Deputado federal intensifica campanha nos EUA contra STF e promete expandir pressão para Europa, mirando familiares de ministros
Resumo
- Eduardo Bolsonaro ameaça que esposa de Moraes, Viviane Barci, pode ser sancionada pelos EUA como “braço financeiro” do ministro
- Deputado lidera campanha de lobby em Washington para evitar condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe
- Planeja expandir pressão internacional para Europa, articulando com políticos de extrema-direita como André Ventura
- Alexandre de Moraes foi sancionado pela Lei Magnitsky em julho, junto com outros sete ministros do STF
- Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar desde agosto por descumprimento de medidas cautelares
- Crise diplomática entre Brasil e EUA atinge pior nível em dois séculos com tarifas de 50% e suspensão de vistos
- Eduardo enfrenta acusações de antipatriotismo por campanha que prejudica economia brasileira
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) escalou suas ameaças contra o Supremo Tribunal Federal, declarando ao jornal britânico Financial Times que a esposa do ministro Alexandre de Moraes pode ser alvo de sanções dos Estados Unidos pelo governo Trump. Em entrevista publicada na segunda-feira (11), o filho do ex-presidente revela articulações para expandir a campanha internacional contra autoridades brasileiras.
“Acredito que pode haver uma resposta forte dos EUA, talvez sancionando a esposa de Alexandre de Moraes, que é seu braço financeiro”, declarou Eduardo, referindo-se à advogada Viviane Barci. O deputado, que lidera uma campanha de lobby em Washington para evitar a condenação de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, promete que Trump “ainda tem muitas opções na mesa”.
As declarações explosivas ocorrem em meio à pior crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos em dois séculos, após Trump elevar para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros e suspender vistos de oito ministros do STF. Eduardo confirma que já se reuniu com autoridades do governo americano e havia previsto corretamente as sanções contra Moraes, aplicadas com base na Lei Magnitsky no final de julho.
Campanha internacional se expande para Europa
O deputado federal não limita suas articulações aos Estados Unidos. Eduardo Bolsonaro revelou planos de viajar para a Europa para apresentar parlamentares do continente às sanções americanas e buscar medidas similares na União Europeia. “Quero levar as sanções dos EUA ao conhecimento de parlamentares europeus para que Moraes também possa ser sancionado lá”, afirmou ao Financial Times.
Entre os aliados internacionais, Eduardo citou André Ventura, líder do partido Chega, segunda maior força política de Portugal. Segundo o deputado brasileiro, Ventura pretende propor o veto à entrada de Moraes em território português e o congelamento de ativos do ministro no país, baseado em “leis de direitos humanos”. A articulação inclui ainda 16 eurodeputados que já escreveram à alta representante da UE para Relações Exteriores pedindo sanções específicas contra Moraes e aliados no STF.
Escalada de ameaças contra familiares
A inclusão de familiares nas ameaças marca uma escalada significativa na campanha internacional de Eduardo. Além de Viviane Barci, esposa de Moraes, o deputado sugere que aliados do ministro também podem ter seus vistos americanos revogados. A estratégia ecoa casos anteriores, como o bloqueio das contas bancárias da própria esposa de Eduardo, Heloísa Bolsonaro, que o deputado atribuiu a “ato arbitrário” de Moraes.
A Embaixada dos EUA no Brasil já havia sinalizado na semana passada que os “aliados” de Moraes “são fortemente aconselhados a não auxiliar ou encorajar o comportamento” do ministro. O comunicado oficial ampliou o alcance das pressões americanas para além dos magistrados diretamente sancionados, incluindo Luís Roberto Barroso (presidente do STF), Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes.
Lei Magnitsky e sanções americanas
A Lei Magnitsky, aprovada pelo Congresso americano em 2012, autoriza o governo dos Estados Unidos a sancionar autoridades estrangeiras acusadas de violações graves de direitos humanos ou corrupção. Nomeada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, morto em prisão russa após denunciar esquema de corrupção, a legislação permite congelamento de ativos e proibição de entrada no território americano.
Alexandre de Moraes foi o primeiro ministro do Supremo Tribunal Federal brasileiro a ser sancionado com base nesta lei, em 30 de julho de 2025. O secretário do Tesouro americano Scott Bessent acusou o magistrado de conduzir “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados”. As sanções incluem bloqueio de bens nos EUA e proibição de transações com instituições financeiras americanas.
Jair Bolsonaro sob prisão domiciliar
O ex-presidente Jair Bolsonaro encontra-se sob prisão domiciliar desde 4 de agosto, determinada por Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares. Bolsonaro é investigado por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva, sendo acusado de conspirar com militares para impedir a posse do petista.
O processo no STF também investiga Bolsonaro por coação e tentativa de obstrução da Justiça, relacionadas às atividades de Eduardo nos Estados Unidos. O ex-presidente confirmou financiar as articulações do filho no país norte-americano, onde Eduardo mantém residência e intensifica a campanha de lobby. Donald Trump classificou o julgamento como “caça às bruxas” e exigiu que o Brasil o interrompa imediatamente.
Críticas e acusações de antipatriotismo
As atividades de Eduardo nos Estados Unidos geraram fortes críticas no Brasil. O presidente da Câmara Hugo Motta (Republicanos-PB) declarou à revista Veja que “ninguém pode concordar” com “a atitude de um parlamentar que está fora do País, trabalhando muitas vezes para que medidas cheguem ao seu país de origem e tragam danos à economia”.
Adversários políticos acusam Eduardo de antipatriotismo, argumentando que sua campanha provocou as tarifas que prejudicarão exportações brasileiras e causarão perda de empregos. O deputado rejeitou as acusações, afirmando que suas ações visam “salvar a democracia” e que está “agindo para que as pessoas de esquerda possam me insultar e criticar”. Eduardo negou ter atuado para o cancelamento de reunião entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad e o secretário do Tesouro americano Scott Bessent.
Imagem de capa: portaldeprefeitura.com.br
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Matéria de número 5442