Fabricante brasileira reporta receita recorde mas sofre com taxas impostas pelos Estados Unidos enquanto tenta reverter cobrança através de negociação diplomática
Resumo
- Embraer reportou prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo lucro de R$ 415,7 milhões do ano anterior
- Empresa enfrenta tarifa de 10% imposta pelos EUA desde abril, com impacto estimado de US$ 65 milhões anuais
- Receita cresceu 31% no período, atingindo US$ 1,8 bilhão, mostrando demanda forte por produtos da empresa
- CEO Francisco Gomes Neto mantém otimismo para negociação diplomática visando retorno das tarifas zero
- Companhia planeja investir US$ 500 milhões nos EUA e argumenta que beneficia economia americana
- Carteira de pedidos atinge recorde de US$ 29,7 bilhões, sustentando perspectivas de crescimento
O dragão americano voltou a mostrar as garras, e desta vez a Embraer sentiu na pele o peso da política comercial truculenta de Donald Trump. A fabricante de aeronaves brasileira reportou nesta terça-feira (5) um prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões no segundo trimestre de 2025, uma reversão brutal em relação ao lucro de R$ 415,7 milhões registrado no mesmo período do ano anterior. O fantasma das tarifas americanas paira sobre os resultados da companhia, que viu sua receita crescer 31% mesmo enfrentando a sangria imposta pela Casa Branca.
Tarifas americanas derrubam resultados da Embraer
A empresa que já foi o orgulho da aviação brasileira agora navega em águas turbulentas graças ao tarifaço promovido pela administração americana. Embora tenha conseguido escapar da sobretaxa adicional de 40% anunciada pelo governo americano, a Embraer ainda enfrenta uma tarifa de 10% imposta desde abril, um golpe que promete drenar US$ 65 milhões da receita anual da companhia. O CEO Francisco Gomes Neto admitiu que já foram contabilizados 20% desse impacto no primeiro semestre, com o restante prometendo fazer estragos no segundo semestre. A situação é tão grave que a própria empresa manteve suas projeções para 2025 já considerando esse rombo nas contas, numa clara demonstração de que o mercado americano virou um campo minado para os negócios brasileiros.
Guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos
O cenário atual revela uma guerra comercial silenciosa que promete fazer vítimas dos dois lados da fronteira. A administração americana implementou as tarifas como parte de sua política do “Dia da Libertação”, mirando especificamente em produtos brasileiros numa tentativa de reequilibrar a balança comercial americana. A Embraer, que sempre desfrutou de uma relação privilegiada com o mercado americano, agora se vê no olho do furacão dessa disputa geopolítica. Gomes Neto não poupou críticas à medida, afirmando que “a tarifa para a Embraer não prejudica só a Embraer, ela prejudica, e muito, o mercado americano”. A empresa argumenta que quase 50% de suas aeronaves já incorporam peças americanas, e planeja comprar US$ 21 bilhões em equipamentos dos EUA, exportando apenas US$ 13 bilhões, o que geraria um superávit de US$ 8 bilhões favorável aos americanos.
Números que revelam o estrago
Por trás dos números frios da contabilidade, há uma empresa que luta para manter sua competitividade global. A receita líquida da Embraer saltou para US$ 1,8 bilhão no segundo trimestre, um avanço de 22% em relação ao ano anterior, mostrando que a demanda por seus produtos permanece forte. O Ebitda ajustado chegou a R$ 1,39 bilhão, contra R$ 995,5 milhões do ano passado, evidenciando melhorias operacionais significativas. Contudo, o prejuízo líquido de R$ 53,4 milhões expõe as feridas abertas pela política tarifária americana. A empresa mantém suas previsões para 2025, esperando uma receita entre US$ 7 bilhões e US$ 7,5 bilhões, com margem Ebit ajustada entre 7,5% e 8,3%. A carteira de pedidos permanece robusta em US$ 29,7 bilhões, um recorde que demonstra a confiança dos clientes na marca brasileira apesar das turbulências comerciais.
Contexto da aviação brasileira
- A Embraer é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo, atrás apenas da Boeing e Airbus
- A empresa foi fundada em 1969 como empresa estatal brasileira e privatizada em 1994
- Seus jatos executivos dominam o mercado global de aviação corporativa
- A companhia emprega aproximadamente 18.000 funcionários em todo o mundo
- As aeronaves da Embraer transportam cerca de 100 milhões de passageiros anualmente
- A empresa planeja investir mais de US$ 500 milhões nos Estados Unidos nos próximos 3 a 5 anos
- O projeto KC-390 representa uma oportunidade de parceria militar com os americanos
Impacto das políticas comerciais americanas
- Tarifa de 10% imposta em abril de 2025 como parte do “Dia da Libertação”
- Sobretaxa adicional de 40% foi anunciada mas posteriormente revogada para aeronaves
- Impacto financeiro estimado em US$ 65 milhões para 2025
- Brasil e Estados Unidos mantêm negociações diplomáticas para reverter as medidas
- Indústria aeroespacial tradicionalmente gozou de tarifa zero por 45 anos
- Mercado financeiro já precifica possível derrota de Lula em 2026 devido às tensões comerciais
- Outros setores brasileiros como agronegócio e setor financeiro também foram afetados
Perspectivas e estratégias da empresa
- Embraer mantém otimismo quanto ao retorno das tarifas zero através de negociação
- Empresa argumenta que beneficia economia americana com compras de US$ 21 bilhões em equipamentos
- Sustenta 13 mil empregos nos EUA e planeja criar outros 5,5 mil até 2030
- Projeto KC-390 pode gerar investimento adicional de US$ 500 milhões em território americano
- Ações da empresa chegaram a liderar ganhos no Ibovespa após divulgação dos resultados
- Analistas do Santander e JPMorgan elogiaram performance operacional da companhia
- Carteira de pedidos recorde de US$ 29,7 bilhões sustenta otimismo de longo prazo
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 4095