostamente desleais do Brasil. A fabricante aeronáutica brasileira argumentou de forma contundente que impor restrições à importação de seus produtos seria “diretamente contrário aos interesses” dos próprios americanos. A empresa foi atingida por uma tarifa de 10% mesmo sendo excluída do tarifaço de 50% imposto pelo governo Trump contra produtos brasileiros, e tornou-se alvo da investigação sob os termos da Seção 301 da Lei de Comércio de 1974.

Projeção de Déficit Comercial

Em seu documento de defesa, a Embraer apresentou dados econômicos robustos para sustentar sua argumentação. A empresa projetou um déficit comercial de US$ 8 bilhões em suas relações com os Estados Unidos entre 2025 e 2030, considerando um cenário de tarifa zero. Essa projeção fundamenta-se no fato de a companhia ser uma grande importadora de produtos e serviços americanos que integram sua linha de produção. A fabricante destacou que “nenhuma das práticas” investigadas pelo USTR tem relação com suas operações. Segundo a Embraer, o comércio de produtos para aeronaves civis não se beneficiou de “supostas tarifas preferenciais injustas”, pois o Brasil mantém há muito tempo uma abordagem de tarifa zero para produtos aeronáuticos com todos os parceiros comerciais.

Impacto no Emprego Americano

A resposta da Embraer enfatizou sua significativa contribuição para a economia americana através de sua subsidiária EAH, que opera desde 1979 em Fort Lauderdale, Flórida. A empresa sustenta atualmente 12,5 mil empregos nos Estados Unidos, sendo 2,5 mil diretos e 10 mil na cadeia de suprimentos. As projeções da companhia indicam a criação de mais 5 mil empregos americanos nos próximos cinco anos. Esses números reforçam o argumento de que tarifas contra a Embraer prejudicariam não apenas a empresa brasileira, mas também milhares de trabalhadores americanos e fornecedores locais.

Contexto da Investigação Americana

O USTR abriu investigação contra o Brasil acusando o país de seis práticas comerciais consideradas desleais: acesso ao mercado de etanol brasileiro, desmatamento ilegal, falhas na fiscalização de medidas anticorrupção, tarifas preferenciais injustas, proteção da propriedade intelectual e políticas relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico, incluindo o Pix. A investigação alega que atos e políticas domésticas brasileiras prejudicam empresas americanas de tecnologia, restringem a liberdade de expressão e impõem barreiras à inovação. O órgão americano acusa essencialmente o Brasil de favorecer o Pix, censurar redes sociais e ser moroso na concessão de patentes.

  • Seção 301 da Lei de Comércio de 1974: Legislação americana que permite investigações unilaterais sobre práticas comerciais consideradas desleais por parceiros comerciais
  • Tarifa Zero para Aeronaves: Política brasileira de não cobrar tarifas de importação sobre produtos aeronáuticos civis, seguindo padrões internacionais
  • USTR (United States Trade Representative): Órgão do governo americano responsável por desenvolver e coordenar a política comercial dos Estados Unidos
  • EAH (Embraer Aircraft Holding): Subsidiária americana da Embraer estabelecida em 1979 em Fort Lauderdale, Flórida
  • Cadeia de Suprimentos Aeronáutica: Rede complexa de fornecedores especializados que fornecem componentes, sistemas e serviços para a indústria aeronáutica

Resposta Coordenada do Governo Brasileiro

Além da Embraer, diversas associações brasileiras protocolaram defesas junto ao USTR, considerando as investigações injustas. Entre elas estão a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) e Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). O Ministério das Relações Exteriores encaminhou a defesa brasileira oficial através da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos. O documento foi preparado por um grupo de trabalho com diplomatas especialistas consultados pelo Itamaraty. Entre os argumentos apresentados, o governo brasileiro tenta demonstrar que o Pix é um instrumento competitivo e de inserção social, e que ir contra a ferramenta seria contraditório por parte dos Estados Unidos, que sempre incentivaram inovações.

Imagem de capa: simpleflying.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 6503

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