Brasileiros enfrentam grave crise financeira e apenas 2 em cada 10 têm controle total de suas finanças
Resumo
- Pesquisa Serasa revela que 54% dos brasileiros não conseguem fazer salário durar até fim do mês
- Apenas 2 em cada 10 trabalhadores têm controle total sobre finanças pessoais
- Houve melhoria de 8 pontos percentuais em relação a 2024, quando 62% enfrentavam a dificuldade
- Entre trabalhadores com salário insuficiente, 49% recorrem a renda extra e 5% ficam descobertos
- Salário mínimo 2025 foi reajustado para R$ 1.518, beneficiando 59,9 milhões de pessoas
- Desconfiança econômica persiste com fuga de US$ 15,9 bilhões em 2024
- Despesas fixas como alimentação e contas básicas consomem maior parte da renda
A realidade financeira brasileira segue dramática mesmo com indicadores econômicos aparentemente favoráveis. Uma pesquisa inédita da Serasa Experian revela que mais da metade dos trabalhadores do país não consegue fazer o salário durar até o final do mês, retratando uma crise doméstica que contrasta com os números macroeconômicos.
O levantamento conduzido pela SalaryFits, empresa do grupo Serasa, entrevistou 1.029 trabalhadores entre maio e junho de 2025 e encontrou um cenário preocupante. Dos profissionais consultados, 54% afirmaram que o salário não consegue chegar até o fim do mês, obrigando-os a buscar alternativas para equilibrar o orçamento familiar. O dado, embora alarmante, representa uma melhoria em relação ao ano anterior, quando 62% dos participantes enfrentavam a mesma dificuldade.
Entre os aspectos mais preocupantes da pesquisa está a constatação de que apenas 2 em cada 10 brasileiros afirmam ter total controle sobre suas vidas financeiras. A situação se torna ainda mais dramática quando se verifica que 5% dos trabalhadores consultados não chegam ao fim do mês com dinheiro e nem possuem alternativas, o que representa “um risco real de inadimplência”.
Estratégias de sobrevivência financeira
Entre os trabalhadores que não conseguem fazer o salário durar o mês inteiro, as estratégias variam significativamente. A pesquisa revelou que 49% recorrem a fontes extras de renda, incluindo crédito, apoio familiar ou trabalhos complementares. Outros 46% conseguem equilibrar as despesas com o orçamento disponível, enquanto os 5% restantes ficam completamente descobertos.
O destino do dinheiro dos brasileiros segue um padrão previsível, com a maior parte direcionada para despesas fixas essenciais como alimentação, luz, água e gás. Na sequência aparecem compromissos de médio e longo prazo, incluindo financiamentos, empréstimos e estudos. A análise por faixa etária mostra diferenças comportamentais interessantes: a geração Z é a única que direciona parte significativa da renda extra para lazer (13%), enquanto os Millennials lideram na quitação de empréstimos e dívidas (15%) e alimentação (13%).
Contexto macroeconômico conflitante
A pesquisa ganha relevância especial quando contrastada com os indicadores macroeconômicos. O salário mínimo foi reajustado para R$ 1.518 em 2025, representando um aumento de 7,51% em relação aos R$ 1.412 de 2024, com ganho real de 2,61% acima da inflação. Cerca de 59,9 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo reajuste, que injetou R$ 81,5 bilhões na economia brasileira.
Entretanto, especialistas indicam que a desconfiança na economia brasileira permanece alta. Em 2024, US$ 15,9 bilhões deixaram o país, marcando a terceira maior retirada de dólares desde 2008, segundo o Banco Central. Na B3, foram retirados R$ 32,1 bilhões, sinalizando cautela dos investidores. Economistas avaliam que “o cenário macroeconômico, com aumento dos juros, dólar em alta e incertezas fiscais, contribui para a cautela dos empresários”.
Informações complementares
- Salário Mínimo Nacional: Fixado em R$ 1.518 para 2025, com projeção de R$ 1.630 para 2026 (+7%)
- Salários Regionais: Estados como Paraná (R$ 1.856,94 a R$ 2.134,88) e São Paulo (R$ 1.640) mantêm pisos superiores ao nacional
- Metodologia da Pesquisa: 1.029 entrevistas com funcionários CLT e PJ realizadas entre maio e junho de 2025
- Comparação Histórica: Em 2024, 62% não chegavam ao fim do mês com salário; melhoria de 8 pontos percentuais
- SalaryFits: Empresa do grupo Serasa Experian especializada em pesquisas sobre saúde financeira do trabalhador
- Impacto Econômico: Reajuste do salário mínimo beneficia 59,9 milhões de pessoas e injeta R$ 81,5 bilhões na economia
- Cenário Internacional: Segundo o Dieese, o salário mínimo ideal seria de R$ 6.575,30 para suprir necessidades básicas de família de quatro pessoas
- Fuga de Capital: US$ 15,9 bilhões deixaram o país em 2024, terceira maior retirada desde 2008
- Confiança Empresarial: Apenas 23% das empresas de serviços registraram alta na confiança em dezembro de 2024
- Perspectivas 2025: Economistas preveem ano mais desafiador com juros altos, dólar em alta e incertezas fiscais
Imagem de capa: aberje.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.
Matéria de número 6815