Brasil perde US$ 630 milhões em vendas aos EUA

Primeiro mês da sobretaxa de 50% imposta pelo presidente americano resulta na maior queda para agosto desde a pandemia de covid-19, revelando o impacto imediato das medidas protecionistas sobre o comércio bilateral


Resumo
  • Exportações brasileiras para os EUA caíram 18,5% em agosto de 2025, primeiro mês do tarifaço de Trump
  • Valores despencaram de US$ 3,39 bilhões em agosto de 2024 para US$ 2,76 bilhões em 2025
  • Queda representa a maior redução para agosto desde a pandemia de covid-19 em 2020
  • Sobretaxa de 50% atinge 56,6% das exportações brasileiras aos EUA, com impacto de R$ 19 bilhões
  • São Paulo seria o estado mais prejudicado, com perdas projetadas de R$ 4,4 bilhões
  • Governo brasileiro anunciou pacote de R$ 30 bilhões em crédito para empresas afetadas
  • Brasil registrou déficit comercial de US$ 1,23 bilhão com os EUA em agosto, o maior do ano
  • Pico de exportações em julho (US$ 3,82 bilhões) refletiu antecipação de compras antes das tarifas

O primeiro mês do tarifaço americano já mostra seus efeitos devastadores no comércio bilateral Brasil-Estados Unidos. Em agosto, as exportações brasileiras para o país norte-americano despencaram 18,5% em comparação ao mesmo período de 2024, somando apenas US$ 2,76 bilhões contra US$ 3,39 bilhões do ano anterior. A queda coincide exatamente com a entrada em vigor, no dia 6 de agosto, da sobretaxa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump sobre produtos brasileiros.

O desempenho de agosto marca a maior redução nas exportações para os Estados Unidos registrada no mês desde março de 2020, durante o primeiro ano da pandemia de covid-19. Em comparação com o mês anterior, a queda foi ainda mais dramática: 27,7% em relação a julho, quando as vendas haviam atingido US$ 3,82 bilhões, o maior valor mensal desde junho de 2022. Este pico em julho refletiu a corrida dos importadores americanos para antecipar compras antes da entrada em vigor das novas tarifas, anunciadas no dia 9 daquele mês.

Impacto imediato e contexto comercial

As novas tarifas atingem aproximadamente 56,6% das exportações brasileiras para os Estados Unidos, com impacto econômico estimado superior a R$ 19 bilhões. Apesar da queda significativa em agosto, no acumulado de janeiro a agosto de 2025, as vendas brasileiras aos EUA ainda apresentaram crescimento de 1,6%, totalizando US$ 26,576 bilhões. O cenário evidencia que o setor privado brasileiro conseguiu se antecipar parcialmente aos efeitos da medida protecionista.

Produtos mais afetados e exceções

O governo americano estabeleceu uma lista de 694 produtos brasileiros isentos da tarifa completa de 50%, equivalente a 43% de tudo que foi exportado aos EUA em 2024. Entre os itens protegidos estão aviões, celulose, suco de laranja e minério de ferro, considerados estratégicos para a economia americana. No entanto, a maior parte dos bens manufaturados permanece sujeita à sobretaxa, concentrando o impacto sobre setores industriais brasileiros.

Contextualização e informações complementares

  • Histórico das relações comerciais: Os Estados Unidos são tradicionalmente um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Em 2022, o país registrou seu recorde anual de exportações para os americanos, estabelecendo uma base alta de comparação para os anos seguintes.
  • Tarifaço de Trump (2025): A medida protecionista faz parte da política comercial da segunda administração Trump, implementada por meio de Ordem Executiva com vigência a partir de 6 de agosto de 2025. A sobretaxa representa uma quebra na lógica tradicional do comércio internacional baseada em isenções para setores estratégicos.
  • Estados mais afetados: São Paulo seria o estado brasileiro mais prejudicado, com perdas projetadas de R$ 4,4 bilhões. Espírito Santo e Ceará, com maior dependência das exportações para os EUA, também enfrentariam impactos significativos.
  • Setor agrícola: O agronegócio brasileiro, que projeta exportações totais de US$ 80,7 bilhões em 2025, seria particularmente atingido pelas novas tarifas, afetando a competitividade de produtos como carnes e grãos.
  • Déficit comercial: Em agosto, o Brasil registrou déficit comercial de US$ 1,23 bilhão com os Estados Unidos, o maior valor do ano, reflexo direto da redução nas exportações brasileiras.
  • Desvio de comércio: Analistas esperam um redirecionamento ainda mais acentuado do Brasil em direção à China como parceiro comercial, alterando permanentemente os fluxos comerciais regionais.
  • Resposta governamental: Em 13 de agosto, o governo brasileiro anunciou um pacote de R$ 30 bilhões em crédito para empresas exportadoras afetadas pelas tarifas americanas, como medida para mitigar os danos à economia nacional.
  • Impacto no PIB: Economistas estimam que as novas tarifas poderiam reduzir o crescimento do PIB brasileiro em cerca de 0,15 pontos percentuais em 2025, cenário considerado melhor que o inicialmente temido devido às exceções concedidas.
  • Contexto global: A medida insere-se na estratégia protecionista mais ampla da administração Trump, que busca reduzir déficits comerciais americanos e estimular a produção doméstica através de barreiras tarifárias.
  • Antecipação de compras: O pico de exportações registrado em julho (US$ 3,82 bilhões) demonstra que importadores americanos se anteciparam às tarifas, criando um efeito temporário que agravou a queda subsequente em agosto.

Imagem de capa: farmnews.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do site.

Matéria de número 8493

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