Ex-funcionário da Meta denuncia vulnerabilidades que expõem dados de 3 bilhões de usuários, enquanto empresa rebate alegações
Resumo
- Três senadores republicanos enviaram carta a Mark Zuckerberg pedindo explicações sobre denúncias de falhas de segurança no WhatsApp
- Ex-chefe de segurança Attaullah Baig processou a Meta alegando que 1.500 engenheiros tinham acesso irrestrito a dados de usuários
- Mais de 100 mil contas eram invadidas diariamente sem resposta adequada da empresa, segundo denúncias
- Meta rebateu alegações classificando-as como incorretas e desatualizadas
- Caso pode violar acordo de US$ 5 bilhões firmado com FTC em 2020 após escândalo Cambridge Analytica
- Senadores questionam também planos da Meta para atuar na China e transparência sobre riscos de segurança
- Vulnerabilidades alegadas comprometem dados sensíveis de cerca de 3 bilhões de usuários do WhatsApp
A semana foi marcada por um escândalo de proporções gigantescas no universo das redes sociais. Três senadores americanos enviaram uma carta incisiva ao CEO da Meta, Mark Zuckerberg, pedindo explicações detalhadas sobre denúncias explosivas de falhas de segurança no WhatsApp. A pressão veio após revelações bombásticas feitas por Attaullah Baig, ex-chefe de segurança da plataforma, que processou a gigante tecnológica alegando negligência sistemática na proteção de dados de cerca de 3 bilhões de usuários.
Os senadores republicanos Charles Grassley, Josh Hawley e Marsha Blackburn não pouparam palavras ao questionar se a Meta violou acordos anteriores com reguladores federais. O trio quer saber se a empresa permitiu vulnerabilidades críticas no aplicativo de mensagens sem informar adequadamente acionistas e o público sobre os riscos envolvidos. A pressão parlamentar surge num momento delicado para Zuckerberg, que já enfrentou interrogatórios anteriores no Senado americano sobre questões de privacidade e proteção de dados.
As denúncias de Baig são devastadoras para a reputação da Meta. O ex-executivo, que ocupou o cargo entre 2021 e fevereiro de 2025, alega que aproximadamente 1.500 engenheiros tinham acesso irrestrito a dados sensíveis dos usuários sem supervisão adequada. Segundo ele, essa prática colocaria o WhatsApp sob risco de um ataque de grande escala para roubo de informações. Ainda mais grave, Baig afirma ter alertado diretamente Zuckerberg sobre essas vulnerabilidades, mas sem obter resposta efetiva da liderança da empresa.
O processo apresentado por Baig detalha que mais de 100 mil contas do WhatsApp eram invadidas diariamente por criminosos, problema que supostamente não recebeu a atenção devida dos executivos da Meta. As alegações incluem ainda que engenheiros da empresa poderiam mover ou roubar dados dos usuários sem serem detectados e sem deixar rastros auditáveis. A gravidade das acusações levanta questões sobre o cumprimento de um acordo de 2020 no valor de US$ 5 bilhões com a Comissão Federal de Comércio, firmado após o escândalo da Cambridge Analytica.
Defesa da Meta contra acusações
A Meta reagiu de forma contundente às alegações, classificando-as como incorretas e desatualizadas. Andy Stone, porta-voz da gigante tecnológica, declarou que os sistemas de segurança da empresa são eficazes e passam por melhorias contínuas. A companhia destacou ainda que, desde 2020, vem implementando medidas robustas para reforçar a privacidade e segurança de seus sistemas. No entanto, a defesa da Meta contrasta frontalmente com as denúncias específicas e detalhadas apresentadas por Baig em seu processo judicial.
Histórico de problemas regulatórios
O caso atual não é isolado no histórico controverso da Meta com autoridades reguladoras. Em 2020, a empresa fechou um acordo bilionário de US$ 5 bilhões com a FTC após permitir que a consultoria política Cambridge Analytica acessasse dados de usuários sem consentimento. Como parte deste acordo, a Meta comprometeu-se a reforçar significativamente a segurança e limitar o acesso interno às informações dos usuários. As novas denúncias sugerem que essas promessas podem não ter sido cumpridas adequadamente.
Pressão política intensifica investigação
Os senadores também aproveitaram para questionar possíveis planos da Meta de atuar na China, incluindo documentos de 2015 que detalham uma tentativa de criar uma versão censurada do Facebook, batizada de Projeto Aldrin. A resposta da Meta foi que a empresa não oferece serviços na China atualmente e que essas discussões ocorreram na década passada. Contudo, a insistência dos parlamentares evidencia preocupações mais amplas sobre a transparência da empresa e seus compromissos com a segurança nacional.
Ameaças à privacidade digital
As revelações destacam questões fundamentais sobre a proteção de dados na era digital. Especialistas apontam que as vulnerabilidades alegadas no WhatsApp podem comprometer informações sensíveis de usuários, incluindo fotos de perfil, contatos e dados de localização. A situação é particularmente preocupante considerando que o WhatsApp é uma das principais plataformas de comunicação mundial, utilizada por bilhões de pessoas para conversas pessoais e profissionais.
Audiências anteriores no Senado
Mark Zuckerberg já enfrentou interrogatórios intensos no Senado americano em ocasiões anteriores, sendo o mais notório em 2018 após o escândalo da Cambridge Analytica. Naquela ocasião, o CEO do Facebook depôs por mais de cinco horas diante de 44 senadores, sendo questionado sobre regulamentação, uso de dados e como a empresa reagiu ao vazamento de informações de 87 milhões de usuários. A audiência provocou o maior burburinho no Senado desde as audições da Microsoft nos anos 1990.
O império Meta
A Meta Platforms Inc., anteriormente conhecida como Facebook Inc., é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo, proprietária do Facebook, Instagram, WhatsApp e outras plataformas digitais. Fundada por Mark Zuckerberg em 2004, a empresa tem enfrentado crescente escrutínio regulatório sobre suas práticas de privacidade e segurança de dados. O WhatsApp, adquirido pela Meta em 2014 por US$ 19 bilhões, tornou-se uma das principais fontes de preocupação para reguladores devido ao seu alcance global e às informações sensíveis que processa.
Perfil do denunciante
Attaullah Baig ocupou o cargo de chefe de segurança do WhatsApp entre 2021 e fevereiro de 2025, sendo demitido supostamente por mau desempenho, segundo a versão da empresa. Durante seu período na companhia, Baig esteve diretamente responsável por identificar e mitigar riscos de segurança na plataforma. Suas denúncias detalhadas sobre falhas sistemáticas e falta de supervisão adequada no acesso a dados sensíveis levaram ao atual processo judicial contra a Meta.
Acordo bilionário com FTC
O acordo de US$ 5 bilhões firmado entre a Meta e a Comissão Federal de Comércio em 2020 foi resultado direto do escândalo da Cambridge Analytica. Este acordo estabeleceu obrigações específicas para a empresa relacionadas à proteção de dados dos usuários e à transparência sobre riscos de segurança. As novas denúncias levantam questões sobre se a Meta cumpriu adequadamente os termos deste acordo, especialmente no que se refere ao controle de acesso interno a dados sensíveis.
Segurança em redes sociais
A questão da segurança cibernética em plataformas de redes sociais tornou-se central nas discussões regulatórias globais. Com bilhões de usuários compartilhando informações pessoais diariamente, a proteção adequada desses dados representa um desafio técnico e regulatório complexo. O caso do WhatsApp ilustra os riscos associados ao acesso interno descontrolado e à falta de mecanismos de auditoria robustos em grandes plataformas tecnológicas.
Imagem de capa: vuink.com
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 9298