Enquanto deputados fiscalistas pregam cortes de gastos nas redes sociais, tramita no Congresso a reforma administrativa que mira diretamente no teletrabalho dos servidores públicos, mas será mais uma medida populista ou real modernização do Estado brasileiro?
Resumo
- A reforma administrativa em tramitação no Congresso limitará o home office dos servidores públicos a apenas 20% da força de trabalho e um dia por semana
- O relator Pedro Paulo (PSD-RJ) apresentará pacote com 70 medidas incluindo fim das férias de 60 dias e criação de sistema de bonificação por desempenho
- A proposta prevê exceções para mães atípicas e mantém algumas flexibilidades mediante justificativa
- O projeto ainda deve passar por aprovação na Câmara e Senado, com cronograma de votação para setembro
- Críticos questionam a viabilidade de regulamentação única para realidades diversas da administração pública brasileira
A reforma administrativa que tramita na Câmara dos Deputados promete abalar as estruturas do trabalho remoto no serviço público brasileiro. O relator Pedro Paulo (PSD-RJ) deve apresentar nos próximos dias um pacote de 70 medidas que limitará drasticamente o home office dos servidores, estabelecendo que no máximo 20% dos funcionários públicos poderão trabalhar remotamente, e apenas um dia por semana. A proposta representa uma guinada radical em relação ao atual cenário, onde cada órgão define suas próprias regras para o teletrabalho.Orientacoes-para-revisao-de-titulos-V2.docx+2
O deputado Pedro Paulo justifica as mudanças afirmando ser necessário “enfrentar o abuso no teletrabalho” e promete “acabar com a bagunça”. Segundo o relator, o objetivo não é proibir o instrumento, mas aperfeiçoar sua prática dentro de parâmetros mais rígidos. A medida faz parte de uma reforma mais ampla que inclui ainda o fim das férias de 60 dias para magistrados, limitações a verbas indenizatórias e criação de sistema de bonificação por desempenho.
Resistência e exceções previstas
Apesar da rigidez da proposta, o texto prevê algumas exceções, especialmente para mães atípicas, que poderão ter maior permanência no trabalho remoto mediante justificativa. O modelo atual do Programa de Gestão e Desempenho (PGD), implementado durante a pandemia, trouxe aumento de produtividade segundo entidades de classe, e o número de servidores em home office integral cresceu 11% após o fim da Covid-19. A resistência às mudanças é evidente: tanto grupos de WhatsApp de servidores quanto as redes sociais do próprio relator fervilham com reclamações sobre as limitações ao teletrabalho.
Contexto nacional e comparações
A discussão sobre trabalho remoto não se limita ao setor público. O Itaú demitiu cerca de mil funcionários recentemente por considerar baixa a produtividade no trabalho remoto, utilizando softwares de monitoramento que coletam dados como tempo de uso do computador. No âmbito federativo, a reforma define teto para secretarias municipais em cidades dependentes de repasses federais e estabelece limite salarial de 20% da remuneração dos governadores para secretários municipais. O projeto também prevê a criação de identidade única para servidores e fortalecimento do Concurso Nacional Unificado.
Tramitação e cronograma
A tramitação da medida foi determinação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que sinalizou apoio e pretende levar o texto ao plenário no início de setembro. O projeto ainda precisa ser aprovado na Comissão e no Plenário da Câmara, além de passar pelo Senado para entrar em vigor. Pedro Paulo já iniciou apresentações às principais bancadas, incluindo União Brasil e PSD, buscando construir acordo amplo para que o projeto vá direto ao plenário sem passar por comissões.
Principais mudanças da reforma
- Teletrabalho limitado: Máximo 20% dos servidores em home office, apenas um dia por semana
- Fim das férias de 60 dias: Unificação em 30 dias anuais para todo setor público
- Avaliação de desempenho: Progressão baseada em resultados, não apenas tempo de serviço
- Verbas indenizatórias: Critérios mais rígidos para benefícios extras
- Contratações temporárias: Limitadas a cinco anos com garantias trabalhistas
- Sistema de bônus: Remuneração variável vinculada a metas e resultados dos órgãos
Críticas e questionamentos técnicos
Especialistas questionam a viabilidade de uma regulamentação única para realidades tão diversas da administração pública brasileira. A proposta ignora investimentos na transformação digital do governo e coloca de lado a evolução tecnológica, focando no controle físico dos servidores em detrimento da gestão por resultados. Atividades eminentemente administrativas, como análises processuais e elaboração de pareceres, podem ser perfeitamente desempenhadas remotamente, segundo críticos da medida.
Histórico do teletrabalho federal
- 2020: Implementação emergencial durante pandemia de Covid-19
- 2021: Nove órgãos federais aderiram permanentemente ao teletrabalho, abrangendo 71.630 servidores
- Órgãos participantes: Ministérios diversos e agências reguladoras
- Regras atuais: PGD permite trabalho presencial, híbrido ou remoto baseado nas características das atividades
- Responsabilidades: Despesas com internet, energia e telefone por conta do servidor
- Avaliação: Foco em produtividade e resultados, não em controle de local
Pedro Paulo – o relator
- Cargo: Deputado federal pelo Rio de Janeiro
- Partido: PSD (Partido Social Democrático)
- Função: Coordenador do Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa
- Proposta central: Modernização do serviço público com foco em meritocracia
- Discurso: “Vamos acabar com a bagunça” no teletrabalho
- Estratégia: Construir acordo amplo para aprovação direta no plenário
Hugo Motta e o apoio do congresso
- Presidente da Câmara: Hugo Motta (Republicanos-PB)
- Posição: Apoio declarado à reforma administrativa
- Objetivo: Estabelecer novos parâmetros de eficiência para servidores
- Cronograma: Votação prevista para setembro de 2025
- Justificativa: Modernização sem perseguir servidor da ativa
- Estratégia: Evitar passagem por comissões para reduzir alterações
Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.
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Matéria de número 9215