Argentina registra taxa mensal de 1,9% contra previsão de 2%, mas acumula 33,6% em 12 meses sob governo Milei
Resumo
- A inflação argentina de agosto ficou em 1,9%, mantendo-se estável em relação a julho e abaixo da expectativa de 2% do mercado
- O acumulado em 12 meses caiu para 33,6%, representando a menor taxa anual desde julho de 2018
- No ano de 2025, a inflação acumula 19,5%, muito abaixo dos 94,8% registrados em 2024
- Os setores de transporte, bebidas alcoólicas e restaurantes foram os que mais pressionaram os preços em agosto
- O resultado positivo acontece em meio a derrotas políticas do governo Milei e alta do dólar
- O peso argentino foi a moeda que mais desvalorizou frente ao dólar em 2025, com queda de 27,4%
- As políticas de ajuste econômico incluíram corte de subsídios e paralização de obras públicas
- A economia argentina cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2025 e o PIB per capita atingiu máximos desde 2004
Números Mostram Desaceleração na Escalada de Preços
A inflação argentina manteve-se estável em 1,9% no mês de agosto, repetindo exatamente o mesmo patamar registrado em julho e ficando ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que apostavam numa alta de 2%. O dado foi divulgado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) e representa um alívio num contexto de forte volatilidade econômica que marca o primeiro ano de gestão do presidente ultraliberal Javier Milei.
Acumulado Anual Mostra Queda Significativa dos Índices
O índice acumulado em 12 meses até agosto ficou em 33,6%, uma desaceleração importante em relação aos 36,6% registrados no mês anterior. Já no acumulado do ano, a inflação argentina atingiu 19,5%, número drasticamente inferior aos 94,8% registrados no mesmo período de 2024. Os setores que mais pressionaram os preços foram transporte (3,6%), bebidas alcoólicas e tabaco (3,5%), e restaurantes e hotéis (3,4%), enquanto vestuário e calçados registraram queda de 0,3%.
Milei Comemora Resultado em Meio a Derrotas Políticas
O presidente Javier Milei agradeceu publicamente ao ministro da Economia, Luis Caputo, pelos resultados e destacou no X que os dados se inserem “no contexto de um mês de grande volatilidade na demanda por dinheiro”. A comemoração acontece num momento delicado para o governo, após o partido de Milei ter perdido as eleições legislativas na província de Buenos Aires por quase 14 pontos percentuais – região que concentra mais de um terço do eleitorado argentino. Essa “clara derrota”, como definiu o próprio presidente, somou-se a um escândalo de corrupção envolvendo sua irmã, Karina Milei, além da alta do dólar que se aproxima do teto da faixa de flutuação cambial.
Contexto Histórico do Processo Inflacionário Argentino
- A Argentina vinha enfrentando uma das piores crises inflacionárias de sua história recente, com taxas que chegaram a mais de 200% anuais antes da posse de Milei em dezembro de 2023
- O país registrou inflação mensal de 25,5% em dezembro de 2023, o maior pico desde que Milei assumiu o poder com um programa de ajuste econômico radical
- O peso argentino foi a moeda que mais desvalorizou frente ao dólar em 2025, acumulando queda de 27,4% até setembro, quase o dobro da segunda pior moeda no ranking
- A inflação de 33,6% em 12 meses marca a menor taxa anual desde julho de 2018, demonstrando progresso no controle de preços após anos de descontrole
Impacto das Políticas de Ajuste Econômico
- Milei implementou um programa radical de austeridade, paralisando obras federais e interrompendo repasses de dinheiro para os estados após tomar posse
- Foram retirados subsídios às tarifas de água, gás, luz, transporte público e serviços essenciais, causando aumento expressivo nos preços ao consumidor
- O país observou intensificação da pobreza no primeiro semestre de 2024, com 52,9% da população nessa situação, caindo para 38,1% no segundo semestre
- O PIB per capita argentino alcançou no primeiro trimestre de 2025 seu nível mais alto desde 2004, atingindo 15.161 dólares anuais por habitante
Desempenho Econômico e Perspectivas Futuras
- A economia argentina cresceu 5,8% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano anterior, impulsionada pela reativação econômica
- O governo conseguiu uma sequência de superávits fiscais e retomada da confiança dos investidores, apesar da insatisfação popular que gerou protestos pelo país
- A taxa de inflação mensal estagnou entre 2% e 3% durante 2025, atingindo patamares abaixo de 2% nas últimas divulgações
- Analistas projetam que a taxa mensal deve atingir 2,5% até o final do trimestre, estabilizando-se em torno de 3% em 2026
Imagem de capa: poder360.com.br
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 9294