Pesquisa Genial/Quaest revela impacto eleitoral da crise diplomática na disputa interna da família Bolsonaro para 2026.
Resumo
- Eduardo Bolsonaro cresceu 12 pontos percentuais entre eleitores bolsonaristas após tarifaço de Trump, saltando de 10% para 22%
- Michelle Bolsonaro perdeu 11 pontos no mesmo período, caindo de 44% para 33% entre eleitores da direita
- Trump impôs tarifa de 50% sobre produtos brasileiros alegando perseguição política contra Jair Bolsonaro
- Eduardo admitiu ter discutido medidas com governo americano, inicialmente pedindo apenas sanções contra Alexandre de Moraes
- Tarifaço teve impacto eleitoral negativo generalizado para toda família Bolsonaro e aliados da direita
- Jair Bolsonaro perdeu empate técnico com Lula e agora aparece 6 pontos atrás em pesquisas
- Crise expôs divisões internas na direita entre estratégia radical e moderada para eleições de 2026
- Alexandre de Moraes bloqueou contas de Eduardo como resposta à articulação com governo estrangeiro
O controverso tarifaço de 50% imposto pelo presidente americano Donald Trump contra produtos brasileiros está provocando uma reviravolta no cenário eleitoral de 2026. A pesquisa Genial/Quaest, divulgada na última quinta-feira (17), mostra que o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) conseguiu “roubar” votos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro entre os eleitores bolsonaristas, aproveitando a visibilidade internacional obtida com a crise diplomática.
O levantamento revela que Eduardo saltou de 10% para 22% das preferências entre os eleitores que se declaram bolsonaristas, um crescimento expressivo de 12 pontos percentuais em apenas um mês. A ascensão do “filho 03” de Jair Bolsonaro coincide com sua atuação nos Estados Unidos, onde se estabeleceu como articulador da família junto ao governo Trump. Michelle Bolsonaro, por sua vez, viu sua preferência despencar de 44% para 33% no mesmo período, perdendo 11 pontos percentuais entre os mesmos eleitores.
A ironia dos números não passou despercebida pelos analistas políticos. Enquanto Eduardo ganha projeção internacional por sua defesa pública do tarifaço – chegando a batizar a medida de “Tarifa-Moraes” em referência ao ministro do STF Alexandre de Moraes –, a estratégia pode estar custando caro para o projeto político da família. As pesquisas mostram que o tarifaço teve impacto negativo generalizado para todos os nomes da direita bolsonarista, incluindo o próprio Jair Bolsonaro, que perdeu vantagem sobre Lula em simulações de segundo turno.
Contexto da Crise Diplomática
A imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros por Donald Trump em julho de 2025 representa uma escalada sem precedentes nas relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos. A medida, que entrará em vigor em 1º de agosto, foi justificada pelo presidente americano como resposta ao que considera “perseguição política” contra Jair Bolsonaro no Brasil.
- Justificativa oficial: Trump alegou que o julgamento de Bolsonaro no STF constitui “vergonha internacional” e perseguição política
- Precedente histórico: A tarifa de 50% é a mais alta aplicada pelo governo Trump, superando as taxas de 25% impostas a Coreia do Sul e Japão
- Impacto econômico: Setores como agronegócio, bioenergia e indústria devem ser severamente afetados, com potencial perda de empregos para quase um milhão de pessoas apenas no setor de etanol
- Resposta brasileira: Lula convocou reunião de emergência ministerial e ameaçou aplicar Lei de Reciprocidade Econômica
Eduardo Bolsonaro: Articulador ou Sabotador?
A atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos tem gerado controvérsias mesmo dentro do campo bolsonarista. Licenciado do cargo de deputado federal, ele se mudou para Washington com a missão de articular apoio internacional para a família, especialmente em relação aos processos judiciais contra Jair Bolsonaro.
- Estratégia inicial: Eduardo admitiu que inicialmente pediu apenas sanções direcionadas contra Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras
- Evolução da articulação: O deputado reconheceu que as tarifas foram discutidas com o governo Trump, embora afirme que “não imaginou” que seriam aplicadas
- Contradições familiares: Jair Bolsonaro inicialmente negou qualquer envolvimento com as tarifas, afirmando que “não tem nada a ver com a gente”, contradizendo as declarações do filho
- Consequências jurídicas: Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das contas bancárias e bens de Eduardo como resposta à sua articulação com governo estrangeiro
Impacto Eleitoral do Tarifaço
As pesquisas eleitorais revelam que a estratégia de Eduardo pode ter sido um tiro no pé para toda a família Bolsonaro. O efeito do tarifaço foi generalizado e negativo para todos os principais nomes da direita brasileira.
- Jair Bolsonaro: Perdeu empate técnico com Lula e agora aparece 6 pontos atrás em simulação de segundo turno
- Tarcísio de Freitas: Governador de São Paulo oscilou negativamente e passou de 1 ponto de vantagem para 4 pontos de desvantagem contra Lula
- Michelle Bolsonaro: Saiu de empate técnico com Lula para desvantagem de 7 pontos (36% contra 43%)
- Eduardo Bolsonaro: Apesar do crescimento entre bolsonaristas, perderia para Lula por margem de 4,4 pontos em São Paulo
Reações Políticas e Divisões Internas
O tarifaço expôs fraturas profundas no campo da direita brasileira, com diferentes alas reagindo de forma contrastante à crise diplomática. A postura da família Bolsonaro tem sido vista como divisora até mesmo entre seus próprios aliados.
- Ala governista: Políticos petistas como Lindbergh Farias classificaram os bolsonaristas como “traidores” que prejudicam o Brasil
- Ala bolsonarista: Deputados como Nikolas Ferreira culparam Lula pela crise, afirmando que “a culpa é do Lula”
- Críticas internas: Eduardo criticou governadores aliados como Tarcísio de Freitas e Ratinho Jr. por falarem do tarifaço sem defender explicitamente Bolsonaro
- Dilema estratégico: A direita vive conflito entre radicalização no enfrentamento às instituições ou moderação para 2026
Alexandre de Moraes e a “Tarifa-Moraes”
O ministro do STF Alexandre de Moraes tornou-se figura central na narrativa construída por Eduardo Bolsonaro para justificar o tarifaço. A estratégia de personalizar o conflito no ministro faz parte da tentativa de desviar responsabilidades.
- Narrativa construída: Eduardo batizou as tarifas de “Tarifa-Moraes”, alegando que Trump compreendeu que Moraes age com apoio de “establishment político”
- Carta pública: Em documento assinado com Paulo Figueiredo, Eduardo argumentou que Trump entendeu que esse establishment “também precisa arcar com o custo”
- Estratégia de comunicação: O deputado se apresenta como “deputado em exílio” para reforçar narrativa de perseguição política
- Resposta judicial: Moraes reagiu determinando bloqueio de contas e bens de Eduardo como medida cautelar
Perspectivas para 2026
Os desdobramentos do tarifaço e suas implicações eleitorais devem influenciar significativamente o cenário de 2026. A disputa interna no campo bolsonarista pode determinar qual estratégia prevalecerá para enfrentar um possível terceiro mandato de Lula.
- Inelegibilidade de Bolsonaro: Ex-presidente permanece inelegível até 2030, forçando busca por sucessores
- Corrida sucessória: Michelle, Eduardo e Tarcísio emergem como principais nomes para representar a direita
- Impacto das restrições: Medidas cautelares limitam capacidade de Bolsonaro influenciar digitalmente sua base
- Polarização crescente: Conflito entre linha mais radical (Eduardo) e moderada (Tarcísio/Michelle) define rumos da direita
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 3421
