Belém declara Trump persona non grata antes da COP 30

Vereadores da capital paraense aprovam título simbólico contra presidente americano em reação ao tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras


Resumo
  • Câmara Municipal de Belém aprovou por 12 votos favoráveis título de persona non grata contra Donald Trump
  • Decisão foi motivada pelo tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros, especialmente cacau e açaí
  • Medida é simbólica e não impede legalmente a participação de Trump na COP 30 em novembro
  • Vereador Alfredo Costa (PT) apresentou proposta alegando impactos sobre trabalhadores e economia local
  • Presidente Lula mantém intenção de convidar Trump para conferência climática apesar da tensão
  • Deputado Rogério Barra (PL-PA) pediu suspensão de vistos americanos dos parlamentares que aprovaram a moção
  • Episódio ocorre às vésperas da COP 30, primeira conferência climática da ONU realizada na Amazônia

A Câmara Municipal de Belém aprovou por 12 votos favoráveis, nove contrários e duas abstenções um requerimento que declara o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, persona non grata na capital paraense. A decisão tomada na quarta-feira (6) representa um protesto direto contra o tarifaço de 50% imposto pelo governo americano sobre produtos brasileiros, medida que entrou em vigor no mesmo dia da votação.

A proposta foi apresentada pelo vereador Alfredo Costa (PT), líder da bancada petista na Casa, que justificou a medida pelos impactos econômicos imediatos sobre trabalhadores brasileiros. Segundo o parlamentar, o tarifaço atinge desde grandes exportadores até pequenos produtores locais, incluindo vendedores de açaí, afetando especialmente a população mais vulnerável. “São vários trabalhadores que vão ficar desempregados com essa taxação de 50% sobre os produtos brasileiros, em especial sobre o nosso cacau, nosso açaí e todos os demais produtos”, afirmou Costa durante a sessão.

A declaração ocorre em momento de extrema tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, intensificada pelo conflito comercial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende convidar Trump para participar da COP 30, conferência climática que acontecerá em Belém entre 10 e 21 de novembro. Segundo declarações oficiais, Lula disse que só ligará para o presidente americano quando sentir disposição real para diálogo, afirmando que não se humilhará. “Não vou ligar para o Trump para negociar nada não, porque ele não quer falar. Eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para COP, que eu quero saber o que é que ele pensa da questão climática”, disse o petista.

Contexto histórico da COP 30

  • A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas será realizada em Belém, Pará, entre 10 e 21 de novembro de 2025
  • É a primeira vez que a COP acontece na região amazônica, tornando-se estratégica para discussões sobre preservação ambiental
  • O evento reunirá chefes de Estado, lideranças internacionais e representantes de diversos países
  • Trump, durante seu primeiro mandato (2017-2021), retirou os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas
  • A conferência acontece em momento de alta tensão comercial entre Brasil e EUA devido ao tarifaço americano

Significado jurídico de persona non grata

  • A expressão latina significa literalmente “pessoa não bem-vinda” e é tradicionalmente usada no contexto diplomático
  • O título aprovado pelos vereadores é puramente simbólico e não tem força legal para impedir a entrada de Trump em território brasileiro
  • Representa uma manifestação política oficial de repúdio à presença do presidente americano na capital paraense
  • Não constitui bloqueio judicial ou diplomático formal, sendo uma declaração de posicionamento político municipal
  • No direito internacional, persona non grata geralmente se aplica a diplomatas, podendo resultar em expulsão do país

Reações políticas e repercussões

  • O deputado estadual Rogério Barra (PL-PA) solicitou à Embaixada dos EUA a suspensão dos vistos dos 12 parlamentares que aprovaram a moção
  • Barra criticou o gesto como “incidente diplomático” que pode prejudicar não só Belém, mas todo o Brasil
  • A decisão aumenta a pressão sobre o ambiente diplomático em torno da COP 30, evento de importância internacional
  • Trump comemorou a entrada em vigor das tarifas, afirmando que “bilhões de dólares começarão a fluir para os EUA”
  • O presidente brasileiro pretende debater o tarifaço com os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e outros)

Impactos econômicos do tarifaço

  • As tarifas de 50% afetam setores industriais ligados à exportação de madeira e derivados no Pará
  • Produtos como cacau e açaí, tradicionais da região amazônica, estão entre os mais impactados
  • A medida atinge desde grandes empresários até pequenos produtores e vendedores locais
  • O vereador Alfredo Costa alertou para o desemprego e piora da situação dos mais vulneráveis
  • O tarifaço representa escalada na guerra comercial entre as duas maiores economias das Américas

Quadro político nacional

  • A votação em Belém reflete divisões político-partidárias nacionais, com PT liderando oposição a Trump
  • O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestou-se contrário à medida através de Rogério Barra
  • Lula mantém postura de diálogo, mas sem submissão, buscando equilibrar soberania e diplomacia
  • A situação expõe contradições entre política local e nacional na condução das relações exteriores
  • O episódio antecede a COP 30, evento que pode definir o protagonismo brasileiro na agenda climática mundial

Imagem de capa: dw.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 4903

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