Câmara burla STF e aprova R$7,6 bi sem transparência

Cinco comissões permanentes da Câmara dos Deputados aprovaram R$7,6 bilhões em emendas de comissão para o Orçamento de 2025 em votações que duraram apenas alguns segundos, contrariando exigências de transparência do Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares denunciaram “votação às cegas”, sem acesso prévio a planilhas, valores ou identificação dos autores das indicações, mantendo ocultos os verdadeiros responsáveis pelas verbas.


Resumo
  • Comissões da Câmara aprovaram R$7,6 bilhões em emendas sem divulgar autores ou detalhes
  • Votações duraram segundos, ignorando exigências de transparência do STF
  • Deputados protestaram contra aprovação “às cegas” sem acesso a informações
  • Hugo Motta coordenou operação para fortalecer liderança e manter verbas como barganha
  • Prática repete opacidade do “orçamento secreto” e pode gerar nova suspensão judicial

STF ignorado na prática

O ministro Flávio Dino havia suspendido todas as emendas coletivas até que o Congresso divulgasse autores e beneficiários, após declarar inconstitucionais as antigas “emendas de relator” em 2022 por falta de transparência. Para contornar o veto judicial, líderes aprovaram em março a Resolução 1/2025, criando as emendas de comissão com promessa de debate público antes de qualquer liberação.
A sessão de 13 de agosto revelou o contrário: presidentes de colegiados leram a pauta, contaram até três, declararam “aprovado” e bateram o martelo – algumas vezes com apenas um deputado presente. Nenhuma planilha detalhando obras, cidades ou valores circulou entre os parlamentares, que ao pedirem informações ouviram que os dados “serão publicados depois no site”.

Revolta dos deputados

Paulo Guedes (PT-MG) protestou na Comissão de Integração Nacional: “Quero saber o que votei. Qual a relação? Estamos fazendo papel de besta”. José Rocha (União-BA) questionou os valores aprovados e recebeu silêncio constrangedor. Adriana Ventura (Novo-SP) relatou surpresa similar na Comissão de Saúde, que sozinha controla R$3,8 bilhões.

Articulação política nos bastidores

A operação foi coordenada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que reuniu chefes de comissões em sua residência oficial na véspera para garantir aprovação sem alterações. O movimento visa reafirmar sua liderança após enfrentar um motim de 30 horas no plenário.
Como o pagamento das emendas depende do aval do Planalto, as verbas se tornaram moeda de negociação com o governo Lula e instrumento para premiar aliados ou punir dissidentes. O Senado, comandado por Davi Alcolumbre, controlará fatia de R$3,8 bilhões quando repetir o mesmo processo.

Como funciona o sistema

As emendas de comissão consistem em valores coletivos reservados a cada colegiado (Saúde, Integração, Turismo) para indicar projetos públicos. A Resolução 1/2025 exige votação nominal nas comissões e identificação do autor, além de rastreabilidade do dinheiro até o município final, conforme cobrado pelo STF.
Diferentemente das emendas individuais, o Executivo não é obrigado a pagar essas verbas, razão pela qual sua liberação costuma ser usada como barganha governista.

Contexto e consequências

O modelo atual substitui o “orçamento secreto” via emendas de relator que funcionou entre 2019-2022, turbinando o apoio ao então presidente da Câmara, Arthur Lira. Em dezembro de 2022, o STF declarou esse sistema inconstitucional, levando à criação da Resolução 1/2025 em março, com promessas de transparência.
As votações de agosto demonstram a continuidade de práticas opacas, podendo provocar nova intervenção do STF. O Orçamento total de emendas parlamentares para 2025 soma R$50,4 bilhões, sendo R$11,5 bilhões destinados às emendas de comissão (R$7,7 bilhões para a Câmara e R$3,8 bilhões para o Senado).

Imagem de capa: marilianoticia.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 5768

Adicionar um Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Fique por dentro das últimas notícias diretamente no seu e-mail.

Ao clicar no botão Inscrever-se, você confirma que leu e concorda com nossa Política de Privacidade e Termos de uso
Advertisement