Ex-ministro e ex-governador do Ceará é cortejado simultaneamente por dois dos principais partidos do centro e centro-direita nacionais em meio às articulações políticas para as eleições de 2026
Resumo
- Ciro Gomes é simultaneamente cortejado pelo PSDB e União Brasil para filiação visando eleições de 2026
- PSDB confirma negociações avançadas comandadas por Tasso Jereissati, com foco em candidatura ao governo do Ceará
- União Brasil oficializou convite há 20 dias através do presidente Antonio Rueda
- Ex-governador participou de evento da federação União Progressista defendendo frente ampla política
- Pesquisa Datafolha mostra Ciro liderando intenções de voto em cenário sem Lula e Bolsonaro
- Estratégia dos partidos visa ocupar centro político em meio à polarização nacional
- Ciro já foi filiado ao PSDB entre 1990-1996, período que incluiu governo do Ceará e Ministério da Fazenda
- Rompimento com PT em 2018 motivou busca por reposicionamento político
- Movimentação pode redefinir cenário eleitoral de 2026 e fortalecer alternativa aos extremos políticos
O cenário político nacional ganha novos contornos com a intensificação da disputa entre PSDB e União Brasil pela filiação de Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará, que permanece formalmente no PDT, tornou-se peça estratégica fundamental nas articulações partidárias que antecipam o pleito de 2026, emergindo como alternativa ao duopólio político estabelecido.
As negociações com o PSDB avançaram significativamente nos últimos meses, com dirigentes tucanos confirmando conversas comandadas pelo ex-senador Tasso Jereissati. O presidente do PSDB no Ceará, Ozires Pontes, chegou a afirmar que a filiação está “confirmada” e faltam apenas detalhes sobre data e local do ato. Simultaneamente, o União Brasil oficializou seu interesse através de convite feito pelo presidente da sigla, Antonio Rueda, há cerca de 20 dias.
A movimentação representa um esforço conjunto dos dois partidos para fortalecer suas posições no espectro político nacional, em momento em que ambos enfrentam desafios de relevância. O PSDB busca recuperar projeção perdida nas últimas eleições, enquanto o União Brasil, recém-federado com o PP, tenta expandir sua influência regional.
Estratégia Eleitoral no Centro Político
A estratégia por trás do cortejo a Ciro Gomes revela tentativa de ocupação do centro político, área considerada em vácuo diante da polarização entre Lula e Bolsonaro. Pesquisa Datafolha de maio demonstrou que, em cenário sem os dois principais nomes nacionais, Ciro lidera as intenções de voto, superando Fernando Haddad e Tarcísio de Freitas. Esta posição privilegiada explica o interesse dos partidos em incorporar o político cearense às suas fileiras.
O PSDB projeta utilizar Ciro principalmente para disputas estaduais no Ceará, estado onde o partido governou entre 1991 e 2007. A proposta tucana prevê candidatura ao governo estadual como forma de enfrentar o atual governador petista, Elmano de Freitas. Dirigentes locais apostam que Ciro pode atrair inclusive votos bolsonaristas, considerando sua capacidade de gestão reconhecida por esse eleitorado.
Por sua vez, o União Brasil vislumbra incorporar Ciro em projeto nacional mais amplo. Durante evento da federação União Progressista, o ex-ministro defendeu formação de frente ampla “do centro-esquerda à centro-direita” para enfrentar o que classificou como “desastre” nacional. Esta declaração sinaliza alinhamento com estratégia da federação de construir alternativa viável aos extremos políticos.
Histórico Político Complexo
O histórico político de Ciro Gomes adiciona complexidade às negociações em curso. Sua passagem pelo PSDB entre 1990 e 1996 incluiu período como governador do Ceará e ministro da Fazenda durante implementação do Plano Real no governo Itamar Franco. Posteriormente, migrou por diversas siglas: PPS (hoje Cidadania), PSB, PROS e atualmente PDT.
Esta trajetória demonstra pragmatismo político que pode facilitar nova mudança partidária. Aliados avaliam que Ciro compreende a necessidade de plataforma partidária mais robusta para viabilizar ambições eleitorais futuras. O isolamento político experimentado nos últimos anos, especialmente após rompimento definitivo com PT em 2018, reforça urgência de reposicionamento estratégico.
A deterioração da relação com o PT ocorreu quando a sigla petista recusou apoiar Ciro como candidato único da esquerda nas eleições de 2018, optando por lançar Fernando Haddad após impedimento de Lula. Desde então, Ciro intensificou críticas ao partido e ao governo atual, posicionando-se como alternativa ao projeto político petista.
Impactos Eleitorais Para 2026
A definição partidária de Ciro Gomes pode impactar significativamente o cenário eleitoral de 2026. Sua eventual filiação ao PSDB representaria uma das poucas aquisições relevantes da sigla nos últimos anos, período em que perdeu figuras importantes como os governadores Eduardo Leite, Raquel Lyra e Eduardo Riedel para PSD e PP.
No caso do União Brasil, a incorporação de Ciro fortaleceria projeto nacional da federação, oferecendo nome com experiência executiva e apelo eleitoral comprovado. A presença do ex-governador poderia facilitar diálogos com outros setores políticos, ampliando base de sustentação da federação União Progressista.
Analistas políticos avaliam que o movimento representa “tentativa de resgate mútuo”, onde Ciro busca sobrevida política enquanto os partidos tentam recuperar relevância nacional. O centro político, embora fragilizado, ainda oferece oportunidades para quem conseguir ocupá-lo com consistência, especialmente considerando desgaste dos extremos.
Nome: Ciro Ferreira Gomes
Nascimento: 6 de novembro de 1957, em Pindamonhangaba (SP)
Formação: Advogado pela Universidade Federal do Ceará
Cargos: Governador do Ceará (1991-1994), Ministro da Fazenda (1994), Ministro da Integração Nacional (2003-2006)
Candidaturas presidenciais: 1998, 2002, 2018, 2022
Partidos: PDS, PSDB, PPS/Cidadania, PSB, PROS, PDT
Família política: Irmão dos ex-deputados Cid Gomes e Ivo Gomes
Principais feitos: Participação na implementação do Plano Real, modernização do Estado do Ceará
Posição atual: Filiado ao PDT, em negociações com PSDB e União Brasil
Eleições 2022: Quarto colocado na disputa presidencial com 3% dos votos válidos
Cenário 2026: Lidera pesquisas em cenário sem Lula e Bolsonaro segundo Datafolha
Base eleitoral: Tradicionalmente concentrada no Nordeste, com tentativas de expansão nacional
Críticas atuais: Governo Lula, polarização política, situação econômica nacional
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 7353