Alckmin Prioriza Setores Isentos do Tarifaço de Trump

Vice-presidente afirma que objetivo é expandir lista de exceções tarifárias ao invés de retaliar contra medidas dos EUA


Resumo
  • Vice-presidente Alckmin prioriza ampliar setores isentos do tarifaço de Trump ao invés de retaliar
  • Governo apresentará plano de contingência na próxima semana para minimizar efeitos das sobretaxas
  • 35,9% das exportações brasileiras para os EUA podem ser afetadas, representando US$ 23 bilhões
  • 694 produtos brasileiros estão isentos, incluindo petróleo, aeronaves, celulose e suco de laranja
  • Café, carne bovina e frutas permanecem sujeitos à tarifa de 50%
  • Medida foi justificada por Trump como resposta ao julgamento de Bolsonaro no Brasil
  • Setor privado brasileiro busca negociações paralelas com empresas americanas
  • Brasil buscará mercados alternativos, destacando acordos do Mercosul com União Europeia
  • Especialistas avaliam tarifaço como pressão política com impacto econômico moderado

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, declarou neste sábado (9) que a prioridade do governo brasileiro é ampliar o número de setores isentos das sobretaxas de 50% impostas pelos Estados Unidos aos produtos brasileiros, ao invés de adotar medidas de retaliação. Durante visita a uma concessionária em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, Alckmin enfatizou que a prioridade não é retaliar, mas resolver e ampliar o número de setores excluídos.

O vice-presidente confirmou que o governo deve apresentar no início da próxima semana um plano de contingência para minimizar os efeitos do tarifaço, que entrou em vigor em 6 de agosto. Segundo o ministro, as medidas priorizarão as empresas brasileiras que mais exportam para o mercado americano, numa estratégia que busca preservar empregos e manter a competitividade do setor produtivo nacional. Atualmente, 694 produtos brasileiros estão isentos da sobretaxa, incluindo itens essenciais da pauta exportadora como suco de laranja, celulose, derivados de petróleo e aeronaves da Embraer. No entanto, produtos fundamentais como café, carne bovina e diversas frutas continuam sujeitos à taxação adicional de 50%.

Impacto Econômico das Tarifas

Alckmin calculou que 35,9% das exportações brasileiras para os Estados Unidos podem ser afetadas pelo tarifaço, mesmo considerando as cerca de 700 exceções já concedidas pelo governo americano. O ministro destacou que o governo atuará para amenizar os efeitos nos setores prejudicados, especialmente para garantir a manutenção dos empregos nos segmentos mais atingidos. A medida representa um montante expressivo de aproximadamente US$ 23 bilhões em exportações que continuarão sujeitas à nova tarifa.

Estratégia de Negociação Diplomática

O vice-presidente criticou a justificativa americana para o tarifaço, classificando a medida como tendo base jurídica totalmente fraca e argumentando que políticas regulatórias não devem se apoiar em questões de natureza política partidária. Alckmin defendeu que o aumento de tarifas prejudica diretamente o consumidor americano, afirmando que quando se aumenta a tarifa, quem paga é o consumidor, não é o governo que paga. O ministro também manifestou otimismo quanto às perspectivas de negociação, declarando que o Brasil quer ampliar o comércio com os Estados Unidos e estabelecer uma meta de ampliação ainda mais ambiciosa.

Contexto Histórico e Político

O tarifaço de Trump foi justificado pelo presidente americano como resposta ao tratamento dado pelo sistema judiciário brasileiro ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta investigações por suposta tentativa de golpe de Estado. Trump classificou como vergonha internacional o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal, usando essa justificativa política para implementar as sobretaxas comerciais. A medida representa uma das maiores interferências dos EUA na América Latina desde a Guerra Fria, segundo análises especializadas.

Produtos Afetados e Isenções

Entre os produtos brasileiros que permaneceram isentos do tarifaço estão derivados de petróleo, aeronaves e peças para aviação civil, celulose, papel, suco de laranja, minerais, produtos energéticos, metais básicos e fertilizantes. Por outro lado, setores estratégicos como café, carne bovina, equipamentos de engenharia civil, açúcares, madeira e diversas frutas foram mantidos na lista de produtos sujeitos à sobretaxa de 50%. A indústria brasileira já iniciou articulações para tentar incluir mais produtos em futuras listas de exceções.

Resposta Empresarial e Setorial

O setor privado brasileiro solicitou ao governo federal a negociação de uma ampliação do prazo de vigência das tarifas e pediu um período de 90 dias para adequação. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou que o Brasil não deve reagir intempestivamente às medidas americanas, priorizando estratégias de negociação ao invés de retaliação. Durante reunião com Alckmin, empresários acordaram iniciar negociações paralelas com seus pares norte-americanos para reverter a aplicação das tarifas.

Mercados Alternativos e Acordos Comerciais

Alckmin destacou que o governo pretende buscar mercados alternativos para não prejudicar os produtores brasileiros, evitando quedas na produção por falta de demanda. O ministro ressaltou que o Brasil abriu 398 novos mercados agrícolas recentemente e que o Mercosul fechou acordos importantes com Singapura e deve finalizar o acordo com a União Europeia ainda este ano. Segundo ele, o acordo Mercosul-União Europeia abrangerá 27 países entre os mais ricos do mundo, além de outros quatro países (Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein).

Análise Internacional da Medida

Especialistas internacionais classificaram o tarifaço como mais pressão política do que impacto econômico significativo, avaliando que o efeito direto tende a ser moderado para o Brasil. Analistas destacaram que atualmente os EUA absorvem apenas 13% das vendas externas brasileiras, uma queda expressiva comparada aos 25% registrados há 20 anos. A medida é vista como uma manobra de pressão política mais do que um golpe econômico significativo, especialmente considerando as 700 exceções concedidas.

Imagem de capa: cartacapital.com.br

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 5030

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