Copa impulsiona era das TVs gigantes no Brasil

Consumidores brasileiros migram para televisores acima de 75 polegadas e impulsionam revolução tecnológica no setor

Revolução das telas gigantes

O mercado brasileiro de televisores atravessa uma transformação radical com o crescimento explosivo da demanda por TVs gigantes. As telas acima de 75 polegadas, que representavam apenas 1% do mercado em 2014, saltaram para 6% em 2024. Este fenômeno se intensifica com a proximidade da Copa do Mundo de 2026, seguindo um padrão histórico em que os grandes eventos esportivos catalisam a adoção de novas tecnologias no país.

Crescimento impressionante no mercado

As estatísticas revelam uma mudança radical no comportamento do consumidor brasileiro. Segundo dados da consultoria GfK, em 2018 o maior volume de vendas de TV estava abaixo de 45 polegadas e apenas 1 em cada 5 TVs vendidas era maior que 55 polegadas. Hoje, essa proporção dobrou, com os modelos acima de 65 polegadas não sendo mais considerados “grandes”. A Samsung comemora um salto de 6% para 10% nas chamadas “telas gigantes”, enquanto a LG projeta crescimento de 10% na comercialização de telas a partir de 80 polegadas somente neste ano.

Copa como catalisador tecnológico

Historicamente, as Copas do Mundo marcam a chegada de inovações tecnológicas no Brasil. Em 1970, houve a primeira transmissão direta colorida; em 2010, chegaram os LEDs; em 2018, consolidou-se o 4K. Para 2026, o foco está nas “telas gigantes” de 65 a 85 polegadas, que devem se consolidar definitivamente no mercado brasileiro. A Confederação Nacional do Comércio projeta crescimento de 8% nas vendas de TV para esta Copa, com consumidores buscando especificamente modelos mais tecnológicos e com telas maiores.

Informações complementares do mercado

• Evolução Tecnológica: As TVs modernas utilizam tecnologias LCD, QLED, Mini LEDs, OLED e MICROLED, tornando-se mais finas e leves. Uma TV de 77 polegadas atual pesa pouco mais de 35kg, enquanto nos anos 1990 uma de 32 polegadas pesava 45kg.
• Preços e Modelos: A Samsung lançou uma TV de 98 polegadas LCD por R$ 33 mil, enquanto a LG prepara uma QNED de 98 polegadas por R$ 37 mil. O modelo mais caro da LG tem 77 polegadas, painel OLED 8K, custando cerca de R$ 100 mil.
• Perfil do Consumidor: O estudo “True Luxury Global Consumer Insight 2023” revela que consumidores de itens de alto valor agregado esperam aumentar gastos em 40%. O salário médio brasileiro é de R$ 3.123 segundo o IBGE.
• Tecnologias Complementares: Fabricantes investem em soluções como One Connect (Samsung) e set-top box wireless (LG) para melhorar a estética. O modelo The Frame da Samsung simula moldura de quadro, custando R$ 15 mil na versão 75 polegadas.
• Logística Especial: Para TVs gigantes, fabricantes enviam técnicos às casas dos compradores para avaliar o melhor método de entrega, normalmente com içamento.
• Mercado Histórico: Em 2018, as vendas de TVs de 32 e 40 polegadas ainda representavam o maior volume de receita, mas o maior crescimento já estava nas categorias acima de 65 polegadas.
• Impacto da Pandemia: O período pós-pandemia intensificou a busca por experiência imersiva e coletiva em casa, acelerando a migração para telas maiores.