Fed Pronto para Corte: Wall Street Explode em Recordes

Wall Street renova máximas históricas em setembro com Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq atingindo novos patamares enquanto investidores apostam no primeiro corte de taxa desde 2020.

Triplo Recorde Marca Dia Histórico em Wall Street

As bolsas de valores de Nova York fecharam nesta quinta-feira, 11 de setembro, em máximas recordes absolutas, com os três principais índices renovando patamares históricos simultâneamente. O Dow Jones Industrial Average disparou 1,36% para 46.108,00 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 0,85% aos 6.587,47 pontos e o Nasdaq subiu 0,72% para 22.043,07 pontos. Este movimento marca um momento extraordinário para Wall Street, que havia acumulado ganhos consistentes ao longo da semana com expectativas crescentes de alívio monetário pelo Federal Reserve.

Dados Econômicos Fortalecem Cenário de Corte de Juros

A escalada recorde das bolsas americanas foi impulsionada por indicadores econômicos contraditórios que, paradoxalmente, fortaleceram as apostas de relaxamento da política monetária. Embora o índice de preços ao consumidor (CPI) de agosto tenha mostrado aceleração de 0,4% mensal, acima das expectativas, os pedidos semanais de auxílio-desemprego saltaram para 263 mil, o maior nível desde 2021. Os traders interpretaram esses dados como evidência de que o mercado de trabalho está perdendo força, justificando a necessidade de estímulo monetário sem comprometer o controle inflacionário.

Fed Caminha para Primeiro Corte desde Pandemia

O mercado agora precifica com quase 100% de certeza um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na taxa de juros na reunião do Federal Reserve de 17 e 18 de setembro. As chances de um movimento mais agressivo de 0,50 ponto também aumentaram significativamente após os dados mistos desta quinta-feira. Esta seria a primeira redução na taxa básica de juros americanos desde o início da pandemia em 2020, marcando uma virada histórica na política monetária após o ciclo mais agressivo de alta de juros em décadas. Jerome Powell, chairman do Fed, havia sinalizado anteriormente a disposição de equilibrar os objetivos de emprego e inflação.

Contexto Histórico e Impactos Globais

• Ciclo de Alta Encerrado: O Federal Reserve elevou a taxa básica de juros de próximo a zero para a faixa atual de 5,25% a 5,50% entre 2022 e 2023 para combater a inflação pós-pandemia
• Dívida Pública Americana: Com mais de US$ 35 trilhões em dívida pública, os EUA gastam bilhões anualmente apenas em pagamento de juros, tornando o corte nas taxas um alívio fiscal significativo
• Mercado de Títulos: O rendimento do Tesouro americano de 10 anos retornou aos menores níveis desde abril, quando as tensões sobre tarifas comerciais se intensificaram
• Setores Beneficiados: Ações de materiais, bancos, saúde, consumo e semicondutores lideraram os ganhos, com destaque para Tesla (+5,4%), Micron (+8,5%) e Centene (+10,6%)
• Histórico de Recordes: O S&P 500 acumula alta de 17,75% no ano e 2,61% apenas em setembro, demonstrando a força do mercado acionário americano
• Política Monetária Global: A expectativa de corte nos EUA influencia bancos centrais mundiais e fluxos de capital internacional

Principais Índices e Performance

• Dow Jones Industrial Average: Fechou em máxima histórica de 46.108,00 pontos, alta de 1,36% no dia
• S&P 500: Atingiu recorde de 6.587,47 pontos com valorização de 0,85% na sessão
• Nasdaq Composite: Renovou patamar máximo aos 22.043,07 pontos, subindo 0,72%
• Volatilidade Controlada: Apesar dos recordes, a volatilidade permaneceu baixa, indicando confiança dos investidores
• Volume de Negociação: Registrou-se volume acima da média histórica, confirmando a participação institucional nos movimentos

Perspectivas e Cenários Futuros

• Múltiplos Cortes Esperados: Analistas como o Bank of America projetam pelo menos dois cortes de juros ainda em 2025
• Reuniões do Fed: Próximas datas cruciais incluem setembro (17-18), outubro (28-29) e dezembro para definir trajetória da política monetária
• Inflação Controlada: Taxa anual do CPI em 2,9% mantém-se próxima da meta de 2% do Fed, dando margem para estímulos
• Mercado de Trabalho: Desaceleração gradual no emprego fornece justificativa técnica para relaxamento monetário
• Impacto Global: Cortes nos EUA tendem a beneficiar economias emergentes através de fluxos de capital e enfraquecimento do dólar