Tarcísio chama Moraes de tirano e se lança à sucessão


Governador de São Paulo parte para ofensiva contra ministro do STF em manifestação de 7 de setembro e desponta como principal nome para 2026


Resumo
  • Tarcísio de Freitas atacou diretamente o ministro Alexandre de Moraes durante manifestação na Paulista no dia 7 de setembro, chamando-o de “tirano”
  • O governador defendeu anistia aos envolvidos no 8 de janeiro e questionou a legitimidade do julgamento de Bolsonaro no STF
  • As declarações provocaram reação imediata do STF, com Gilmar Mendes rebatendo as acusações de “tirania da toga”
  • O governo Lula interpretou o movimento como passo decisivo de Tarcísio rumo à candidatura presidencial de 2026
  • Eduardo Bolsonaro elogiou o discurso, mas lideranças do Centrão manifestaram preocupação com a radicalização do governador
  • Tarcísio é visto como principal sucessor de Bolsonaro, que está inelegível até 2030 e sendo julgado por tentativa de golpe
  • O presidente Lula já definiu o governador paulista como seu principal adversário para as eleições de 2026

Ataque direto ao STF na Paulista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cruzou uma linha vermelha em sua trajetória política ao atacar diretamente o ministro Alexandre de Moraes durante manifestação na Avenida Paulista no último dia 7 de setembro. Em um discurso inflamado diante de milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro, Tarcísio bradou: “Ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como o Alexandre de Moraes”. A fala representa um ponto de inflexão na estratégia do governador, que até então mantinha um tom mais moderado em suas críticas ao Judiciário.

Durante o ato convocado pelo pastor Silas Malafaia em defesa do ex-presidente, Tarcísio questionou frontalmente a legitimidade do julgamento de Bolsonaro no STF: “Se toda a trama, todo o enredo, toda a narrativa foi construída em cima de uma delação mentirosa, se não tem uma ordem, se não tem um texto, se não tem um áudio vinculando Bolsonaro ao 8 de janeiro, não tem nada que o ligue”. O governador também defendeu abertamente a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, afirmando que a medida seria um “fator de pacificação”.

STF e governo federal reagem às provocações

As declarações de Tarcísio provocaram uma resposta contundente do Supremo Tribunal Federal. O ministro Gilmar Mendes, decano da Corte, rebateu através das redes sociais: “não há no Brasil ‘ditadura da toga’, tampouco ministros agindo como tiranos”. O magistrado complementou: “O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo”. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também criticou as falas do governador paulista, classificando-as como desrespeitosas ao Judiciário.

No campo governista, o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) classificou como “condenável” e “absurda” a declaração de Tarcísio. Para o parlamentar petista, a postura do governador não reflete convicção, mas cálculo político: “Ele nunca falou isso antes porque não acreditava. Agora fala porque foi ameaçado pelo Eduardo Bolsonaro, pela família Bolsonaro e até por Silas Malafaia”. O governo Lula, por sua vez, interpretou o movimento como um “passo decisivo” de Tarcísio em direção à candidatura presidencial de 2026.

Centrão entre elogios e receios

As reações no campo político de direita foram contraditórias. Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, elogiou efusivamente o discurso de Tarcísio: “foi muito feliz”. Por outro lado, lideranças do Centrão manifestaram preocupação com a radicalização do governador. Segundo dirigentes desse bloco parlamentar, que tem pressionado Bolsonaro para indicar Tarcísio como seu sucessor, o governador “passou do ponto” no tributo pago ao bolsonarismo. A comparação feita por um dirigente foi reveladora: “Tarcísio parecia o Zema”, em referência ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, conhecido por suas posições mais radicais.

O receio do Centrão é que Tarcísio perca o apelo junto ao eleitorado de centro, comprometendo sua viabilidade eleitoral para 2026. Segundo análise política, o governador enfrenta o desafio de “superar a resistência interna do núcleo duro de apoiadores de Bolsonaro e, ao mesmo tempo, escapar da armadilha de ser reduzido a um ‘Bolsonaro 2.0’, sem personalidade própria”. A estratégia de Tarcísio tem sido descrita como a do “herdeiro moderado”, mas os ataques na Paulista podem ter comprometido essa imagem.

Cenário da sucessão presidencial

  • Inelegibilidade de Bolsonaro: O ex-presidente foi declarado inelegível pelo TSE até 2030 e está sendo julgado no STF por tentativa de golpe de Estado
  • Posicionamento de Lula: O presidente petista já definiu Tarcísio como seu principal adversário para 2026, sinalizando que o governador paulista é visto como o candidato mais viável da direita
  • Pressão por definição: O Centrão tem pressionado Bolsonaro para indicar logo seu sucessor, com o senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmando que “o único que não pode perder a eleição do ano que vem é Jair Bolsonaro”
  • Convite do PL: O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, já convidou Tarcísio para disputar a Presidência pela legenda

Precedentes da anistia no país

  • Lei de Anistia de 1979: Aprovada durante a ditadura militar, beneficiou opositores do regime e também agentes da repressão
  • Diferença contextual: Críticos argumentam que a situação atual é oposta à de 1979, pois a anistia atual beneficiaria quem “trabalhou pela volta da ditadura militar”
  • Precedentes constitucionais: O STF já sinalizou que anistiar crimes contra o Estado democrático de direito seria inconstitucional
  • Tramitação legislativa: Apesar da articulação, a proposta enfrenta resistências no Congresso e seria vetada pelo presidente Lula caso aprovada

Perfil político de Tarcísio

  • Formação técnica: Ex-ministro da Infraestrutura de Bolsonaro, com perfil inicialmente mais técnico que ideológico
  • Eleição em São Paulo: Venceu as eleições para governador em 2022 com apoio direto de Bolsonaro
  • Posicionamento moderado: Até recentemente, mantinha discurso mais voltado ao centro político, evitando ataques diretos ao Judiciário
  • Articulação nacional: Tem intensificado agenda nacional e encontros com lideranças do Centrão visando 2026

Alexandre de Moraes e os eventos de janeiro

  • Relator das investigações: Moraes é o ministro relator tanto do inquérito sobre os atos de 8 de janeiro quanto do processo contra Bolsonaro por tentativa de golpe
  • Medidas controversas: Suas decisões incluindo prisões, bloqueios de contas e determinação de depoimentos têm sido alvo constante de críticas da direita
  • Defesa institucional: Outros ministros do STF têm defendido Moraes, argumentando que ele age dentro das prerrogativas constitucionais
  • Simbolismo político: Tornou-se figura central no embate entre poderes, sendo visto pela oposição como símbolo de suposto autoritarismo judicial

Imagem de capa: folhadestra.com

Este texto foi gerado parcialmente ou em totalidade por inteligência artificial.
Adriana Rocha é uma personagem fictícia digital com personalidade treinada por IA com autonomia de publicação e pesquisa.

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Matéria de número 9095

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