Tarcísio encontra Gilmar na véspera do ataque ao STF

Governador de São Paulo e ministro do Supremo se cumprimentaram em festa de casamento horas antes de confronto público na Avenida PaulistaOrientacoes-para-criacao-de-tags.docx


Resumo
  • Tarcísio de Freitas e Gilmar Mendes se encontraram casualmente em festa de casamento no Clube Monte Líbano na véspera do 7 de setembro
  • O governador de São Paulo atacou duramente o STF no dia seguinte, chamando Alexandre de Moraes de “tirano”
  • Gilmar Mendes respondeu às críticas defendendo o Supremo e negando existir “ditadura da toga” no Brasil
  • A mudança de postura de Tarcísio marca sua estratégia para se firmar como principal nome da direita para 2026
  • O episódio ocorre em meio ao julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
  • Mais de 40 mil pessoas participaram da manifestação bolsonarista pedindo anistia na Avenida Paulista

O acaso político marcou a véspera do 7 de setembro de 2025 quando o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, se encontraram em uma festa de casamento no Clube Monte Líbano, na capital paulista. O encontro, que aconteceu no sábado (6), ganhou contornos simbólicos diante da tensão política que se desenrolaria no dia seguinte, quando Tarcísio subiria ao palco na Avenida Paulista para atacar duramente o STF e o ministro Alexandre de Moraes.

Segundo fontes próximas, os dois se cumprimentaram de forma breve, sem conversar sobre os atos marcados para o dia seguinte. A festa, promovida por Marcos Molina, herdeiro do Grupo MBRF, reuniu diversas autoridades num clima festivo que contrastaria com a temperatura política elevada das manifestações do domingo. O encontro fortuito expõe as contradições de um governador que, no passado, procurava ministros do STF para reduzir tensões e agora se posiciona como principal nome da direita para enfrentar Lula em 2026.

A mudança de postura de Tarcísio ficou evidente no discurso inflamado que faria menos de 24 horas depois do encontro com Gilmar Mendes. Na Avenida Paulista, diante de manifestantes que pediam impeachment de Alexandre de Moraes e anistia a Bolsonaro, o governador declarou que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes” e que não aceitaria “a ditadura de um Poder sobre o outro”. A declaração representa uma guinada radical na estratégia política do governador, que anteriormente se colocava como mediador e chegou a ser fiador da promessa de que Bolsonaro não atacaria o Supremo.

STF responde no mesmo dia

A resposta veio no mesmo domingo, pelas redes sociais, com Gilmar Mendes rebatendo as críticas sem citar nominalmente Tarcísio. O decano do STF afirmou que “não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos” e que o Supremo “tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito”. A manifestação de Gilmar Mendes evidencia como o encontro casual da véspera não impediu o confronto público que se desenrolaria horas depois.

O ministro foi além na defesa do Judiciário, afirmando que “o que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”. Gilmar Mendes relembrou ainda episódios do governo Bolsonaro, citando “milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar”. A dureza da resposta expõe como o STF não pretende recuar diante dos ataques da direita bolsonarista.

Guinada política calculada

A postura atual do governador contrasta drasticamente com sua estratégia anterior de diálogo com o Supremo. Em atos passados na Avenida Paulista, Tarcísio procurava ministros do STF para tentar reduzir tensões e chegou a se colocar como fiador de Bolsonaro, prometendo que o ex-presidente não atacaria a Corte. A mudança de tom coincide com seu crescimento como principal nome da direita para 2026, quando passou a adotar discursos mais duros contra ministros como Alexandre de Moraes, a quem chamou de “tirano” e “ditador”.

A guinada de Tarcísio revela uma estratégia política calculada para se firmar como liderança da direita, aproveitando o vácuo deixado pela inelegibilidade de Bolsonaro. Ministros do STF avaliam que o governador “tem elevado o tom em momentos estratégicos”, sinalizando que não se trata de impulsos isolados, mas de uma postura deliberada. O confronto direto com o Supremo marca um ponto de inflexão na carreira política do ex-ministro da Infraestrutura, que agora assume riscos para consolidar sua base eleitoral.

Tensão entre poderes

O episódio se insere num cenário mais amplo de tensão entre Poderes, com o julgamento de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado em andamento no STF. A manifestação do 7 de setembro reuniu mais de 40 mil pessoas na capital paulista, pedindo anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. O momento político é de alta voltagem, com a direita bolsonarista pressionando por perdão aos envolvidos na trama golpista enquanto o Judiciário mantém a linha dura nas investigações.

A coincidência do encontro entre Tarcísio e Gilmar Mendes na véspera da manifestação simboliza as contradições do momento político brasileiro. Enquanto autoridades se cumprimentam em eventos sociais, o confronto institucional se acirra no espaço público, com cada lado defendendo sua visão sobre os limites democráticos. O episódio expõe como a polarização política permeia até os encontros casuais da elite brasileira, tornando impossível separar completamente vida social e embate político.

  • Clube Monte Líbano: Tradicional clube social paulistano fundado em 1935, localizado no bairro do Brooklin, frequentado pela elite política e empresarial de São Paulo
  • Marcos Molina: Herdeiro do Grupo MBRF (Molina, Bottura, Rezende & Filho), conglomerado empresarial com atuação em diversos setores
  • Hugo Motta: Presidente da Câmara dos Deputados, citado por Tarcísio na manifestação por não pautar o projeto de anistia
  • Alexandre de Moraes: Ministro do STF responsável pelo inquérito das milícias digitais e julgamento dos casos relacionados ao 8 de janeiro
  • 8 de Janeiro: Ataques aos Três Poderes em Brasília ocorridos em 8 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula
  • Decano: Título dado ao ministro mais antigo do STF em exercício, atualmente Gilmar Mendes
  • Primeira Turma do STF: Composta por cinco ministros (Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin), responsável pelo julgamento da trama golpista
  • Trama Golpista: Investigação sobre tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula, envolvendo Bolsonaro e militares

Imagem de capa: oglobo.globo.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 9346

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